quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Abstração...

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Bebi de teu amor no cálice da madrugada
Enquanto a manhã desabrochava no brilho de teus olhos
Enternecido sentei-me à soleira de meu coração
Pus-me a cantarolar uma cantiga antiga…
…Uma cantiga de ninar.

A fábula de que a letra falava era uma mistura de alegria e cor
De seres encantados vivendo uma eterna e utópica historia de amor
Qual infante apaixonado acreditei no ardil de tuas palavras
Desarmai minha alma, te deixei entrar para vivermos a canção...

Em ânsia louca te amei, teci sonhos insanos de um amor apaixonado
Minha felicidade tinha nome e endereço...
Teu sorriso bastava para iluminar minha noite mais escura
Éramos os dançarinos da caixinha de musica em eterno bailar

Então descobri que amar é sofrer tanto quanto querer...
Que o pérfido monstro da mentira escondia-se sob minha cama
De onde saiu ofuscando-te o sorriso e calando a cantiga...

Desculpa se a canção não é mais sentida
Desculpa pela lágrima perdida
Você mentiu para mim...

(AlexSimas)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

As Razões da Emoção

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Tão difícil calar quando o coração grita
Tão difícil falar quando a garganta soluça
Pensar, falar, calar a razão com a emoção
Pesar a emoção pela razão, deter o vôo
E pousar sobre as penumbras da vida

Como não olhar para trás se o rumor
Da magoa me segue com seus passos
Pesados em alvoroço descompassado
Como socorrer um coração despedaçado
Que desesperado segura-se no amor

Como parar o relembrar, reerguer
O confiar voltar a acreditar...

Juras-te em nome do amor, perfídia
Assim mentiste, chega, basta agora
Não ceda implora-me a razão
Acaba com essa droga de uma vez
Retoma teu rumo, respira fundo

Como forçar esse tolo coração
A parar de te amar, voltar no tempo
Quando as tardes eram louras
E a saudade trazia teu cheiro
Na brisa das lembranças...

Como? Se não consigo parar...
De sonhar em voltar a voar a teu lado.


(AlexSimas)