quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Meu Amigo Livro

Meu amigo livro

Dentre meus amigos, um é especial
Falante em sua maneira calada
Falante porque fala à minha alma

Acompanha-me desde sempre
Entende meus sorrisos e minhas lágrimas
Ensinou-me quase tudo que sei
E nunca me cobrou nada

Sábio e paciente amigo
Guia de sonhos e fantasias
Depositário de fé e sabedoria
Das ciências às poesias
Tudo nele se guarda

Sempre disposto a ajudar
A quem se propõe a lhe procurar
Tem sempre as respostas
Ate para quem não sabe o que perguntar

Tem muitas faces esse meu amigo
E muitas formas de ensinar
Mensageiro de homens e deuses
Ele apenas lhe mostra o caminho
É você quem escolhe qual trilhar

Múltiplo em sua singularidade
Às vezes afirma em outras desmente
E no dito pelo não dito
Vai cumprindo sua missão
De fazer você raciocinar.

(SamisXela)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Doidejando...

Doidejando

Um dia desses no semáforo da esquina
Você olhou para mim
Bem na hora que o sinal abriu
E eu sorri, sorri só porque te vi
Você me jogou uma rosa pela janela
Mas, ela caiu no asfalto
Você sorriu e com uma pirueta
Ah resgatou e a beijou
Olhando para mim

Dançou com a rosa por entre os carros
Louco eu pensei, louco, louco, louco...
Então rezei para o outro sinal fechar
Corri pela calçada em meio à multidão
A criança em mim adorando a aventura
E de tão livre chorei

Te alcancei ainda na florista
Rosto brilhando como o do menino
Dançando ciranda de mãos dadas com a paixão
Como um acrobata demente
Saltei dentro do abismo de teus braços e te beijei
Ali na calçada sobre as marquises do tempo

De repente você bailava a meu redor
E me convidou para voar em tua ilusão
E eu voei sob o aplauso dos mendigos
E das flores emocionadas

Desculpe se a rua não é ladrilhada, você disse
Não deu tempo porque eu não te esperava
Mas, repare os olhos por trás das vidraças
Eles brilham como diamantes

Um soldado pediu silencio
Mandou que os carros desligassem o motor
Para ouvir o murmúrio que passeava no vento
Viva, viva, viva os loucos que inventaram o amor...

(AlexSimas)

Em nome do Filho...

Em nome do Filho...

Você sente o apelo da terra?
Você ouve as lágrimas do mar?
Você sente vergonha?
Você ama seus filhos?
Lembra das promessas?
De amá-los e protegê-los?
Que herança espera deixar para eles?
Fome e sede?
Dor em forma de dinheiro?
Você sabe quantas pessoas já matou?
Ou a morte para você precisa de corpos e sangue?
Você já parou para pensar?
Já olhou a sua volta?
Percebe o mundo como está?

Olhe nos olhos das crianças
Consegue enxergar-lhes um futuro?
Você consegue dormir em paz?
Com todas as vidas abortadas?
Só porque você não para pra pensar?

O Deus em que você acredita
Mandou-te vir aqui devastar?
Disse-te, se me adoras, destrói o que criei?
Ele te disse, faz a guerra, mata teu irmão?
Destruís minhas crianças?

Seja qual for tua crença
Acredite, teu Deus não te perdoará
Por destruíres o ventre que te gerou

Pare, pense, ainda dá tempo
Tudo que teu filho quer
É um futuro de presente
Pare, pense, ainda dá tempo

(SamisXela)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tríplice P

Tríplice P

Era uma vez em um país muito, muito distante
Distante da educação, distante dos direitos humanos
Distante do respeito ao cidadão, distante da vergonha na cara...

Nesse país vive um povo que se alimenta de promessas
Que bebe sonhos e se embriaga de espera
Em cada esquina tem uma venda que vende fiado
Um botequim que serve tira-gosto de conversa com cachaça

Um país quase novo, só um pouco estragado
É só dar uma mão de cal para enganar os desavisados
O mau cheiro é coisa besta a água de cheiro disfarça

Um país bem dividido, repartido e loteado
Com latifúndios bem demarcados
Quem tem titulo com “P” dirige um patriarcado
Político, Padre e Pastor vendem tudo bem barato
Promessa, paraíso e perdão dos pecados

Os primeiros cobram pouco com pagamento bem espaçado
De tempos em tempos um votinho e um abraço
Para os outros o pagamento é diário
Rezas, dízimos, medo e esperança e por ultimo a alma do coitado

Tem mais dois PEIS que por la vivem, um é o do povo Pato
O outro é o das mães dos pederastas safados...

(Alexandre Costa)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Outro Natal...

