sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Confissões a Lua

Confissões a Lua

Réstias de final de madrugada
Iam-se tangidas pela aurora
Ao final de mais uma noite
De conversas e dores confessadas

A confessora me ouve atenta
A sorrir-me sempre sua face pálida
A liturgia do encontro diuturno
Rezava o aziago que me trazia n’alma

Embora sempre atenta a ouvinte
Segue sem interromper seu passeio
Derramando olhar pressago ao penitente
Fala-lhe em seu silencio que a mágoa
Nada mais é que amarga prisão de correntes

Foi-se a amiga assim como veio
Com promessa de voltar novamente
Levando com ela segredos confessos
E a promessa de quando voltar
Encontrar um amigo mais contente

Deito o olhar emocionado ao horizonte
Despeço-me da amiga que me deixa um adágio
Falou-me a lua afagando-me o coração
Que mágoas são feridas que não se cura ao tempo
O único bálsamo a curá-las é a aceitação

(SamisxelA)

2 comentários:

Anônimo disse...

.....todo poeta tem um pouco de louco.....e todo louco gostaria de ser um poeta (...a vida fica muito mais interessnte...)
beijosssss

Selma Sampaio disse...

Amigo, adoro as sua poesias!Agradeça a Deus esse lindo dom q Ele lhe deu...
Bjus no seu lindo coração!!