sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Maçã
Em ensandecida volúpia invado tuas brancas carnes
Vestida de vermelho-sangue em eterna provocação
Primaveris finais de tarde teu perfume me invade...
Qual formosa e faceira moça que se sabe tentadora
Insinua-te rubra às vezes verde tentando a todos...
Convite ao pecado desde os tempos da ingênua Eva
Sabia foi serpente que te descobriu no paraíso...
O vento quebra-se ante o som de tua branda luxuria
Restam-nos acido sabor de silencio em gotas de saliva
Que te regam partes inundando sementes, tuas crias
Poetas te cantam, despem, se encantam, amando-te
Esfumaça-te em libidinosos sonhos gastronômicos...
Eterna musa da humana tentação do prazer de viver
Que delicia e te penetrar com dentes, dedos e línguas
Lamber... Sorver... Chupar... Cheirar... Comer...
Simbiótica tentação de fruto...
...Mulher.
(AtsoC ErdnaxelA)
Desejo Primaveril
Pouse em meu peito e enraíze na minha alma
Venha com teu sorriso brotando o mel da libido
Me faça canteiro em teu jardim de gozos e vida
Minhas flores nascem com fragrância de teu cio
Me tome em seus braços eloqüentes de suor
Cubra-me de carícias no pólen de teus dedos
Teus fulgurantes olhos luz de minha fotossíntese
Qual raios de sol fecundando meu amor em ti...
Celebremos a vida sob o bailado das borboletas
Derrama teus beijos sobre minha pele faminta
Toca-me os lábios com teu gosto de framboesa
Aflora os pólos de meu ser em tua serenidade
Atonitamente no maremoto de teu gosto ébrio
Rega-me com teu prazer úmido cheirando a mar
Embriaga-me selvagemente no teu doce sumo
Inebria-me na tua insolente primavera de cores
Florindo de amor o meu íntimo mais secreto.
~Cris Poesia & Alexandre Simas~
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Eu te Amo !
Te amo com o espanto,
de quem não acreditava no amor.
Te amo na solidão de meu amanhecer.
Um amor com a beleza do silencio
e do grito, de um gesto descontraído,
uma roupa desbotada, um solstício
de primavera.
Eu te amo agora, meu presente...
Não te amava antes.
Te amo agora e para sempre...
Um amar suave como um cair de tarde,
Que às vezes dói, às vezes arde,
Queima na face como uma bofetada.
Um amar criança com cheiro de talco...
Com o frescor da rosa em botão, do orvalhar
da manhã, do serenar de uma noite de lua...
Um amar quente como o fogo da paixão...
Sincero como a dor da saudade...
Simples como a verdade...
Puro como o desejo de um amante...
Maior que o tempo...
Eu te amo...
Como quem nunca crera...
...ser possível amar assim.
(AlexSimas)
sábado, 15 de setembro de 2007
Convite...
Convido-te a um passeio a beira mar
Veste tuas roupas de primavera, calça
tuas sandálias de passear nas nuvens
Deita-te comigo sobre as areias da praia
Vem, permitamos que as ondas beijem
nossos corpos e lapidem nossas almas
Deixa que meus braços te envolvam
O sal das águas do oceano mistura-se
as minhas lágrimas e respigam de meus
lábios sobre tua rósea boca na suplica
de nossos frementes beijos
O vento murmura nossos nomes em
versos de antigas canções ao ritmo de
meus dedos sobre tua pele
Como a tocar suave melodia, teus olhos
refletem as nuvens que dançam no céu
Ao som de nosso silencioso idílio vespertino.
Logo o sol veste-se de fulgurantes cores
púrpuras e mergulha nas ondas como à
querer refresca-se do calor que lhe causa
a tórrida cena de amor que assiste
Em seu lugar surge uma redonda e cheia lua
sobre um velho farol que parece lhe servir
de lampadário
A suave luz de prata faísca em teus cabelos
qual louco bailado de pirilampos ébrios
Encantado deito minha cabeça em teu colo
que me recebe qual ninho aquecido
Tuas mãos em meus cabelos a afagar-me
Sonhos de insolentes volúpias
E eterna promessa de uma siamesa...
... vida apaixonada.
(AlexSimas)
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Só pra dizer Te Amo...
Te falo de meu amor por metáforas
escritas em folhas soltas nos ventos
da saudade.
Te falo de coração que pulsa arrítmico
quando te pensa, te sonha em noites
insones.
Te falo do indizível, do indescritível
na língua dos homens, busco louco
por palavras não inventadas, versos
desconexos.
Te falo da solidão da distancia que dói
ao tempo que alimenta o desejo que
arde intenso.
Te falo de sentimentos em forma de
veleiros navegando por mares azuis
cruzando tempestivas paixões.
Te falo de minhas lagrimas choradas,
despejadas qual orvalhos sobre rosas
imaginadas em jardins de poesia.
Te falo por minhas letras através do
poeta que me habita cuja alma voa
apaixonada na eterna busca da tua
Te falo tudo e nada, minhas verdades
em metáforas, sentimentos calados,
espalhados em versos que resume tudo
em uma única frase...
