segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Andanças...

Já andei por muitos sonhos acendendo estrelas
Por mares desérticos, frias camas aquecendo ilusões.
Propus-me a rir e cantar empíricas volúpias...

No meu olhar o brilho do luar roubado das madrugadas
Mudando como lótus na superfície da água, Édipo espelho.
Brinquei de esconder com minha sanidade, genuflexo em prece.
Milhões de caminhos se abrem a minha frente misturando-me
Vivo como elementos de uma fabula trancados em uma caixa mágica.
Procuro pelas luzes roubadas do universo por teus olhos...

Abrigo-me à sombra do coração que flutua no limiar da loucura
Desejos insones amanhecem alados sob as chuvas do passado
Infatigável, deixo-me guiar pelo poeta em seu jardim de palavras.

A eternidade se finda, põe-se com o sol desnudando a lua, aflição.
Pedirei ao verso que me conceda o entendimento, empíreo sacramento.
A diástase do destino não impede a arborescência da paixão, luminescência.
As cartas escritas ao desatino retornam sem as respostas obsecradas.
Interno-me na obscura noite senhora dos entendimentos, mãe esclarecedora.
Mãos suaves tocam minha alma libertando melodias de encantamento.

Imolo-me na sagrada fogueira da saudade cujas cinzas alimentam o amor.
Na bolha de sabão em que viajo mora um arco-íris que guarda um tesouro
Fúlgida formula de minha ansiada felicidade...Você.


(AlexSimas)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Angustia...

Destilo saudades em copos vazios
Entre uma balada e um blues...

A corda quebrada do violão nega a nota
A letra da canção só tem teu nome...
...Titulo e refrão.

A melodia marulhada das ondas
Batem contra minha sanidade
Como a buscar lógica na loucura

Mordo o lábio, deslizo pela musica
De meu respirar ofegante...

Teu cheiro me invade, inebrio-me...
Mágico perfume criado por alquimia
De algum boticário antigo...
...Formula perdida no tempo.

O vinil na vitrola chega ao fim
Os músicos recolhem-se ao silencio

Lembranças ébrias de boemia
Insistem em mais uma contra-dança

A madrugada deita-se sobre a noite
Cobrindo-se com o alvorecer...

Na parede um calendário riscado
Marca menos um dia...
...Na eterna ânsia de encontrar você.

(AlexSimas)

Em Cena



Riram baixinho, vestidos de volúpia
Como a buscar lógica na loucura
Fluida entre minúcias abrasivas
Tomados de profana sensualidade
Desmanchando fragrância pelo cenário
Corpos vagando pela noite dançante
Acobertados pelo manto pecaminoso
A realidade escorrendo por suas mãos
Porosas, de repleta enloquência
Amantes livres, sem culpa ou remorso
Esculpindo ardor, libertas vontades
Supremos intérpretes da arte do amor
Pelos palcos do irrefreado desejo
Desvarilhos de prazeres encenados
Fulgurando no universo aclamado.

~ Cris Poesia & Alex Simas~

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Paradoxo...

Cobre ó lua a tua brilhante face
Que reflete a imagem que teima
Assaltar meus sentidos libertando
Lembranças trancadas nos porões
De minha sofrida memória...

Deixa-me sozinho impregnado do
Cheiro da solidão soprado pelos
Dragões disfarçados de moinhos
Onde travo quixotescas batalhas
Contra a saudade que me adentra
Por portais clandestinos...

As poucas nuvens de esquecimento
Que se formam a partir do vapor de
Minhas lagrimas e tentam em vão te
Ocultar cai como chuva alimentando
O amor plantado em meu coração...

(AlexSimas)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Lascívia...

Pouso meus olhos em teu corpo nu
Vislumbro teus mamilos endurecidos
E eretos ao toque de minhas mãos.

Tua língua quente invade minha boca
Prendes meus lábios entre teus dentes
E crava tuas unhas em minhas costas
O fogo antes lento tem agora a fúria
De um incêndio, m'alma vomita fogo
Expele chamas por todos os poros...

Milhões de borboletas de asas tremulantes
Invadem-me quando me enlaças com tuas
Pernas encaixando-me em teu quadril me
Levando para dentro de ti com a maestria
Da messalina, da dama que sabe ser puta.

Sinto-me pégasos cavalgado por Afrodite
Se for loucura desejo permanecer louco...

(AtsoC ErdnaxelA)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Miragem...

Esse silencio que não se cala
E como éter evapora minha alma
Destilando saudade tão amarga
e ao mesmo tempo tão doce...

Saudade de uma paixão que me
Destrói e me recria todos os dias
Afastando-me da realidade...

Qual falcão em busca de sua presa
Mergulho na mais profunda câmara
De meu coração onde guardo esse
Amor sustento da imortal esperança.

Fito-me no espelho buscando tua
Imagem tatuada no fundo de meus
Olhos escondida atrás das lagrimas
Que a desfocam...
...Mas não a apagam.

(AlexSimas)



sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Fogo e Lagrimas.

As lagrimas que vertem de meus olhos
e correm como um rio em minha face
tem à nascente em teu coração.

Lagrima alguma apaga o fogo de um
coração atormentado pela saudade.
Meus olhos não escondem a dor
porque ainda não aprenderam a mentir.

Busco na noite a luz de teus olhos
Uma luz sem a impaciência do fogo
Um brilho maior que o sol do meio dia

Recolho-me à solidão contemplativa
onde materializo teu olhar me abraçando,
aquecendo minha alma combalida pela
ausência da paixão que a alimenta...

No calor do sal de minhas lagrimas...
...Reservo-me o augusto direito de te amar.

(AlexSimas)