quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dramas...

Dramas...

Como posso discutir com Destino?
Deus escolheu não nos prender
Em um único destino...
Como posso discutir com Deus?

Não quero ou busco compaixão
Estou aqui espiando a vida pela janela
Com medo de ir La fora...
Esqueci do cheiro fresco das ruas
Por onde transitam os amantes

Paira sobre mim uma nuvem negra
De luto e de dor que recobrem
De sombras o caminho para a porta

Estou descobrindo as alegrias da solidão
Aprendendo a conversar com o silencio
Lutando com as feras que habitam
Minha floresta interior...

Tudo que eu queria era arrancar essa dor
Essa tortuosa dor que se instalou em meu peito
Arrancar-la pela raiz, como fazem os agricultores
Com as ervas daninhas...

Não ter que viver todas as noites a agonia
De assistir meus sentimentos se baterem
Em guerra, conturbando as doces nevoas
De meus momentos entre a vigília e o sono

Meu coração pergunta-me o que se passa
Em minha cabeça...
Respondo-lhe que minha cabeça também
Pergunta-me insistentemente o que se
Passa em meu coração...

Refugio-me de mim mesmo...
Escondo-me dessa realidade pesada demais
Amarrotada demais, realista demais
Que rejeita qualquer sugestão de amor
Prendo-me a essa memória sombria
Que me faz esquecer meus sonhos
Tenho saudades do tempo que tudo isso
Pertenciam as ruas fora de minha vida

Trago dois lobos dentro de mim
Lobos que lutam pelo que acreditam ser
O certo em suas subjetividades
Um te acusa de leviana e te rejeita
O outro te acusa apenas de ser humana
E te deseja conceder a graça do perdão

Preciso escolher qual dos dois eu
Devo alimentar...
... Antes que enlouqueça

(alexSimas)

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