quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que lhe desejo para 2011?

O que lhe desejo para 2011?

Que você torne-se Novo

Porque o Ano terá os mesmos 365 dias

Os mesmos meses, de Janeiro a Dezembro

Os mesmos feriados, as mesmas festas

E toda a carga de rotina das eras

De nascimentos e mortes...

No calendário das mesmas coisas

Nada muda se VOCÊ não mudar

Nada será NOVO se você continuar VELHO

Por isso desejo que você deseje ser NOVO

E não apenas RENOVADO...

Feliz VOCÊ NOVO!

(SamisXela)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Novos Velhos Anos...

Novos Velhos Anos...

É La, entre sonhos inacabados, dietas abandonadas, promessas esquecidas e tantos outros muitos “Quaaaaaase!!!”. Que um velho Ano prepara sua cria, deixando-lhe por herança a frustração dos que apenas sonharam, e nada fizeram para construir seus sonhos...

E os NOVOSMESMOSVELHOSSONHOS, requentados na eterna chama da sempre renovada esperança, serão novamente servidos sob luzes de fogos de artifício e acompanhados dos mesmos espumantes e simpatias improváveis, quando não ridículas...

Seja bem vindo querido ano Novo. E vá desde já se preparando para a sanha dos mesmos velhos homens, que esperam que de seus cueiros espirre a fortuna na forma de seis dezenas milagrosas.

Não se assuste jovem Ano. Os homens são assim mesmo, hipócritas por excelência, todos eles lhe renderão homenagens por ocasião de seu nascimento. Firmarão novos contratos, lhe farão outras promessas... Alguns, em poucos meses estarão rezando para que você acabe logo, outros para que dure para sempre, mas a imensa maioria vai esperar até o sorteio de mais uma "Mega Sena" da Virada.

Descanse em Paz, pobre Ano velho. Não se esqueça de escrever em seu testamento aos homens, que o trabalho é o catalisador da sorte, e que esperança sem Fé é como planta sem água, mesmo que nasça, morre sem dar fruto...

(AeSSeCê)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Feliz Natal ??!!

Feliz Natal !! ??


Desculpe-me não lhe desejar feliz natal
Não lhe desejo um feliz natal...
Porque não te quero feliz só no natal
Desejo-lhe felicidades sim...
Muitas e intensas alegrias
Desejo-lhe felicidade eterna
Em todos seus momentos...
Todos os dias de sua vida
Cada hora, minuto, segundo...


Não lhe desejo feliz natal...
Porque abomino a hipocrisia
Não concordo e não aceito...
Que as pessoas precisem de um dia no ano
Para se solidarizarem com seus iguais
Não concordo e não aceito...
Abraços com data marcada
Não concordo e não aceito...
Que a medida de minha amizade
Seja o valor de um presente


Não quero amigos secretos ou ocultos
Quero e preciso de amigos declarados...
Que me abracem todos os dias
E não apenas no Natal


Desculpe-me, mas eu não aceito que o filho de Deus
Tenha nascido para que seu presumido aniversário
Tenha se tornado a festa do consumo e da hipocrisia


Meu único e sincero desejo é...
... Feliz aniversário Jesus.
E os perdoe...
... Mesmo eles sabendo o que fazem


(SamisXela)

Da série - Frases e Pensamentos...

Não me tome como louco... Sou apenas alguém que ainda acredita nas pessoas...

(SamisXela)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sem Jesus não tem Natal...

Sem Jesus não tem Natal...

A cerca de dois mil anos atrás nasceu em Jerusalém uma criança muito especial. O dia do seu nascimento perdeu-se no tempo, ate porque isso para ele não era muito importante.

Tempos depois os homens acharam necessário eleger uma data para comemorar seu aniversario, porque para nós isso é muito importante.

25 de Dezembro foi a data escolhida, porque naquela época era nesse dia que Roma festejava o nascimento do sol, e aquele pequenino era o sol da humanidade.

E então chamaram esse dia de Natal, o dia em Jesus nasceu e junto com ele toda a humanidade, sim, a nova humanidade também nascia naquele dia, e o menino Jesus era o presente de Deus Pai para toda a sua família.

Com o passar do tempo o principal motivo da festa foi esquecido, e outros símbolos foram sendo a ela incorporado: Arvores; Guirlandas; Velas; Sinos; Bonecos de Neve; Cartões e o famoso Papai Noel.

Em uma festa de aniversário, o aniversariante é quem é comemorado, é para ele que se voltam todas as atenções, todos os abraços, é ele quem se posiciona a porta recebendo os convidados, e na hora dos parabéns a você, é ele quem esta a cabeceira da mesa, é para ele que todos estão voltados.

Mas o Natal foi sendo como quase tudo, desvirtuado. E do nascimento do Cristo, o motivo da festa passou a ser o consumo desenfreado. E a principal preocupação, o presente a ser comprado; a roupa nova combinando com o sapato adequado.

Nos grandes centros comerciais, que todos hoje chamam de Shopping. É montada uma decoração especial, tudo muito iluminado, onde as mães levam seus filhos, todos deslumbrados, com tanta luz, musicas e cor. No centro disso tudo esta ele, entronado. O bom velhinho que a todas as crianças acolhe em seu colo, com promessas de presentes, mas só para os bem comportados.

Em alguns Shoppings até se montam Presépios, com uma manjedoura, e um boneco nela deitado, representando o Menino, aquele que faz aniversário, mas a maioria passa ao largo, a fila para ver Noel esta grande e o tempo é escasso.

Já pensou se também fazem isso em seu Aniversário?

Na noite de Natal pergunte ao papai e a mamãe porque Jesus não foi convidado.

Feliz Natal

(SamisXela)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Novamente é Natal...

Novamente é Natal...

Tem Pinheiros de plástico, neve de isopor
Luzes piscando pra todo lado
Caridade no atacado e no varejo
Marketing social e muita reportagem
Consumidores correndo apressados
Muitas sacolas e pouca paciência
Comerciantes medindo lucros em percentagem

Desempregados explorados
Em um empreguinho temporário
Gordos suados metidos em cetim vermelho
Abraçando crianças em shoppings entulhados
Escondidos por trás de barbas falsas
Esquivando-se de mãozinhas ávidas por testá-las
Sorriso alugado por alguns trocados

Bêbados comemorando mais um motivo para beber
Motoristas endiabrados xingando o do carro ao lado
Enquanto ouve na radio outro Dingobel
Mães ensinam a seus filhos o que lhes foi ensinado
Nesse dia todos tem pressa, correm pra preparar a festa
Mas, só a meia noite, chagará o especial convidado
Um velhinho muito simpático, chamado Papai Noel

E as crianças, cheias de brinquedos e mimos
Exibem seus sorrisos puros e plenos
Crescem levando a tradição adiante
De uma festa de aniversario
Onde um velho de barba
É mais importante que o Aniversariante

(AeSSeCê)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Buquê de Almas...