Querido Papai Lulel

Querido papai Lulel

Eu fui um menino muito comportado, fiz tudo direitinho como o senhor mandou.
Ajudei meus amiguinhos do MST a invadir terras produtivas e destruir propriedades, pedi as contas de meu emprego e vivo de bolsa família (um presentão do senhor).

Prometo obedecer a “Tia Dilma”, ficar bem quietinho e fazer tudo que ela mandar.

Papai Lulel.
Muito obrigado pela “Bolsa Família”, meu cunhado manda agradecer pela “Bolsa Bandido”, minha mulher agradece pela “Bolsa Celular”, Minha filha agradece pelas “Pílulas do dia Seguinte” e meu filho pelas “Camisinhas”. Obrigado também pelo “Vale Gás” Pelo “Vale Luz”.

Não ligue pra esse bando de “Burgueses” que vive criticando o senhor, achando que seria melhor investir na educação, na saúde, na agricultura familiar e na auto-estima das pessoas, é que eles não têm a experiência que o senhor tem na arte de viver sem fazer nada. É tudo inveja Papai Lulel.

Para esse ano nossos pedidos são:

Um “Vale Pinga” afinal ninguém é de ferro
Uma “Bolsa Amante” – É que a Bolsa Família não ta dando para manter a filial
Uma “Bolsa Carnaval” – Pra nós pular nos blocos da Bahia
Um “Vale Cabeleireiro” – Pra minha Mulher
Um “Vale SPA” – pra minha sogra
Um “Vale Disney” – Pros filhotes
Um “Vale Motel” – Pro meu garoto mais velho

Só isso Papai Lulel.

Que em 2010 todos os seus “sonhos se Elejam”, são os meus sinceros “VOTOS” e toda a minha família e amigos.

PS. Minha mãe manda perguntar se o “Vale Cultura” vai poder ser usado em uma casa de diversão que ela tem aqui na cidade junto com umas “Garotas”

Assinado
Inocêncio do Aproveitamento

(Alexandre Costa)

Carta a Papai Noel

Carta a Papai Noel

Querido papai Noel
Esse ano eu não quero brinquedo, quero outro presente. Nesse Natal, quando meu irmãozinho Jesus faz aniversario queria que você fosse na minha casa e em todas as casas do mundo e conversa-se com mamãe e com papai e com todas as mamães e papais do mundo.
Diga a eles que as crianças gostam muito das baleias, das tartarugas, dos golfinhos e de todos os bichinhos do mundo, a gente também gosta das arvores, de flor, de rio e cachoeira.

Fale pra eles pararem de destruir o planeta, porque ai não vai ter mais Natal e Jesus vai ficar muito triste.

Nesse Natal papai Noel eu quero um futuro de presente

Assinado
Os filhos

Há! Se você conseguir isso, eu prometo que como legumes

Boa noite papai Noel!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Samba do Encantado

Samba do Encantado

Amor de lua
Senhora da cachoeira
Amor de mar
Canção de sereia
Amor de perdição
Luzes da rua

Filho do boto
Rosa na lapela
Novena de promessas
Sino de capela
Lenda de lobos
Filhos da floresta

Entes da mata
Samba crioulo
Som da águas
Ritmo de choro
Sêmen da terra
Gente do morro

Sonho de ribalta
Ladeira do torto
Moleque peralta
Brilho no olho
Sorriso na cara
Coração de ouro

Curtido na vida
Sambando no couro
Na goela da noite
Entalado de novo
Encantando a alma
Saldando o povo

(AlexSimas)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Outro Natal...

Outro Natal...

Sonhamos com neve sobre o telhado
Em pleno verão tropical
Papai Noel escorregando por chaminés
Em pleno verão tropical
Pinheiros nevados aterrados em presentes
Em pleno verão tropical...
... No país do eterno amanhã

Mesa farta de tâmaras, morangos, avelãs
Maçãs, figos, pêssegos, cerejas, nozes...
No país do caju, da manga, do abacaxi
Da goiaba, da banana, do açaí, do cupuaçu
Da graviola, da pupunha, do tucumã...

Lá fora uma redonda e cheia lua enfeita
Um céu de mil estrelas que pululam tal qual
Balé de vaga-lumes sob um azul quase negro
Embalando o hipnótico sentimento de
Solidariedade em cuja parede pendura-se
O quadro da hipocrisia, pintado com as cores
De nossa cega estupidez, quase irmã

Orgulhosos, distribuímos nossas migalhas
Aos pobres desafortunados...
Tão ou mais ricos dos nossos mesmos sonhos...
... Ate acordarem pela manhã

Ate a chegada dos soturnos dias de Janeiro
E junto com eles todas as lágrimas da terra
Recomeçando o drama da nova espera
Das caridades do próximo natal
Único dia no ano que a maioria das almas...
... Enxerga sua irmã

(Alexandre Costa)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Implacável...

