terça-feira, 27 de novembro de 2007

Sou...

Da faca o corte
Da bússola o norte
A lucidez embriagada
O silencio da palavra
Sou o rato no labirinto
Metal que compra carne
A linha invisível
Entre loucura e consciência
Sou estilete sem cabo
Ferida que sangra
Do caminho o atalho
A trilha que leva pro nada
folha no vendo
pedra de toque
O frio da alma
flor do pântano
Anjo caído
Menino perdido
A coragem do medo
A fome do desespero
Da justiça à sede
A grade na janela
A prisão que liberta
A mãe que chora
O pai que assevera
O olho que vaga
A perna que treme
A mão que sustenta
Sonho abortado
O ano que acaba
Esperança renascida
Imagem ungida
A crença confinada
Rio que passa
Floresta que morre
Fome que mata.
Sou tudo...
...E nada.

(SamiSXelA)

Um comentário:

Anônimo disse...

UMA MENTIRA
Criei um amor.
Um amor que fugisse do convencional.
Um amor idealizado e feito a medida para mim.
Um amor fictício e despreocupado que me desse tudo que a vida real me pudesse negar,um amor que me consumia de desejo e espera ,a espera de um encontro que sei que jamais poderia passar ,era uma tipo de jogo espiritual virtual em que tão somente as palavras poderiam dominar o desenlace...Mas me encontrei com o inesperado com algo a que ñ contava ,pensei..,jogar brincar ,usar ,mas sabendo que tudo ñ passava de uma maneira de exteriorizar meus anseios e sentimentos mais ocultos e acabei caindo em meu próprio veneno e me deixando levar por uma ilusão tão absurda quanto a situação.É como se sentir apaixonada por um fantasma do passado ou ligada a um vicio inexistente é raro sentir ,pensar em algo que ñ esta dentro de nenhuma realidade,ñ se trata de amar e ñ ser amada e sim de amar algo pela necessidade de amar e se sentir atada a esse amor .