Buquê de Almas

A cor que pigmenta a pétala
Não determina a primazia da rosa
É sempre mais belo o jardim
Quando as tem misturadas

A cor que pigmenta a pele
Não determina a primazia de nada
Somos todos flores no jardim de Deus
Que nos fez de varias cores
E uma única raça

A pele veste o corpo
Assim como a cor veste a flor
Cada flor carrega seu perfume
Cada corpo carrega sua alma

E alma não tem cor
Mas tem cheiro
Cheiro de flor

Almas não têm cor
Mas tem luz
São iluminadas por Deus
No esplendor de seu Amor

A beleza desse mundo
Consiste dessa mistura
Do perfume que emana
Desse buquê de almas

(SamisXela)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Hino Atual dos Brasileiros

Hino Nacional dos Brasileiros

Ouvem-se das favelas as margens pútridas o lamento retumbante de um povo plácido
E o sol da liberdade em raios fulgidos reflete em telhados de zinco a todo instante
O penhor dessa desigualdade conseguimos conquistar com a alma mansa
De um povo arrebanhado como gado esperando na pobreza a própria morte

Ó pátria amada
Idolatrada
Salve-nos! Salve-nos!

Brasil um pesadelo intenso, um povo lívido
Da dor e desesperança em que padece
Em teu formoso céu, risonho e límpido
A imagem do desespero resplandece
Se és belo, e forte, impávido colosso
Porque teu povo não vive essa grandeza?

Terra adorada
Entre outras mil
És tu Brasil
Ó pátria abandonada
Dos filhos deste solo
Eras para ser mão gentil
Pátria madrasta
Brasil!

Deitados eternamente em berço esplendido
Ao som do mar e a luz do céu profundo
Fulguram os ricos senhores da America
Iluminados ao sol do novo mundo!
Os donos da terra são garridos
Seus risonhos e lindos bancos
Compram nossas vidas
Acorrentando-nos em seus penhores

Ó pátria amada
Idolatrada
Salve-nos! Salve-nos!

Brasil de amor eterno era para ser símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde louro dessa flâmula
Se o futura será melhor que o passado
Só se erguemos da justiça a clava forte
E se nenhum de teus filhos fugirem a luta
Nem que isso lhes custe a própria morte

Terra adorada
Entre outras mil
És tu Brasil
Dos filhos deste solo um dia serás mãe gentil
Pátria amada
BRASIL!

(AeSSeCê)

sábado, 13 de novembro de 2010

Porque te Amo?1

Porque te Amo?!

O sol faz festa ao encontrar teus olhos refletindo o céu
O mar acalma-se e deita a teus pés plácidas ondas de carinho
O vento dança alegre nas mansas manhãs de tua alma
Colibris beijam-te a boca alimentando-se do mel de teus lábios
O tempo senta-se extasiado à sombra das roseiras, só para te ver passar
Pássaros formam platéia para ouvir o lúdico canto de tua voz
A lua enciúma-se do louvor que os poetas te dedicam
Estrelas disputam o privilegio de deitar-se em teus cabelos
O arco-íris dobra-se sobre teu ombro orgulhoso em te servir de manto
As flores combinam suas notas na vã tentativa de igualar teu perfume
Fontes de águas cristalinas anseiam refletir a beleza de tua face
Homens se fazem meninos ante a candura de tua presença...

E ainda perguntas por que me apaixonei por ti?

(AlexSimas)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sina...

Sina...

Não retarde meu sonhar pelo esplendor das eras
Não deixe que me perca nesse deserto de emoções
Onde os abutres da solidão rapinam minha vontade
Vivi a vida andando sobre movediças dunas de ilusões
Muitos Oasis vislumbrei, vagos adejos de quimeras...

Precito em tenebrosa sina, a das madrugadas vazias
Noites sem lua, dias de eternos eclipses, vazio de sonhos
Nada é maior que essa grande noite que me abraça
Acompanhada pelos latidos boêmicos dos cães vadios
No ritmo inefável de uma poesia desprovida de graça

Trago em minha boca o travo amargo do verbo vazio
Mas minha teimosia não permite que eu deixe de tentar
Minha incansável busca pelo Amor nortea-se na esperança
Niveal flor alabastrina, capaz de sustenta a vida em um fio
Gravitam em seu orbe, toda fé, toda virtude, todo sonhar

Ei de encontrar um sol para escaldar meu peito
Uma fonte de água cristalina que reflita o céu
E o céu nela se reflita, acolhendo meus desejos
Então caminharei pelas areias dessa nova verdade
Deliciando-me no Oasis de teu coração

Minha real sina é ver teu sorriso espargir-se em minha alma
Teus olhos plenos de Amor, brilhantes como perolas ao sol
Entontecer-me nos passos de tua dança, leve como flores tenras
Amar-te além dos versos de Saramago, ou ate mesmo de Caio
Um Amor Sacro e lúbrico nimbado de uma paixão definitiva

(AlexSimas)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Noite e Dia...

Noite e Dia...

Me leva em teu coração
Me faz alcançar o céu
Antes que a noite abrace o dia
Com seus braços de sombra
E acenda as estrelas

Trás tuas palavras úmidas aos meus ouvidos
Indeclarável lábia, Substancia de sons
Fazendo-me esquecer tudo que me cerca
Inebria-me com teu hálito
Qual vento fresco no horizonte
Preenche-me com teus suspiros
Derrama-te em meus lábios
Deixa-me beber da água de teus sonhos
Comer da carne de teus delírios
Descobre em mim, teus prazeres escondidos
Repousa tua fadiga em meu regaço
Bronzeia meu corpo no sol de teus olhos
Antes que a lua lhe roube a luz
Para iluminar a noite dos poetas

Me leva em teu coração
Me faz alcançar o céu
Antes que o dia abrace a noite
Com seus braços de fogo
E apague as estrelas

Me leva em voo incerto
Pelas brechas da noite
Deixando rolar as emoções
Nas urgências que me esculpem
Nos desacatos de tua delinqüência
Trajetórias infinitas onde me perco sem medo
Expondo a flor de minha loucura
Na fértil ilusão da realidade
Em toda vastidão do teu sentir
Que cala os gritos das nuvens
Queima meu corpo em chama incontida
Flamba minha alma no calor da paixão
Com ardor maior que o do sol
Incendiando a madrugada...