Implacável...

O tempo voa...
Quem deu asas a esse cara?
Ele passa, atropela e vai
Sempre vai, nunca para
Não respira, não descansa
Come vida, bebe lágrima

Ricocheteia em sorrisos
Segue, pisando calos
Roendo ferro
Devorando séculos
Singrando, sangrando, cicatrizando
E vai, não para...
Comendo vida, bebendo lágrima

O tempo é isso, é bicho
Fera solta, indomada
O perdido que nunca se acha
Não conhece contramão
Sempre passa, nunca volta
Não se importa
Não olha em volta
Sempre em frente
Bebe lágrimas, come vida
Devora gente

Ele passa e lhe chama
Você vai ou você fica
Você escolhe
A ele nada importa
Quem vive ou quem morre
Ele só ensina
Uma única lição
Siga sempre em frente
Seja leve ou pesado
Seu coração
Não economiza vida
Vida guardada é sofrimento
Vida usada é diversão

(SamisXela)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ilógico...

Ilógico...

Quantas intenções vão escondidas
Por trás das outras
Quantas lágrimas perdidas
Madrugadas loucas
Quantos moinhos de ventos
Alimentam fantasias
Quantas noites sonhadas
Madrugadas frias
Quantas perguntas perdidas
Em respostas vazias
Quantas mesas, quantos bares
Transmutam mentiras e verdades
Quanto vinho sorvido
Para suportar os açoites
Quanto calor gera a alma
No ardor de uma paixão
Quanta luz é preciso
Para vencer a escuridão
Quantas camas freqüentadas
Para esconder a solidão
Quanto pão desperdiçado
Em nome da religião
Quantos sentimentos mesquinhos
Alimentam a dor
Quantos corações tolos
Vazios de amor...

(SamisXela)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Regozijo...

Regozijo...

Parabéns para você
Nesta data...
... Querida

Parabéns para você
E que os anos
Sejam flores
No jardim de sua vida

Que seja perene teu rio
Sem cessar
Mesmo nas curvas
E nas caídas

Nunca temas o abismo
Pois o abismo
É quem te faz cachoeira
Embelezando-te a vida

Parabéns para você
Para sempre...
... Querida

(SamisXela)

sábado, 3 de outubro de 2009

Encenação...

Encenação...

O silencio grita em minha alma
Então as lembranças me assaltam
Ruidoso bando de pássaros loucos
Vozes que se modulam em tons
Discutem, argumentam, justificam-se
Sacando da memória perdas e mágoas
Atirando-os a fogueira da insanidade
Que insiste em reprisá-los dias a fio
Sádica mistura de prazer e dor

No palco do teatro de minha vida
Insisto em protagonizar um drama
Buscando eco nas almas que assistem
Faço caras e bocas, verto lágrimas
Gesticulo no vazio do tablado
Para uma platéia que me olha
Mas só enxergam a si próprios
Ao final do ato eles aplaudem
Não a mim, mas a eles mesmos

Encolho-me por trás da cortina
Dirijo-me a um camarim
Marcado com uma estrela negra
Na coxia meu palhaço espera
Anseia pelo dia que o deixarei
Subir ao palco para roubar sorrisos
Ao invés de lágrimas

(Alexandre Costa)

sábado, 12 de setembro de 2009

Caminhos...

Caminhos...
(O caminho para a luz, passa inevitavelmente pelas trevas)

