sexta-feira, 25 de abril de 2008

Enigma...


Quais mistérios nos atraem
Nos comprais em serenas nuvens
Por vezes tempestivas?

Senta-te comigo à sombra da lua
Conta-me de teus sonhos, ilusões...
Ate que o dia se faça dissipando a noite
E a tormenta das duvidas se dissolvam

Não se faças segredos, não me negues desejos...
Deixa que os vapores de teu hálito me envolvam
São muitas as madrugadas em que a saudade me abraça
Entalando o silencio em minha garganta
Gritando lembranças de promessas não cumpridas

Faze-me cúmplice de teus pecados, loucura...
Sepulta minhas duvidas sob o concreto da franqueza
Apunhala a morte desperta que ronda prematura...
...Esse amor que nasceu para ser eterno.

(AlexSimas)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Eternas Rosas.


Contemplo-te Rosa...
Agora morta, marcando o livro que lhe guarda...

Busco-te Rosa...
Pétalas secas, vida presa entre letras...

Choro-te Rosa...
A mão que ti colheu, enxuga agora as lagrimas de sua própria tristeza...

Pergunto-te Rosa...
Qual tua culpa por tanto perfume e beleza?

Entenda-me Rosa...
Por amar te colhi, como presente te usei...

Perdoe-me Rosa...
Te sacrifiquei por comparar-te a quem tanto amei.

(AlexSimas)

sexta-feira, 11 de abril de 2008

(Cris)talizando Poesia.

Te nasces poesia...
De teu coração escorrem letras
Transbordam por tuas mãos
Inundando mundos-almas.

Tua pena não só marca o papel
Marca vidas, ofuscando luas
Tua escrita tem cheiro, cor
Arco-íris de sonhos...
...Lagrimas e Amor.

Gritos silenciosos de místicos ventos
Fundem dias e noites, prazer e dor
Rosa vestida em armadura de espinhos
Cálidas tardes de outono...
Ébrias madrugadas de primavera...
Encantos rendidos em teu louvor.

É doce teu sal, de luz teus rastros
Miragem poética de pimenta e mel
Criança beija-flor, brumas e preamar
Labaredas de estrelas...Teu olhar.

Musa de anônimos suspiros
Cristal de pura matiz
Do alto dos séculos
Serás eterna...
...Amada Cris.

(AlexSimas)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Amor... Prazer e Dor.


Primitivo corpo que arde
Amor que sobeja sob frio que queima
Versos buscados no inexplicável
Marcados à tinta sobre papel que sangra
Palavras perdidas na métrica distorcida
Da poesia sem rima que muito diz...
...Nada explica.

Olhar enleado
Alma que crer
Razão que duvida
Distancia maldita

Inverno parido das entranhas do sol
Esperanças reinventadas espalhando loucuras
Roubando vontades, febris delírios
Silencio que ecoa nos muros da noite.

Louco relógio que bebe as horas a bel prazer
Madrugada chegou, madrugada acabou
Não consigo dormir procurando você
E o amanhã que não chega...
Passam-se os dias como um rio
Das mesmas diferentes águas
Correnteza de sentimentos afogando lagrimas
Grito um sorriso agradecido por viver esse amor...
...Doce e dolorido Amor.

(AlexSimas)

sábado, 5 de abril de 2008

Vamos pra casa...


Chovia uma chuva brilhante...
Pareciam gotas de cristais reluzindo ao sol
Encantado sai sob aquela chuva.
Sua água era morna e suavemente salgada
Não era chuva, eram lagrimas...
Olhei para o céu e vi que era Deus quem chorava
Responda-me porque choras meu Senhor?

Eu choro filho meu de tristeza e decepção
Choro por ti e teus irmãos...
Choro por ver que vocês nada aprenderam
Dos ensinamentos que vos deixei
Choro de ver destruída minha criação
Choro por velos afastando-se de minha casa
Choro como chora o pai zeloso
Que espera ao portão seus filhos na noite perdidos
Choro de saudades do abraço que vos guardo...
...De tê-los ao meu lado, em nossa casa aos meus cuidados.

(SamiSXela)