quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Poesias Paridas...

A Poesia me nasce pela boca
Espagíria de palavras...
Mistura de sanidades loucas

Um dia desenha alegrias
Vende esperança
Exalta a saudade

Outro dia exuma cadáveres
Esvazia gavetas
Exalta apodreceres

A Poesia me nasce pelos olhos
Cultiva dúbias verdades
Canteiros de cascalhos

A Poesia nasce da luz que me cega
Escavando silêncios
Pastoreando a escuridão que me nega

Lança sementes de sentires
Ao vento do acaso
Que morrem céleres...  Ou não

Para habitar livros mortos
Requesto de Réquiens
A Poesia me nasce pelas mãos

Apalpando as feridas
Entre um e outro Amor
A Poesia me nasce da alma partida

A Poesia nasce de meus excessos
Das horas de vida
Das sobras da morte
Das ausências redentoras
Do vazio das pessoas
Do pecado... Da salvação

(AeSSeCê)

Um comentário:

Cris de Souza disse...

" a poesia me puxa pelos cabelos e me lança no olho do furacão... "