Buscamos encontrar a razão perdida, extraviada
O tempo perde-se no caminho das respostas
Na tormenta dos sonhos confundindo realidades
Como uma lua que nos enche de fase em fase
Decresce e renova-se para tornar a crescer
Muitos buscam apenas a beleza da lua cheia
Poucos vêem a sabedoria encarnada em cada fase
Temem o abismo, porque a abismo arrebenta, mata
Não entendem que só mergulhando no abismo da alma
Encontraram as respostas que habitam o tempo
Porque o tempo é o senhor do abismo e ele não tem pressa
Há os que sentam a beira do abismo e gritam as perguntas
Esperando que o eco traga-lhes as respostas
Mas o eco apenas devolve-lhes as perguntas, e espera
Então perscrutam a lua cheia quais lobos encantados
Buscando encontrar as respostas que o abismo lhes nega
A lua enigmática embaralha as respostas, uma em cada face
Equilibrando sombra e luz na devida intensidade
Pobres mariposas, embriagadas pela luz morrem ofuscadas
Enxergam apenas um quarto da resposta e não entendem nada
Ensinaram-lhes que a luz é o seu guia e endeusaram os olhos
Ensinaram-lhes que no escuro habitam todos os monstros
E no abismo vive o escuro, antagonista da luz
Você enxerga a luz e a deseja intensamente, mas não a alcança
Você se julga um fracassado, excluído pela luz onde habita Deus
Um Deus que parece não lhe querer, e você não entende
Entre você e a compreensão tem o abismo e ele é escuro
Você espera pelas respostas e o tempo espera por você no abismo
No mesmo abismo onde você exilou seus monstros, seus medos
Culpa o destino por ter sinalizado a estrada de sua vida
Com placa escritas em um idioma que você não entende
Desesperadamente você procura os sinais, as setas
Que lhe guiem pelos caminhos do labirinto onde você se perdeu
Mas todos os caminhos que você toma o levam de volta ao abismo
Senta-se a beirada sacudindo as pernas na impaciência da espera
Esconde-se sob a capa da incompreensão acreditando enganar Deus
O mesmo Deus que travestido de tempo lhe aguarda no escuro
No final do abismo onde se encontra o mapa do inicio de tudo
As instruções embaralhadas nas línguas dos medos
Guardiões do portal do caminho que trilha a escalada para a luz
O caminho é difícil, você precisa descer pela corda da aceitação
Agarrar-se as pedras da esperança, da compreensão
Transpor as fendas dos preconceitos, das descriminações
Mas principalmente firmar os pés nas rochas do perdão
Só então seus medos lhe respeitaram e traduziram o mapa
Um mapa que não ensina sobre um caminho
Ensina como operar uma transformação, um milagre
O primeiro milagre e a primeira lição de Deus
... A terra estava informe e vazia as trevas cobriam o abismo...
... Deus disse: “Faça-se luz” e a luz foi feita – Genesis Cap. 1
Então você descobrirá que a luz e o Deus que buscava ansiosamente
Sempre habitou em você.

(SamisxelA)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saudade...

Saudade...

O tempo foge pelas frestas da janela
Que esconde a face do dia
Que precede a noite das horas mortas
Que ressuscitam lembranças
Saudades de risos e lagrimas
De um lugar chamado longe
Onde você ficou para sempre
A saudade não foge com o tempo
São pequenas as frestas da janela
E muito grande a bagagem dela
Tranquei a porta, perdi a chave
Junto com ela a coragem
De banir a saudade
Companheira de viagem
Que não quis ficar contigo
Na estação do adeus

(Alexsimas)

sábado, 29 de agosto de 2009

De Marimbondos e Moluscos

De Marimbondos e Moluscos
(por Alexandre Costa)

Eu carrego um trauma, tenho trauma de abelhas, quando era criança levei uma “surra” de abelhas, na época eu morava em Maceió, capital das Alagoas – Lá também tem marimbondos, embora não sejam tão perigosos como os de outras plagas do nosso querido nordeste, Alagoas não deixa de ter seus bichos perigosos, duas espécies em especial chegam a ser tão ou mais perigosos que marimbondos, de fogo ou não – Mas, voltando ao assunto e permanecendo no mesmo, foi uma lastima, contudo foi merecido, quem me mandou ir mexer com elas, diferente de certas espécies de marimbondos as abelhas só atacam quando importunadas. Isso foi lá por meados dos anos 70, eu morava em um bairro chamado Gruta de Lourdes e naquela época ainda podíamos dispor de grande manancial de mata atlântica, mesmo nas áreas urbanas de nossas capitais.

O tempo passou, as matas foram dizimadas, eu me mudei e fui esquecendo o trauma, exceto quando preciso ir às padarias, muito freqüentadas por abelhas, que adoram pães doces e outras iguarias açucaradas, dizem que essas abelhas são mansas e algumas sequer têm ferrões, mas como saber? Pertenço à casta dos gatos escaldados e por demais sou tão leigo no assunto de ferrões quanto à maioria dos leitores, como saber quais delas carrega ou não suas armas assassinas e quais são ou não peçonhentas? Isso é assunto para os especialistas.

Certamente o leitor estará se perguntando, o que traz esse cidadão aqui há essa hora com essa historia? Deixe que lhes diga: É que este ano desenvolvi novo trauma, bem maior e mais assustador que os das abelhas, o trauma por marimbondos – coitado de meu analista, esta enlouquecendo por causa disto – Isso se deu logo depois que uma nova espécie de marimbondo se instalou em Brasília e a partir de lá vem “surrando” todos os brasileiros, acompanhado de um enxame de horrendas mutações de cobras, lagartos, escorpiões, aranhas, sapos e outros tipos destiladores de veneno que sequer foram descobertos pela ciência, um verdadeiro arrastão que varre o país inteiro.