(AlexSimas)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Barrigas que Abundam

Barrigas que Abundam

Há alguns dias venho me remoendo com uma conversa entre alguns amigos (?). Não foi bem uma conversa, era mais uma mesa redonda, e a berlinda era minha barriga, que segundo eles venho cevando com o propósito de me candidatar a rei momo do próximo carnaval, ou quiçá quebrar algum recorde, e olhe que a coitadinha ainda é só um filhotinho.

Barriga é sempre assunto polemico e interdisciplinar, até porque a conversa começou em literatura, passeou por direitos humanos, visitou a engenharia alimentar e a genética, exercitou a fisiocultura, discorreram sobre historia, heranças culturais e folclore. E terminou com Freud e Jung sentados comigo no divã, em uma espécie de terapia de grupo, que mais parecia um júri popular, onde acusavam a todos nós, em especial a minha barriga de cúmplices da preguiça, não o animal, mas aquela do pecado capital.

E como em toda discussão de berlinda, onde tantos são da promotoria e o acusado quase nunca acha advogado, a palavra “Capital”, aquela do pecado, trouxe o dinheiro para a roda, até porque não se pode falar em nenhum dos sete sem citar-lhes o chefe. O Dinheiro e seu grande parceiro, o tempo, a quem tomei por advogado, pois o tempo é esse sujeito ambíguo, que tanto acusa quanto defende.

Agarrei-me a esse argumento como chiclete em sola de sapato, daqueles derretido em asfalto quente, que por mais que se tente remover ele gruda, se esconde nas brechas e não quer sair nem por decreto. Como certo presidente.

Tudo isso se deu, por conta de uma rede que eu tinha comprado, e que os amigos (?), opinaram que foi capital mal empregado, que este capital render-me-ia mais dividendos se eu o houve-se aplicado em um tênis.

O tênis é o serial killer das barrigas, um verdadeiro psicopata, ele chega sempre macio, protetor, submisso, e leva as pobres barrigas para passear por calçadas desconhecidas, onde são cruelmente torturadas e convencidas a abandonar seus donos. Mas barriga é feito capim, se restar uma raizinha, na primeira chuva ela nasce de novo.

Sinto saudades do tempo que barriga era coisa de rico, de burguês mesmo, quem tinha barriga era um privilegiado, o sujeito era visto com um filhotinho de barriga, e os amigos gritavam logo

– Tá rico em!
Você respondia
– Que rico que nada!
Logo espocava o coro
– E essa barriga ai?

Hoje em dia é uma esculhambação só, todo mundo tem barriga, e a coitadinha virou inimigo público numero um, barrigas são sempre discriminadas, não importa a raça, idade, credo ou opção sexual, elas são sempre responsabilizadas por todas as desgraças da humanidade.

Governos do mundo inteiro decretaram guerra à pobre coitada. Já ouvi falar até que estão pensando em taxar a barriga, o sujeito vai pagar imposto sobre a barriga, e quanto maior for à pança, maior será o percentual cobrado do infeliz.

Alguns séculos atrás, barriga era charme, ninguém gostava de tabua de passar roupa, o charme era ser fofinha, fofuxo, cheinha, as barrigudinhas eram sinônimo de GOSTOSA, é só olhar as obras de arte daquele tempo, e digo mais, Deus, não curte magrelo, já prestou atenção nos anjos? São todos rechonchudinhos.

São os paradoxos da vida, quando o povo não tinha o que comer, o charme era ser barrigudinho, ai só quem podia ter barriga era rico. Quando se via um pobre barrigudo, logo lhe indicavam um remédio para verme. Agora que baixaram o preço do iogurte, tascaram hormônio nos frangos, bois, porcos, e se vacilar ate na mandioca tem hormônio, barriga é coisa de pobre. Rico vai para academia, SPA, clinica de estética, faz lipoaspiração, cirurgia plástica, os cambaus, tudo para perder a barriguinha e caber no novo perfil estético de beleza física. Deve ser por conta da ameaça do novo imposto, até porque rico nunca gostou de pagar imposto.

Eu quero ver é quando começarem a implicar com a bunda, é, quero só ver, quando começar a moda da bunda batida, bunda chulada, ai, que quero ver...


(AeSSECê)

Poema da Despedida...

Poema da Despedida...

Vou abrir as portas da vida
Hastear velas ao vento
Cortar amarras, arrebentar correntes
Voar de verdade, não só em pensamento

Chega dessa vida de pipa
De voar só ate onde tua linha permita
Quero viver minha borboleta
Visitar lugares onde a felicidade exista
Sentir o vento na pele
Correr pela madrugada
Deitar os pés na areia nua
Revelar-me em cores
Afogar as mágoas no mar
Adormecer na praia
Namorar a lua
Sem sentir as horas que passam
Sem chorar ate cansar

Atraquei em teu cais
Entrei na tua
Achando ser a melhor saída
Perdi-me nos labirintos dessa fascinação
Mas agora vejo o que não percebi
Juntos, estávamos sois
Não isso, não mais...
Chega de solidão acompanhada
Chega dessa vida cinza
Onde só chuvisca
Essa coisa opaca, sem brilho, acanhada
Vou seguir meu coração
Sair pra vida, apreciar a vista
Acordar sem medo
Da um pé na bunda da solidão

Levo comigo tudo de bom
Que você deixou em mim
O resto eu deixo no passado
De vez em quando
Vou parar no caminho
Olhar para trás, ver o sol se por
Lembrar teus olhos
De quando ainda eram inocentes
E refletiam amor
O inverno faz parte das estações
Mas é preciso que ele se vá
Para que uma nova primavera...
... Possa enfim chegar

(AlexSimas)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Coração sem Par

Coração sem Par...

