quinta-feira, 5 de abril de 2012

Keka Rachel Sapeca...



Para dar-te este presente pensei em um sonoro soneto, de versos bem amarrados
Mas rimar Keka com sapeca talvez não ficasse legal, muito frugal, pra La de banal
Como fazer uma poesia parnasiana com cores pré-modernistas que ficasse original?
Senti-me um pré- adolescente que arruma o quarto pensando no sorriso da mãe
Pra depois, se sentir um alienígena perdido em seu próprio planeta ou seria gaveta?
Então me armei de rede e paciência e adentrei a imaginação buscando caçar versos
Como versos selvagens são um tanto quanto ariscos e poucos são os que lhes apanhe
Pensei em surrupiar alguns já domesticados, de preferência de criador bem afamado
Pulei muitos muros, invadi vários jardins, fui de Chico Buarque e Caetano ate Wando
Do quintal da casa do Quintana pulei pro do Neruda, dei Bandeira e o Manuel me viu
Quando o Augusto me pegou não adiantou chamar pelos Anjos, de mim não teve pena
Tentei roubar uma Garota e o Vinícius e o Jobim quase me enterraram em Ipanema
O Drummond chamou o Fernando em Pessoa para ver o Leminski me puxar à orelha
Mas, a sova que levei da Florbela Espanca, foi a pior que meu bumbum já sentiu
E o que era pra ser um soneto virou prosa com ares de trova, de poesia passou voando
E só depois do texto quase pronto é que busquei te ler com mais atenção
E assim descobrir que rimar Keka com Sapeca ia deixar muito feliz tua alma pueril
Que guarda seus medos em uma caixinha de sapatos para olhá-los de vez em quando
E nunca esquecer que coragem não é ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-los
Fazendo da vida uma tarde grande, dessas que se arrastam preguiçosas zombando do relógio
Como se quisesse guardar em si toda a eternidade e a felicidade não dependesse do tempo
Mas apenas da menina sapeca, que habita a poetisa que singelamente responde por Keka

(AlexSimas)

Homenagem a Poetisa e Amiga - Rachel Keka

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Convite...




Perdoe-me se não te chego cavalgando um alazão branco
Minha montaria é uma singela borboleta de muitas cores
Encilhada com o tecido dos sonhos bordados de paixão
Meu alforje carrega versos que cantam amores e desejos
Minha armadura é leve como as penas das asas de um anjo
Não uso espada, apenas um escudo, que é o sorriso de Deus

Vem comigo...

Preencherei teus abismos com o fogo que arde em m’alma
Juntos incendiaremos todas as estradas em que passarmos
Fecundando os caminhos com o magma ardente do amor
Plantaremos girassóis que refletirão nossas almas nas estrelas
Transformando-nos em farol de um porto chamado poesia
Destino final dos nascidos para serem... Felizes para sempre

(AlexSimas)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cara-a-Cara

Não fosse a face da faca
O sangue não gargalhava
Na cara da ferida.

A ferida cala anti o grito da perda
Enquanto a faca face a face com o sangue
Dança a valsa da liberdade


(AeSSeCê)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Menina-Mulher...

Teus sussurros em meus ouvidos
Ruborizam a própria indecência
Destrancando meus desejos
Fazendo-me voar...
Pelos caminhos de teu corpo
Desnudando minhas fantasias
Descobrindo novos mundos
Em cada gemido

Teus olhos se acendem em mil faróis
Quando me contas segredos inconfessos
Cravando tuas unhas em meu peito
Convidando-me para brincar de lua e sol
Em tua terra do nunca
Onde o tempo é um eterno menino
Os sonhos têm o gosto de teus beijos
E todo dia é o mesmo dia, tão diferente
No teu reboliço de menina...
... Na tua malicia de mulher


(AlexSimas)