Eu tenho pesadelos terríveis com marimbondos, os vejo em chamas, me perseguindo, eu fujo deles, corro a esconder-me nos mais remotos cantos desse país, e eles me encontram, é como se estivessem em todos os lugares, quase onipresentes. Em meus pesadelos esse tipo único de marimbondo, que certamente deve ser a mutação de uma espécie da ordem Apocrita (será coincidência o nome da espécie?) que são usualmente carnívoras ou “parasitas”, e parece saída de um trash de terror.

Diferente de seus irmãos marimbondos normais e de suas primas abelhas, ele não perde o ferrão ao ferroar, sua mutação lhe deu uma característica monstruosa, ele dispara ferrões, isso mesmo caro leitor, ele dispara seus ferrões como uma super metralhadora, e não pense que dispara ao léu não! Junto com a capacidade de disparar milhares de ferrões por segundo, ele desenvolveu um fantástico sistema de mira com precisão cirúrgica, não desperdiça um único ferrão, todos acertam o alvo.


O novo (?) espécime embora descoberto em Brasília, é natural do Maranhão, mas mantém um casulo no Amapá para onde migra de oito em oito anos e ai permanece por aproximadamente 60 dias, quando é ungido numa estranha espécie de ritual em que todos os habitantes hipnotizados pelo zumbido das asas do marimbondo que lhe concede licença para voltar ao planalto em busca de seu alimento predileto (o poder).

O ferrão dessa nova espécie carrega um novo e perigosíssimo tipo de peçonha, o Mají víru am nevinné, que leva todos a crerem nas mais estapafúrdias coincidências. É bem verdade que brasileiro é bicho mordido de cobra e não é qualquer nova peçonha que lhe afeta assim sem mais nem menos, contudo, essa peçonha quando associada ao vírus PT1.L1 é devastadora.

O PT1.L1 (nome cientifico), é conhecido popularmente como a Gripe da estrela Vermelha, e infecta boa parte da população brasileira, acomete principalmente a população de baixa renda, baixa cultura, baixa estima e em especial os de baixíssimo nível de vergonha na cara, obviamente isso baixa a imunidade e lhes deixa expostos a todos os tipos de infecções “oportunistas” transmitidas pelos bichos da espécie Politicus hipocritus, da família Parasitus spertuns, que se reproduzem como ratos e são dificílimos de erradicar.

Esses bichos vivem principalmente nos meios urbanos, mas suas principais fontes de alimento se encontram nas zonas rurais e nas áreas suburbanas dos grandes centros. Por cima de tudo isso, tem o agravante de nos últimos anos essas “pobres” vitimas vinrem recebendo o Vak rodiny um poderoso catalisador que ajuda na disseminação do vírus PT1.L1 e na assimilação da peçonha Mají víru am nevinné (entre outras), o Vak rodiny é popularmente chamado de Bolsa Família e também conhecido como “cala a boca e fica quieto”

Foi nesse ambiente propicio e auspicioso (para eles) que nasceu e criou-se nosso marimbondo (sim nosso, porque ele só existe no Brasil), depois de grande e bem criado ele associou-se a outros bichos também peçonhentos, seus principais aliados são: Duas espécies das Alagoas e uma do rio de Janeiro, que nem era tão perigoso assim ate ser alçado à condição de Senador de republishes (coisa de compadres), e eleito, acredite, ele foi eleito (outra vez os compadres) presidente da comissão defensora dos Marimbondos (só os de fogo); alem de outros que habitam a mesma casa (que eles cinicamente chamam de casa do povo).

Mas, o mais poderoso de todos, que habita uma casa vizinha, também do “povo” lhe disse – Companheiro, deixe de besteira, a cadeira é sua, ninguém tasca você viu primeiro – esse espécime, um tipo de molusco (outra mutação), embora sofra de cegueira crônica - ele nunca vê nada – tem a capacidade única de ver oportunidade onde ninguém vê, e mais, quando elas não existem, ele as cria ou transforma, e para isso usa sua conhecida arma, o Lulas infectrum básicus, uma espécie de tinta venenosa que ele dispara sobre suas vitimas embotando totalmente seus sentidos (principalmente o bom senso), e se mesmo assim houver resistência ele apela para seu poderoso catalisador.

