quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ainda te Amo...

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Corro através das madrugadas
Na busca de um amor que sobrou
Vagueio pela lua e seus quartos
Cheio de novas esperanças
Onde só restam ilusões...
... Esquinas sem direção

Enquanto o sol não me manda de volta
Ao inicio do caminho onde os amores são doces
E as manhãs eternas como as palavras das rosas
Que falam de silencio, nada mais...

O tempo flutua entre uma e outra cena
De sonho e realidade, loucura e sanidade
Onde tudo é normal

Minha oração nada pede, apenas agradece
O milagre do amor que se fez...
... E não se foi junto com você

(AlexSimas)

Condenado ao Amor

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Nessa manhã que chega afagando-me os olhos
Traduze-te em clara luz de infinita beleza
Arrancando-me lembranças doces...
... Com aroma de framboesa

Teus raios atravessam a frágil cerca
Aonde em vão tenta esconder-se um coração
Marcando-me o assoalho da alma
Com listras salteadas escuras e claras

Lembrando-me prisioneiro voluntario
Da prisão do amor ao qual me encontro...
...Condenado

(AlexSimas)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Corpo e Alma...

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Em tua cama não sou só corpo, sou alma
Teu corpo não é apenas desejo, é berço
Não tenho mais como fugir de ti
Teus lábios vermelhos prenderam-me
Numa teia de palavras safadas...
Deleitosas, liquidas, incoerentes
Faladas, sussurradas, gritadas

Sou andarilho no caminho de teus pecados
Sou anjo seduzido aninhado entre tuas pernas

Absorto na emoção do gozo ansiado
Afogado no suor da ação de teu sexo
Encontro-me perdido em tua branca carne
Vagando entre céus e infernos
Em louco vôo de prazer sem volta
Descobrindo do porque nascemos
Lasciva paixão para qual vivemos

Minha alma agora em teu corpo tem o peso da luz
Meu corpo agora em tua alma tem o gosto do amor

(AtsoCErdnaxelA)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Renascido...

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Quero amar o que só você amou
Quebrar todos os meus espelhos
Meu melhor reflexo é teus olhos
Preso a imagem que carrego
Peço-te que reflita ao me refletir
Liberte-me do eu a que me prendo
Devolve-me a liberta prisão do amor
Para que eu veja o que sou...
Um espírito inefável fora do rumo
Dos místicos vôos do coração
Convida-me e aceitarei sentar-me
Junto à fogueira de tuas entranhas
Sentirei teu fogo queimar-me a carne
Tua chama iluminar meu escuro
Então sairei de dentro de mim
Parido por tu, serei teu filho...
Édipo novo de novo e para sempre
E dançaremos com o vento...
Correremos com os rios...
Amaremos com a lua e os poetas
Em meio às ruas do desejo
Entregando-se sem medo a cada...
... Nova manhã

(AlexSimas)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Prisional...

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No largo de teus olhos reencontrei meu sorriso
Num labirinto de beijos meu fôlego se perdeu
Por entre lábios e soluços afogado na paixão
Resgatei o amor do qual havia me perdido
Liberto do meu sonho de liberdade
Acorrentei minha alma a tua
Tornei-me carcereiro de mim mesmo
Para deixar fugir o medo de ser feliz

(AlexSimas)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Lânguido...

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Acolheu-me o chão frio e duro
Onde me encolho para lamber
As feridas da alma surrada...

A dor... Tão intensa que já não a sinto
Os sonhos agora perdidos são como um
Móbile sobre o berço, vejo, quero...
...Mas não os alcanço

As lembranças sobre as quais passeio
Cortam-me a carne quais cacos de vidro
Espatifados no chão da memória

Não choro... Não sinto... Não vivo...
Não mais, sem nada, vazio, perdido
Sentido sem sentido combalido

Uma navalha, uma banheira...
...Falta água

Chão frio, muito frio...
Noite escura muito escura...

Corpo, alma, chão, cão
Frio, escuro, mudo, amargo

E essa água que não chega...

(Alexandre Costa)