... Eu te Amo !
(AlexSimas)
domingo, 9 de setembro de 2007
Torrentes...
Venha com tuas palavras úmidas
Que me inundam e refresca alma
Banha-me em lagrimas de saudade
Das deliberadas noites que te amarei
Dançando sob chuvas de primaveras
Envoltos em beijos molhados sonhamos
Fantasias que nos libertam e nos prendem
Descalços, sobre o frescor das folhagens
Buscamos estrelas ocultas nas nuvens
Lavando minha alma em teus braços
Guia-me suavemente por teus caminhos
Desaguando amor em meu ventre
Numa cachoeira de incontidos desejos
Sinto o escorrer de tuas águas inundarem-me
Unindo-nos visceralmente num só coração...
sábado, 8 de setembro de 2007
Utopia...
Sonho um jardim; nele planto muitas flores:
Rosas, corbelhas, margaridas, lírios, cravos,
Crisântemos, flores do campo e muitas outras...
No meu jardim tem muitos pássaros: colibris,
Canários, fogo-pago, bem-te-vis, João de barro,
Pardais. Patativas, sabiás e muito, muito mais...
Abelhas alquimistas a transformar pólen em mel
Aranhas, sapos, rãs, grilos, cigarras e vaga-lumes.
Tem um gramado bem verdinho e muita fruta...
No meio do jardim construí uma bela fonte d’agua
Sobre a qual mora um eterno arco-íris sempre a sorrir.
Trouxe uma pequena cachoeira que vive a cantar...
Fiz um balanço e pendurei na lua para mim e você.
Ao lado tem um cesto de estrelas que colhi para
Enfeitar teus cabelos e emoldurar teus olhos...
Só falta o sol em meu jardim...
Vem...
To te esperando...
(AlexSimas)
Cálido
Acende-me uma chama quando te penso
Fogo que queima em pecados permitidos
Lança-me a lembrança do teu corpo quente
Línguas que provam líquidos sabores mornos.
Boca sorvendo o sereno em teus doces lábios
Enquanto gritas que me amas e me odeias
Puxando-me rente a ti pelos cabelos insanos
Respiro-te em arrítmicas percussões arfadas
Dizendo-te bobagens ao pé do ouvido em brasa
Juras de amor empastadas em suor escorrendo
Sussurros provocantes em gotas acesas de veneno
A luz difusa reflete o desejo que em nós queima
Envolvo-me pelos lençóis de tua pele acalorada
Abandono-me ao êxtase comungando o profano
Conquistando cada ondulação do teu corpo
O tempo para enquanto desfolho-te em gosto
Despetalando tuas secretas vontades ardis
Derramadas qual néctar de ferventes larvas.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Filha da Lua...
Tua escrita é desalinho, sapiente fantasia.
Teus versos são cetim onde deito meu olhar.
Tuas letras têm vida são cantos de passarinhos.
Poetisa notívaga, senhora das metáforas,
divina dama da inspiração, teu verbo é fúria
é paixão que queima... Prazer e dor...
Tuas tintas têm alma, são falas vividas, inquietas
e calmas como a forja a moldar o metal que se
entrega. Teus textos fluem como água em belas
e límpidas cascatas desenhando paisagens de
sonhos onde os pensamentos voam.
Quando escreves é como se pintasses sobre tela
paisagens vivas, teus crepúsculos são encarnados,
tuas estrelas mais azuis, teu sol é mais brilhante,
tuas palavras saltam do papel e brincam em mágicas
dimensões que nos hipnotizam e encantam como
bolhas de sabão.
Como descrever a eterna primavera que habita essa alma de poeta...
Como descrever um ser que valsa com a pena e liberta utopias...
Como descrever a magia que tempera o amar com doces heresias...
Como descrever o milagre que operas ao nos fazer ouvir com os olhos...
Filha da lua... concebida em choro e risos, cores e cheiros, loucura e razão.
Felizes os que bebem da água de teu saber e colhem as flores de teu jardim.
Filha da lua... teu nome já é poesia... Cris...
(Alexandre Simas)
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Poesia nada mais...
Teus beijos são alimento que me saciam a fome.
Teus braços o aconchego de minha inquieta alma.
Teu colo refugio de meus sentidos, meus pecados.
Sou folha branca a espera de tuas tintas, tuas marcas.
Perco-me na imensidão de teu ser, mistério e sedução.
Faze-me forte em minha fraqueza, deliciosa atração.
Sou moinho, morada de teus quixotescos sonhos...
Penso-te nua na praia com ondas a te lamber o corpo.
Repousas assim adormecida decorando o horizonte.
Tua pele a contrastar o plenilúnio regendo as marés...
O brilho em teu olhar ilumina a noite acanhando estrelas.
A cena encanta, emociona como o nascer de um poema.
Aprisiono-me nessa escrita, deito-me sobre teus versos.
Levito em esfomeada fantasia na busca de teus lábios.
Êxtase anunciado de insano querer, loucura e paixão...
(AlexSimas)