Pronto o exercito dos “miseráveis” (ver Aurélio) que sofrem de baixa de tudo, que juntamente com os discípulos da estrela vermelha (de vergonha), se põem todos no coro da banda do marimbondo, que regida pelo molusco de nove tentáculos canta – Daqui eu não saiu, daqui ninguém me tira -

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Homenagem a minha amiga "Rosane Oliveira"

Rosaneando

Servi-me uma porção de poesia
Com muito vinho de metáforas
Sorvidos em cálices de lirismo
Letras regadas com lagrimas
Versos recheados de paixão
Mesa posta em tolhas de desejo
Tudo ao som de teu coração

Alimenta minha alma faminta
Unge minha fronte febril
Em teus óleos de oliveira
Colore meus olhos carentes
Com o perfume da rosa
Que trazes em teu nome

Rabisca minha vida sem métrica
Prende-me em teus versos livres
Em teus quereres nostálgicos
De doces delicias falando de amor
Para que minha alma não sangre
Em mais um dia sem você
Faze-me tua verdade
Para que nunca me falte tu...
... Rosaneima-me Poetisa

(AlexSimas)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Confissões a Lua

Confissões a Lua

Réstias de final de madrugada
Iam-se tangidas pela aurora
Ao final de mais uma noite
De conversas e dores confessadas

A confessora me ouve atenta
A sorrir-me sempre sua face pálida
A liturgia do encontro diuturno
Rezava o aziago que me trazia n’alma

Embora sempre atenta a ouvinte
Segue sem interromper seu passeio
Derramando olhar pressago ao penitente
Fala-lhe em seu silencio que a mágoa
Nada mais é que amarga prisão de correntes

Foi-se a amiga assim como veio
Com promessa de voltar novamente
Levando com ela segredos confessos
E a promessa de quando voltar
Encontrar um amigo mais contente

Deito o olhar emocionado ao horizonte
Despeço-me da amiga que me deixa um adágio
Falou-me a lua afagando-me o coração
Que mágoas são feridas que não se cura ao tempo
O único bálsamo a curá-las é a aceitação

(SamisxelA)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Alma Gêmea

Alma Gêmea

Chegaste-me como uma enviada das manhãs
Carregando um rastro de poeira de luz
Bailando por entre canteiros de rosas enciumadas
Olhar ardente como chama do crepúsculo
Compunha teu rosto de eterna primavera
Corpo ondulando como versos de um poema
Inebriando os ventos com perfume de vida
Fecundando a terra exultada sob teus pés
Tua voz de ninar fez dormir em mim o andarilho
Despertando-me o desejo da grande aventura
Perder-me totalmente nas dobras de tua liberdade
Alimentando-me eucaristicamente do fruto de teus lábios
Vivendo as eternas núpcias dos contos de fadas
Por entre borboletas e estrelas sem conhecer saudades
Vislumbrando em teus olhos a doce imagem
De nossos filhos que dormem no futuro

(Alexsimas)

terça-feira, 28 de julho de 2009

O livro da vida

O Livro da vida

A vida é feita de muitas historias
E uma historia só começa
Quando outra termina

Algumas historias insistem continuar
Mesmo quando o enredo desgastou-se
Confundem ponto final com o de continuação
E iniciam novo parágrafo com letra maiúscula
Arrastam-se chatas e sofridas
Buscam um final feliz que ficou vários capítulos atrás
Insistem em vírgulas e exclamações
Quando deveriam usar a interrogação
E perguntar-se, por quê?

Historias são assim mesmo, tem vida própria
Nós pensamos que as escrevemos
Mas elas se escrevem sozinhas
A nós cabe apenas pontuá-las

Todos nós desejamos viver uma grande historia
Fazermos de nossa vida um grande livro
Digno de um Best Seller, de um prêmio Nobel
Contudo esquecemos que muitos e bons livros
São compostos de contos, pequenas historias
Com inicio, meio e fim, completas, plenas...
Principalmente quando esses contos misturam
Poesia, humor, romance, tristeza, felicidade, prazer e dor
Cada qual a seu tempo, com seus momentos únicos
Que souberam respeitar a pontuação
Começaram quando deveriam e terminaram idem

A vida não precisa ser uma grande historia
Ela pode e deve ser uma grande coletânea
Composta de muitos e bons contos
Para isso só precisamos aprender a pontuar
E nunca deixar reticências.

(Samisxela)

Doutor da Alma

Doutor da Alma

O tempo... Há o tempo!
Esse hábil senhor paciente e metódico
Sinto suas mãos desatando os nós
Que sufocam corações e almas
Um a um eles vão se desfazendo
Afrouxando a pressão
Liberando as comportas
Para o equilíbrio da emoção e da razão

Aos poucos tudo se esfumaça
Toda a historia passa a ser
Simplesmente historia
Como se não houvesse acontecido
Tudo passa a pertencer a uma fabula
Um conto de outra pessoa

De repente é como um sonho
Que você não consegue lembrar inteiro
Apenas partes, pedaços soltos...
Como se tudo pertencesse à outra vida
Outro tempo...