As horas passam devagar
Nos abismos da alma
Onde nascem os medos
Onde vive o escuro
Florescem os absurdos
A tristeza é a rainha de copas
A cortar a cabeça da esperança

O tempo é um pesadelo
Que sai do armário
Assustando nossa criança
O frio que vem da alma
Esfria a noite que esconde a lágrima
O grito se perde no silencio da garganta
Por medo de não se fazer escutar
E pensar que tudo começou
Como um historia romântica
Na mistura do melhor de dois

A formula não era perfeita
O efeito passa rápido
Quando se usa apenas um coração
A conseqüência da farsa é desoladora
E a ressaca do desenganado
É essa triste solidão

(AeSSeCê)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Prazeres Canibais...

Prazeres Canibais...

Meu corpo tem fome do teu
Desejo-te com a ânsia dos esfomeados
Enche minhas mãos com a carne da luxúria
Entorpece meus sentidos com o perfume do desejo
Alimenta-me com teu prazer enquanto devoras o meu
Vem... Entrega-te com a honestidade do animal no cio
Devoremo-nos com ternura e selvageria

Aquece tua alma no calor de meu sangue
Incendeia meu sangue na fogueira de tua carne
Tenho-te fome
A fome encarnada da volúpia
A gula do pecado sem culpa
Cavalgando no arquear demoníaco de tuas ancas
Rumo às estâncias dos prazeres ansiados

Tudo se resume a isso...
A esse grito... A essa fome...
Esse querer destemperado...
Sem disfarce...
Que crucia, aflige... Consome...
Me come...
... Agora, antes que esfrie.

(AtsocErdnaxelA)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amor Ansiado...

Amor Ansiado...

Amor de minha vida!
Quando você vai chegar?
Te espero desde sempre
Até quando vou te esperar?

Amor de minha vida!
Tenho vivido de amores inventados
Alegrias em pedaços
Não agüento mais esperar

Amor de minha vida!
Onde você esta?
Me diz amor
Vou correndo te buscar

Na praia
Na cachoeira
Em um deserto de areias
Me diz amor, onde você esta?

Todo esse tempo
Venho vivendo
De encontros e despedidas
É você amor, o destino final de minha vida

Vem amor!
Veste minha pele com tuas mãos
Rega minha boca com teus beijos
Afoga minha alma em tua paz

Vem logo meu amor!
Sem você minha vida é fútil
Meu coração inútil
Não demora mais...

(AlexSimas)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bem Vindos!!!

Tem café no bule
Cerveja no poço
Na geladeira, falta gás
La só tem um taco de rapadura
Água doce é na quartinha
Na lata de leite tem farinha
Em cima da mesa, meia cuia de juízo
Que to guardando pra usar na próxima eleição...
Mas posso emprestar um punhado
Não se esqueça de devolver
Limpinho e bem passado.

(Lobo Poeta)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Infinitas Finitudes...

Infinitas Finitudes...

Quando a porta do Amor abriu-se para mim
A luz entrou e eu me agarrei a esta luz
Para poder existir além dela
Um Amor que me fez gigante
Diante da pequenez de meu universo real

Alimentei minha alma com os fios desse Amor
Tecendo meu próprio universo de sonhos
Sentado nos limites desse universo me pus a dormir
Até que o sol da razão me acordou
Com sua habitual e gentil selvageria

A eternidade do Amor é tão frugal, efêmera
A sensação do gozo ampliada num continuum infinito
Vive apenas dentro do coração apaixonado
Um imenso círculo de infinitas finitudes
Onde todo eterno é do tamanho de seu tempo

Senti a paixão e o Amor se extinguirem pouco a pouco
Por quantas vezes estendi as mãos
Na vã tentativa de parar o relógio, estancar o tempo
O coração entre o batente e a porta
Pobre coração! Foi esmagado pela força do inevitável

Quando a porta da Dor abriu-se para mim
As trevas entraram e eu me agarrei a esta escuridão
E passei a existir apenas para ela
Uma Dor que me fez escravo
Diante da pequenez de meu universo real

A eternidade da Dor é tão frugal, efêmera
A sensação do sofrer é ampliada num continuum infinito
Vive apenas dentro de um coração desesperançado
Um imenso círculo de infinitas finitudes
Onde todo eterno é do tamanho de seu tempo

(AlexSimas)

sábado, 14 de agosto de 2010

Mais uma Dança, Por Favor!

Mais uma Dança, Por Favor!

Tá tudo bem!
Sim, tá tudo bem!
Melhor assim!
Melhor fingir!
Tá tudo bem!
Tudo normal!
Melhor assim!
Pra que assumir
Que tudo vai mal!

A vida é assim!
Meus olhos vermelhos
São do vento
Poeira de lembranças
Em redemoinho de pensamentos
Tá tudo bem!
O vento vai mudar
Melhor assim!
Ser vento e seguir
Ser pluma e voar
Tá tudo bem!
É só mais uma historia
Vai passar
É sempre assim!

Outra musica vai surgir
Outra historia começar
Novas vidas para marcar
Tá tudo bem!
É só mais um navio deixando o cais
Melhor assim!
Usar o lenço apenas para acenar
Tá tudo bem!
Todo verão traz temporais

Tá tudo bem!
Todo caminho tem seus espinhos
Mas, as pétalas que caem das flores
Perfumam o chão
E nenhuma dor é maior
Que a paixão que a gerou
É sempre assim!
Coração só sofre porque Ama
Só Ama porque vive
E viver é Amar
Amar, sempre Amar!


Sim, tá tudo bem!
Me deixa aqui
Só desejo esperar
Meu novo Amor
Que vai chegar
Tá tudo bem!
E quando esse Amor novo
Um dia também for saudade
Eu terei aprendido
A Amar melhor
Sim, melhor assim!
Sempre pronto
Para dançar
A próxima canção...

(AlexSimas)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu Paradoxal...

Eu Paradoxal...

Eu sou o vento que canta e agoura
Eu sou a água que cria e mata, vida e sede, sede e vida
Eu sou a planta que floresce para perfumar o dia
Eu sou a flor que se transforma em fruto para matar a fome
Eu sou o fogo que devora o fruto e purifica o homem

Eu sou o tudo e o nada
O grito e o silencio
O sorriso que esconde a dor, a dor por trás do sorriso
O que corre sem querer chegar e o que chega devagar
A mentira da verdade e a verdade escondida na mentira
A máscara que embeleza a hipocrisia
O bolso dos homens nus
A capa que esconde o livro
O perfume que disfarça a podridão
A idade dos que ainda não nasceram
A velha criança a caminho do nunca
A criança velha que não acredita em cuca

Eu como pra não engordar
Eu Bebo pra ficar são
Eu vejo estrelas de dia
Eu procuro o sol da noite escura
Eu vôo sem sair do chão

Sou mais do que mereço ser e menos do que gostaria
Falo menos do penso, calo mais do que deveria
Sou personagem de uma historia ainda não escrita
Sou a fé que não crer e a crença do ateu
Sou a morte em vida e a vida do que morreu
Sou o descanso da labuta e o cansaço da preguiça
Sou o irmão do filho único, aquele que não nasceu

Um louco trancado em sua própria sanidade

Não sei quem sou...
... Você sabe quem sou eu?