(Samisxela)

sábado, 18 de julho de 2009

Descingindo

Descingindo

Eu que nada sei de mim
Descobri que sei menos ainda do amor
Descobri que o medo não vem com a noite
Ele apenas desperta com as luzes da rua
Descobri que a lua se enfeita de prata para encantar os lobos
Que as flores se vestem de cores para enamorar as borboletas
Descobri que o arco-íris é o sorriso do sol ao fim de uma tempestade
Que a paixão é um elevador que tanto sobe quanto desce
E quase nunca nos leva ao andar do amor
Descobri que o desejo é uma aventura do coração
E que ao menos uma vez na vida precisamos viver uma aventura
Descobri que grandes verdades são gritadas no sussurro de um olhar
E quase sempre estamos surdos para ela
Descobri que enganos não se apagam com borracha
E quando o fazemos deixamos o papel marcado
Descobri que só as lembranças e a saudade podem viajar ao passado
E que a vida é uma longa estrada sem retornos
Descobri que homens, assim como meninos, também se perdem
E que nem todos têm um grilo falante a lhes mostrar o caminho
Descobri que nem sempre encontramos o que buscamos
Mas se não procurarmos não encontraremos nada
Descobri que é muito difícil dizer adeus a quem se ama
E só os que amam de verdade sabem à hora de o dizer
Descobri que sorrisos comprados são espasmos da face
E a bagagem da amargura é por demais pesada
Descobri que deixamos de perdoar para não parecer fraco
Mas quando o fazemos descobrimos nossa verdadeira fortaleza
Descobri que é preciso muita coragem para confessar um medo
Que o fracasso ensina mais que o sucesso, mas sentimos vergonha dele
Descobri que olhamos para baixo com desdém
Para os lados com arrogância
E para cima com inveja
Quando deveríamos olhar para baixo com misericórdia
Para os lados com amizade
E para cima com humildade
Descobri por fim que a vida é uma grande descoberta
Que sei muito pouco do que realmente é importante saber
Que amor não se aprende em livros, mas praticando a compreensão
E se realmente queremos aprender alguma coisa
Devemos perguntar a uma criança
Elas têm todas as respostas

(Samisxela)

sábado, 4 de julho de 2009

Carinho de uma amiga...

(A)gora que te conheci entendo as
(L)ágrimas de alegria da chuva
(E) o romântico entardecer o
(X)uá das águas do mar a
(A)legria brilha para suavizar teu rosto as
(N)uvens que fazem tua sombra o
(D)uelo entre o dia e a noite para que sua vida seja
(R)epleta de alegria, amor, conhecimento e tudo isso
(E) para que nos possamos ver o quanto você é querido pelo universo.

E é assim que te desejo dias maravilhosos, com saudações messiânicas.

sylvhia

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Imagético...

Imagético...

É preciso coragem para olhar no espelho e ver-se por trás da imagem
Por trás da imagem refletida, a imagem que você criou, costurou e vestiu-se
A imagem embalagem com a qual você se apresenta para a sociedade
A imagem que eles refletem de volta para você
A imagem que eles dizem que é você, aquilo que você deve ser
Você responde, sim, esse sou eu, sim sou eu...
Mas no fundo você sabe que não é
Pode ate ter um ou outro pequeno acessório do seu eu compondo a fantasia
Que você veste para representar o personagem da aceitação
De vez em quando você foge, esconde-se deles, para poder praticar um pouco de você
Mas tal quais as bruxas da era da inquisição, você lembra-se das fogueiras
As modernas fogueiras da excreção, da anulação, do preconceito...
Então você corre a vestir-se do você deles para poder circular pelas ruas da aceitação
Carregando a pesada vestimenta da imagem que reflete você neles e eles em você
É preciso coragem e ousadia para libertar-se da prisão onde você é promotor, juiz e júri
E seu medo um cruel carcereiro
É preciso coragem para romper com todos os dogmas com os quais você não concorda
É preciso coragem para pular do espelho e rasgar a fantasia
É preciso coragem para sair nu pelas avenidas da hipocrisia
Eles com certeza de chamarão de louco e te trancarão em um hospício
Então eles iram para suas casas e se olharam em seus espelhos...
... E sentirão inveja de você...