(SamisXela)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Poeta? É Assim Mesmo!

Poeta? É Assim Mesmo!

Coração brando
Fera contida
Alma expandida
Que explode e grita
Quando o Amor se faz

Coração arisco
Fera ferida
Alma perdida
Que explode e grita
Quando o Amor se vai

Poeta quando ama é assim...
... Grande, loquaz...
Inunda o mundo com as letras de luz
Que em seus olhos se faz

Poeta quando sofre é assim...
... Grande, loquaz...
Inunda o mundo com as letras de lágrimas
Que em seu coração se faz

Poeta?
É assim mesmo!
Pedra de toque
paixão de vida e morte
Pena de poeta
Nunca tem paz...

(AlexSimas)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Menino e a Pipa...

O Menino e a Pipa...

Somos Menino e Pipa...
Simples qual varetas de madeira e papel
Que tremula ao vento sobre campos, mares, cidades...
Em manhãs e tardes de outono

Somos Pipa e Menino...
Inocência que voa alto em infantes sonhos
Fantasias com belas e longas caldas coloridas
A nos equilibrar entre o real e o imaginário

E o Menino sonha ser Pipa...
Voar ao sabor da brisa, confabular com as nuvens
Correr picula com passarinhos, sentir-se livre...
Imaginar-se anjo de papel e chegar pertinho de Deus

E a pipa sonha ser Menino...
Sábio em sua fragilidade, forte em sua inocência
Ofuscando sóis com a pureza de um simples sorriso
Refletir a imagem de Deus no brilho de seu olhar

Sonho de voar... Nascemos icaros, espíritos livres
Retidos na carne que nos prende qual ancora o navio

Bendito o homem que traz em si um Menino
Brinca de Pipa e permite que Deus se reflita em seus olhos...

(SamisXela))

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Olhos Apaixonados...

Olhos Apaixonados...

Como é bela a visão...
... Através da nevoa do Amor!

Olhos encantados
Olhos serenos e selvagens
Luzes suaves
Transfiguram-se em chamas ardentes

No brilho destes olhos
Cabem todas as cores
E todas as cores tornam-se
Pálidos reflexos deste brilho

O ser amado habita os olhos do amante
Refletindo-se neles
Mesmo quando não está presente

O olhar de quem ama é fulgurante galeria de arte
Nele expõe-se a mais perfeita das telas...
... A imagem do ser amado

Só quem se ver refletido em olhos apaixonados
Tem o extraordinário privilégio
De se ver retrato nas cores das tintas do Amor

(AlexSimas)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Para Sempre Poeta...

Para sempre Poeta...

Era uma vez um homem...
Que trazia dentro de si um Poeta
E o Poeta hibernava neste homem
Anestesiado pela monotonia, pelo tédio de uma vida insípida...

E tudo era comum, tudo era insosso
A lua era só um satélite natural do planetinha que ele habitava
O sol uma simples estrela de quinta grandeza
Flores era mato como outro qualquer
coração só um músculo...

Um dia o homem conhece uma mulher e apaixona-se
Uma paixão intensa, um sentimento tão forte que gritava
E o grito acordou o Poeta
E o Poeta mostrou-lhe toda a beleza
Todas as maravilhas da vida regida pelo amor...

A lua vestiu-se de prata e resplandecia sua beleza nas noites estreladas
O dia não nascia mais simplesmente
A aurora agora era o despertar de um sol
A esplendida chegada de Apolo ao reino dos homens
Uma única flor perfumava toda uma planície...

De repente todas as estações eram primavera
Salpicada de arco-íris, colibris, borboletas...
O barulho do mar era melodia
Sua alma brilhava e o brilho era intenso
Em suas veias não mais corria sangue
Agora era pura larva que fervilhava de paixão, de desejo...
Seu coração era um vulcão em constantes erupções de amor

Correspondido o homem não mais andava, flutuava
Não comia, degustava
Não sorria, gargalhava
Via o mundo pelos olhos de uma criança brincando em um jardim
Plantado pelo próprio Deus...

Então a criança-homem viu-se enganado
Traído pela deslealdade da agora ex-musa
Apunhalado teve o seu peito rasgado
O coração esfacelado
A alma mergulhada na escuridão
Sorvia o fel amargo da taça da traição
Ferido recolheu-se ordenando ao Poeta que se retirasse
O Poeta negou-se...

Diante da negativa do poeta
O homem falou-lhe pela boca da mágoa

- Que fique, pois que não tenho força ou animo para expulsar-lhe
- Mais saiba que tuas letras serão de dor e tristeza
- Tuas tintas não mais serão azuis e sim negras
- Pois a fonte que te inspira agora é flagelo e dor
- Veras o sol, mas não enxergaras o seu brilho nem sentiras o seu calor
- Soltarei as feras no jardim e elas pisotearam as flores
- Devoraram os pássaros e todas as tuas estações serão para sempre inverno...

E assim fez-se
E o Poeta aprisionado na dor do homem
Empresta seu talento a tristeza e a escuridão
Porque Poeta não vê, Poeta sente
Poeta não inventa ele apenas escreve
Marcando com tinta o papel mensageiro
Que leva os versos aos ventos
Palavras de amor ou tormento...

Mais Poeta é anjo de Deus
Seu prazer é escrever sobre:
Amor, paixão, beleza, esperança, saudade, cores, brilho...

E agora desperto
O Poeta espera o dia em que o homem em que ele habita
Descubra novamente o amor
E o homem-poeta possa mais uma vez enamorar-se da lua
Voltar ao jardim onde a vida é uma flor e a brisa cheira a almíscar e carmim...


(SamisXela)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Entrega...

Entrega...

Vem...
Beija-me com tua boca de sangue e mel
Trás contigo a rosa descarreirada
Roubada as pressas do jardim da vida, apenas para mim

Vem...
Não me importa os beijos que deixaste com as outras flores
Pois sei que sou única
Como tua rosa roubada

Vem...
Sou tua cama
Confidente de tuas preces e devaneios
Tabua de tua carne, quando contigo me deito

Vem...
Toma-me em tuas mãos
Sou tua, como a rosa arrebatada
Tudo que existe em mim é teu

Vem...
Alimenta-te da fúria de minha paixão
Do calor de meu corpo
Devora-me, saciando nossa fome

Vem...
Vive em mim essa sublime vontade de amar
Simplesmente amar
Aceitando toda a irracionalidade do amor


(AtsocErdnaxelA)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Vontade...

Vontade...


Oh louca vontade de estar dentro de ti...
Consumir-me em teu calor...
Sentir o gosto do meu no teu corpo...
Me deixar explorar por tua língua...
Descobrindo recantos...
Por mim desconhecidos...

Desejos de loucas fantasias
Traduzidas em mãos atrevidas
Sobre minha pele nua...
Nosso hálito cheirando a pecado
Desafiando o amanhecer...

Essa minha vontade te quer todo dia
Dançando ao som do prazer de teus gemidos
Toda hora... De qualquer Jeito
Ate perder todos nossos sentidos...


(AtsoCErdnaxelA)

Almas em Êxtase...

Almas em Êxtase...

Vem... beija-me os lábios...
Invade-me com tua língua...
Me rompe as defesas frágeis...
Estamos sozinhos
No silencio desse momento
Um eterno breve...

Minha alma esta nua...
Vem!
Me sacia esta paixão...
Embriaga-me em teu êxtase louco...
Tira meu o sossego...
Arranha minha a nuca...
Rasga minha pele...
Não me negue essa entrega...
Arranca de meu peito o prazer contido...
Devora-me com teus olhos...
Tuas bocas...

Nossos corpos suados, entrelaçados...
Transbordam elétricas correntes
Inundando dimensões...
Infinitas explosões de prazer quântico
Rompendo as barreiras do espaço-tempo...

Saciados...
Somos luzes abraçadas...
Almas de intenso brilho...
Encandeando estrelas com
A beleza de nosso fulgor que nenhuma
delas nunca antes viu...

(AtsoCErdnaxelA)

Quatro Elementos...

Quatro Elementos...

Queria ser AR, brisa, vento que sopra veloz
A espalhar nos campos teu perfume embriagante
Impingindo às rosas a tua sublime essência

Queria ser FOGO, para queimar-te de paixão
Com mil línguas para lamber-te
Um HEPHAESTOS à habitar teu incandescente ser

Queria ser ÁGUA e precipitar-me qual chuva
Em gotas por sobre tua pela ardente
Evaporar e voltar novamente a te molhar...
Num vai e vem constante
Saciando tua sede de amante...
E qual rio caudaloso passear por entre
As curvas sinuosas de teu corpo
Desaguando em teu oceano de prazer...

Queria ser TERRA e debulhar-me em flores
No passear de teus pés de ninfa...
Acolher teu corpo de fêmea em meu leito
Envolvendo-te em meus braços
Saciando-me da fome que te tenho


(AtsoCErdnaxelA)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Perdões Perdidos

Perdões Perdidos

Perdoa-me por não mais te perdoar
Usas-te todos os perdões que guardei para ti
Você usou... Abusou... Desperdiçou...
Fez pouco caso
Deste nobre companheiro do amor
Se restou em ti
Um pouco dos muitos perdões que te dei
Usa-o para perdoar-me
Resta-me apenas um único perdão
O ultimo que reservei para mim
Para perdoar-me
Por não mais poder te perdoar

(AlexSimas)

sábado, 22 de maio de 2010

Alegorias de Amor

Alegorias de Amor

Peregrino em romarias de amor
Em busca de teu beijo
Pelos tersos jardins das primaveras
Em caminhos debruados de rosas espinhadas
Encarnado do fantasma da paixão que me possui
Sigo o musical som de tua voz de salmos e baladas
Na suprema evocação de Euterpe
Vaticino nesta saga um embriagado encontro de duas almas
Sobre a fronde dos trigais da lua
Vestidas com as rendas das noites estreladas
Fiandeiras de místicas esperanças

Haverás de surgir neste caminho de solidão acanhada
Ungindo-me com as bênçãos de teus lábios
Aplacando com tua candura, meu sofrimento
Trazendo um murmúrio de sol para as trevas de meus sonhos
Aquecendo meu peito com a volúpia ardente de tuas mãos
Mãos de alvoreceres luminosos
Purificadoras de todos os martírios
Enchendo de prazer o palácio encantado de meus sentidos
Resgatando-me da fera imortal do abandono
Para a festa plena de nosso encontro
Nutrindo-me do amor que te inundas
Desencarnando-me dessa forma peregrina...

(AlexSimas)

Da Série - Frases

Lembrar um grande amor é dançar uma valsa com a saudade.

(AlexSimas)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Carnal...

Carnal...

A luz de teu olhar acende em mim
A ígnea essência histérica dos astros
Soluçando ardente e enfebrecida
Encarnada da volúpia, lasciva e louca
Tua felina voz suave e quente
Arrebata o eflúvio insano da luxuria
No arquear demoníaco de tuas ancas

Tua ternura pagã nimbada de amor sacro
Teus lábios, turíbulos de doces pecados
Recita uma poesia de carne e vida
Enquanto teus róseos seios aromais
Sacia minha fome animal
Calando meus gritos de paixão
Levando-nos nas rubras asas do desejo
Por entre bosques siderais
Onde vive a essência germinal
De teu amor felino
Que espouca em explosões de gozo
Eclipsando noites consteladas

(AtsocErdnaxelA)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Para quem não sabe ler, todo texto é torto...

Para quem não sabe ler, todo texto é torto...

Uma vez me falaram dessa coisa de texto revoltado, que sai quando quer, no mais das vezes, despenteado e todo amarrotado, há quem veja nisso, graça, e até, uma romântica beleza.

Mas, comigo não, texto comigo é no cabresto e no chicote, vai sair como eu quero, com cara de quenga, que na Bahia é piriguete, ou de beata, patricinha, de mãos dadas com um nerd.

Não engulo essa coisa de texto rebelde, texto a gente doma, bota cela e monta, e ele, vai para onde a gente quer.

Caso meta-se a besta, feito mula que empaca, meto-lhe os ferro, desancando ele anda, mostro-lhe logo quem manda.

A mão que segura à rédea é quem dita o caminho, e isso não é difícil, se você perceber bem, é quase como um relógio, pois sempre termina como tudo, numa praça arribada por uma matriz, que seria o doze, um doze que é meio, dia e noite.

Logo depois a sua direita, vem mais um com outro dois, que desapartados valem pouco, igual ao povo, que se juntasse, valia mais que o doze, que manda o tempo todo.

A sua esquerda tem dois um agarrado um no outro, esse queria ser doze, eu disse queria, porque podia ate ser mais, mas ali vive a política, casa dos hipócritas, onde dois um vale por onze, é um comendo o outro, por isso nunca chega a doze, é a verdadeira casa de noca, onde não se cobra dizimo, mas dez por cento é o mínimo garantido.

Os outros ao redor, são meros figurantes, observe que em alguns relógios eles nem aparecem, só o doze, e o seis, que também é importante, fica defronte do doze, mesmo que alguns afirmem ser embaixo, só um detalhe besta, pois que por baixo também se goza.

Outros afirmam ser o seis mais importante que o doze, embora ele não abra o dia, é ele quem traz a luz e com ela a labuta.

Ambíguo como deve ser tudo que é divino, é o seis que também trás com ele as sombras que fecha o dia, coisa que não se explica, o doze começa e termina, mas é pro seis que se reza a missa.

Amante generosa, pela frente abraça a noite, e por trás recebe o dia, e nesta orgia, em que se faz de recheio, o seis é a fronteira entre a fé e o medo, caixa de pandora onde todos guardam seus segredos.

- Epá! Onde eu estou?

- No meio de um trocadilho, de praça, povo e tempo, discorrendo sobre religião, política e outras safadezas.

- Mas, eu falava do texto, esse ladino safado, e num cochilo ele escorrega, e vai passear em outras tramas.

- Texto rebelde até se doma, mas os ladinos, esses são pior que quiabo.

- Mas, espera só um pouco, que dele também dou cabo, pra esse tipinho cínico, tem que usar pena capital, tríplice pena final, sem dó nem piedade, rasgo, amasso e queimo, e enterro o descarado em um balde.

- Espera meu compadre, vá com calma, seja prudente, por um culpado vai condenar também um inocente?

- E o papel, que tem com isso?
- Vai pagar por um crime que não cometeu?
- Só porque tu te desentendeste (e não aceita) as opções de tuas letras?

- Tudo bem, eu concordo!

- Mas, nem por isso arredo pé, vou aplicar a esse finório alguma punição, cada qual a seu cada qual, e texto, tem que ser texto e obedecer à mão, que é quem segura à pena e deita diretriz, não me importa a pecha de radical, vou manter minha opinião e punir esse marginal.

- Texto rebelde ate se admite mesmo o que peca na gramática, impõe admiração, mas o ladino, esse é ladrão, rouba as vistas do leitor, escondendo nas entrelinhas sua verdadeira intenção.

- Tudo bem! Vou poupar o papel, que apenas acoita esse safado, mas da borracha, ele não me escapa, com ela ei de dar-lhe cabo.

Santo Deus!

Quanto dislate, o que era para ser uma crônica, virou poema da pior qualidade.

(Alexandre Esse Cê)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Respostas...

Respostas...

Vivo dessas horas em que me jogo aqui na esteira
E abraço uma almofada, apenas para sentir o cheiro do silencio
Enquanto la fora o sol matiza de vermelho um céu de fim de tarde
A brisa invade minha janela trazendo com ela uma canção de ninar
O canto da relva que se prepara para dormir
Junto com ela as rosas, menos aquela que colhi
E pacientemente espera junto aos versos que fiz
Para celebrar o amor do qual me exilei

Sou quem sabe essa rosa que não vive nem morre
Mas apenas deita-se junto a versos ainda não lidos
Sinto-me assim, como essa rosa colhida
Enquanto a vela queima suas lágrimas sobre o castiçal
Refletindo nas paredes as sombras de uma antiga dor
Respiro esses ares solitários das almas exiladas
Cheias dessa ânsia desmedida de carinho
Que se perdem na madrugada em busca de respostas
Que esta bem ali, naquela rosa, que mesmo longe do jardim
Espalha perfume e beleza que verso algum pode traduzir

(AlexSimas)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Peregrino...

Peregrino...

Trago pés calejados de tanto andar
Nesta terra para onde vim há muitos anos
Muitas ruas de mesmas janelas
Tantos rostos de diferentes corações
Braços cansados de abraçar apenas corpos
Faces inexpressivas de sorrisos aguados
Silhuetas apagadas sobre a mesma paisagem
Amores vendidos por uns poucos trocados

Banquetas de camelôs ofertando sonhos usados
Pessoas abandonada nas calçadas como lixo jogado
Vozes roucas das mesmas ladainhas
Pregando contra os mesmos pecados
Ouvidos moucos de apenas palavras
Eterno jogo de interesses e favores trocados
Vida de medo do nome negativado
No SPC do céu por um dizimo atrasado
Igrejas orgulhosas de seus milhões de fiéis
Cidades acanhadas de tão pouca gente

Trago pés calejados de tanto andar
Nesta terra onde ei de morrer
Mas não sem antes abraçar almas ao invés de corpos
Receber sorrisos temperados de franqueza solida
Ver corações debruçados em janelas
Silhuetas brilhantes enfeitando a paisagem
Amores doados em troca de nada
Sonhos novos iluminando as pessoas das calçadas
Vozes tilintantes pregando esperança
Vida de gloria em um Deus amado
Cidades abarrotadas de gente
Igrejas vazias de hipócritas

Então terei orgulho de ter sido peregrino nesta terra...

(SamisXela)

sábado, 10 de abril de 2010

Minha Culpa, Minha Única Culpa

Minha Culpa, Minha Única Culpa


Entreguei-te minha vontade
Minha luta, força e fadiga
Dei-te tudo de mim
Tudo que sou...
Tudo que sei...

Desisti de mim para viver para ti
Idolatrei-te e te fiz minha musa
Te deleguei minha felicidade
Amei-te acima de deuses e da razão

Subi aos céus e desci a infernos
E com seus habitantes dancei
Entreguei-me a loucura
Adoeci de paixão

Nada me importava
Para tua felicidade eu vivia
Meu fardo não pesava
Minha cruz não doía
E assim foi através das noites...
...E dos dias

Cegou-me o brilho de teu falso amor
O que pensei ser jóia era bijuteria
Vi mel onde só havia sal
Mendiguei por tuas verdades
Pagasses-me com promessas e juras
Tão falsas quanto o beijo de Judas

De nada te culpo, perfídia
Sou eu único culpado
Culpado por acreditar-te
Culpado por idolatrar-te
Culpado por querer-te feliz
Culpado por te Amar

A mim nada deves
Nem as lágrimas que verto
Ou a dor que carrego
A ti só cabe a certeza
De ter sido amada
Como dante ser algum...
... Jamais o foi

(AlexSimas)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mulher, Divino ser, Mulher

Mulher, Divino Ser, Mulher

Procurei Deus e lhe pedi que criasse para mim um ser que fosse belo e tivesse o dom de enxergar a beleza do mundo e de suas criaturas.

Que fosse dotado não apenas de inteligência, mas principalmente de sabedoria.
Que soubesse sorrir de suas desgraças, mas que sofresse com as dos outros.
Que soubesse construir felicidade com pedacinhos de alegria.
Que chorasse de felicidade e soubesse sorrir para esconder sua tristeza.
Que conjuga-se o verbo perdoar com esquecer.
Que fosse bom, porem firme e justo.
Que soubesse respeitar e conceder-se momentos de solidão, sem que para isso sinta-se só.
Que entendesse que amizade é o amor em estado puro.
Que grandes amigos sempre estão presentes, mesmo estando distantes.
Que amasse incondicionalmente, e que fosse leal a esse amor.
Que soubesse explicar os espinhos e as flores, mostrando a beleza de ambos.
Que soubesse se impor com firmeza, porem com humildade.
Que valorizasse as virtudes e entendesse os defeitos das pessoas.
Que praticasse suas idéias sem remorsos e assumisse sempre as conseqüências de seus atos.
Que tive-se sempre a coragem de assumir seus medos, e enfrenta-los com bravura.
Que o próprio Deus habitasse em sua alma.

Pedi a Deus um ser que fosse divinamente humano.

Deus me respondeu: Meu filho essa criatura eu já criei, ela existe desde o principio dos tempos, infelizmente poucos homens a veem, e as vezes nem elas mesmas se percebem.

Essa criatura é a MULHER.

(SamisXela)

Nostalgia...

Nostalgia...

As noites enluaradas
Trazem-me a lembrança
Nossas madrugadas coloridas
Quando nos amávamos
Sob as estrelas
E o sol, a pedido da lua
Retardava o dia
Tua boca em desespero
Deitava-se sobre a minha
Nossas línguas entrelaçadas
Matavam a fome de amor
Que nos consumia
Cavalgávamos nossos animais
Sem medo ou vergonha
Dia e noite, noite e dia
Nossas mãos eram olhos
Passeando em nossos corpos
Lascívia atrevida
Viajávamos dimensões
De luxúrias nunca entendidas
Nossos gozos eram explosões
Big-bangs criando universos
Habitados somente
De prazer e alegria

(AtsocErdnaxelA)

Caminhador...

Caminhador...

Caminharei sob o sol deste sertão
Fazendo poeira com meu pé, com minha dor
Todo o pó dessa estrada ainda é pouco
Para soterrar o amor que corre em meu peito
Cavando buracos em meu coração
Amor luz de estrela, viajante do passado
Ilumina no presente, noites de solidão
Olho sobre os ombros em momentos intercalados
Buscando o vulto da esperança que me seguia
Firmo na estrada esse pé que perdeu o chão
Precipícios inevitáveis, cavados pela saudade
Margeiam o caminho com seu canto de sereia
Convidando ao mergulho nas areias da ilusão
Sigo devagar, sem a pressa que já tive
Para minha sede levo água
Para minha fome carrego pão
Seguirei caminhador pela estrada vida
Sinto que não morrerei desse amor...
... Mas te amarei ate morrer

(AlexSimas)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Anjo Demônio

Anjo Demônio

Para além da saudade
Mora um anjo de duas caras
Vezes arlequim, outras pierrô
Sorriso e lágrimas, amor e dor

Hora mensageiro afável
Acaricia-nos o coração
Noutras fantasma indelével
Empurra-nos para escuridão

Saudade, anjo infiel
Senhor da própria vontade
Guardião das chaves
Do inferno e do céu

(Samisxela)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Enamorar-se...

Enamorar-se...

A seta cruza o peito
Infectando-o com o veneno do amor
Agora todas as luas são cheias
Novas num crescente de beleza
O tempo perde o sentido, enlouquece
Quando tudo vira saudade
Nada importa mais
A paixão cobra todos os preços
Lágrimas, sorrisos e liberdade
Pagamos sem reclamar
Com o júbilo do naufrago resgatado

Todos os tons são azuis
Nuvens são liteiras carregando ninfas
Olhos deitam sobre o crepúsculo
Como a procurar o próprio destino
A vida é uma carruagem
Puxada por borboletas douradas
Ostentosa, radiante, magicamente bela
Findam-se todos os invernos
E a primavera brota em flores e pássaros
Onde o sol passeia com a brisa
Acariciando-nos a face

Bocas cheias de palavras
Calam-se esvaziadas em beijos
Enquanto a alma descansa
Aconchegada em outro peito
Tomada pela inexplicável
Alegria dos amantes
Porque amar é...
... Escrever um poema para Deus

(AlexSimas)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Epifenômeno

Epifenômeno

Vazio... Um nada...
Um oco no mundo
Alma se contorcendo
Lutando contra o invisível
Chove, mas não é culpa da chuva
Já é noite
Noite física
Que chega para dormir com o dia
Para novamente se despedir pela manhã
Na certeza de tornar a encontrá-lo
No final de outra tarde
Na rotina das eras
Tão certo quanto à morte
Juízo final particular de cada ser
Por onde andará o vendedor de sonhos?
Preciso de uma dose de pinga
Meia cuia de felicidade
Mesmo que de segunda mão
Por onde andará minha luz?
Filha da puta
Saiu para comprar cigarros
Faz muitos anos
Será que volta?
Para que haja fim ao infinito
Ainda não é março
Mas as marés me arrastam
Presente... Passado... Futuro...
O relógio continua andando
Maldita centopéia
Vida epifila
O ferrolho travou
Melhor esperar
Depois do carnaval
Melhora?

(Alexandre Costa)