(SamisxelA)

Ébrio

Ébrio
(para Lobo Poeta)

Odes tuas são intensas
Lampejam cores
Por todos luares

Vozes tuas são suspensas
Levitam ardores
Por todos ares

Teus, óh lobo...
São os surtos deleitados
De traços estrelares

Teus, óh louco...
São os uivos elevados
De rastros abismares

(Cris de Souza)

sábado, 13 de junho de 2009

A Mestra com Carinho

A mestra com Carinho
(dedicado a Cris de Souza)

Por vias e por vieses
Caminhava torto
De paixão em paixão
Por entre coelhos e corvos
Buscando na escrita
Os desencontros da vida
Garimpando verdades
Em montanhas de mentiras
Abençoou-me a sorte
Com uma jóia
Em forma de poetisa
Trazendo o brilho generoso
Que aureola os sábios
Afortunado me fiz
Vestindo tuas perolas
Graças a ti hoje
Chamam-me poeta.

(AlexSimas)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Voz...

A Voz...

Assistindo caminho das índias (me perdoem por isso) descobri (hó Gloria!) que a Peres ta mais perdida que o Cabral (afinal ela descobriu a Brasíndia, tudo mundo lá fala português, ou melhor, brasileirês, e a grande maioria é de pobres miseráveis (apesar de que todo pobre miserável sonha ser um pobre miserável de novela da Globo) com a diferença de que as vacas sagradas deles pertence a casta dos ruminantes), acabei de inaugurar o parênteses dentro do parênteses (acho que esse comentário merecia outro parênteses).

Mas o que eu descobri foi a tal Esquizofrenia (esquisito esse troço de Esquizofrenia), e essa descoberta me levou a outra. Descobri que eu sou uma espécie de trainee de esquizofrênico, a voz que fala comigo (ainda muito tímida) me manda escrever um monte de besteiras (como essa, por exemplo), e ainda insiste que devo usar uma porrada de parênteses entremeando as frases com comentários pseudo-cômicos (a minha voz acha que é o Arnaldo Jabor).

Até ai tudo bem, nada danoso, e ate normal para um estagiário de esquizofrenia, foda foi quando a FDP mandou que eu me escrevesse para participar do próximo BBB, ai eu pirei, procurei imediatamente um psiquiatra, já na primeira sessão o cara foi enfático comigo – Sinto muito lhe informar meu caro, mas seu caso não é de esquizofrenia, é possessão demoníaca, lhe aconselho a procurar um pai de santo imediatamente, sabe, pensando bem é melhor você procurar uma junta inter-religiosa, a mais completa possível, porque um pai de santo sozinho não dá conta de um demônio de tamanha maldade.

Assinado

Alexandre Costa

O que? Assinado a voz? Como assim? Fui eu quem escreveu, ta certo foi você quem ditou, mas se eu não escrevesse ninguém ficava sabendo, porque somente eu ouço você, ok, façamos assim então...

Assinado

Alexandre Costa e a Voz

Como a Voz e Alexandre Costa, porque tem que ser você na frente? Nada disso, meu nome na frente e ponto, há não fala mais comigo, e vai falar com quem posso saber?...



Em tempo:
a minha voz me explicou porque o baiano é o maior usuário da internet entre os brasileiros, é que disseram a ele que a internet é uma rede.


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vício...

Vício...

Você experimenta antes mesmo de nascer
Suave e sereno ele traspassa pele e músculos
Carne, sangue e nervos dominando você
Depois que você nasce ele é a primeira coisa
Que você prova e a cada dia de sua infância
Te aplicam doses cavalares

Por mais que você coma dele
Sua fome nunca sacia
Por mais que você beba dele
Sua sede nunca passa

Por mais que você receba
Por mais que você distribua
Ele nunca acaba

Mesmo sendo chama que arde sem queimar
Não importa o quão queimado você foi
Você sempre quer mais

Paradoxal como a beleza de um cavalo selvagem
E a doce serenidade de um urso panda

As razões que ele carrega
A própria razão desconhece
Ele não precisa se explicar
Ele só precisa existir

Que se dane se um dia ele doeu
Machucou... Feriu... Ardeu...
Eu sempre vou querer mais
Eu sempre vou querer Amar!

(AlexSimas)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Busca...

Busca...

O amor que ainda não encontrei
É belo como as despedidas do sol
Gostoso como lambidas do mar
Passeio na grama com pés descalços
Puro como um sorriso de criança
Sincero como segredo trocado em abraços

Procuro por esse amor
Nos abismos da alma
Nas gavetas da lembrança
Nos caminhos da lua
Nos corredores das catedrais
Nas incógnitas esquinas
Na paisagem urbana
Calçadas, becos e ruas
Nas ruínas dos castelos
Nas torres de pedra
No vórtice da rosa-dos-ventos
Nas contas do terço
Na ladainha da reza

Um amor que seja assim
Como uma dança de roda
Uma cantiga de ninar
Uma ciranda de versos
Uma louca poesia
Um arco-íris sorrindo no céu
Uma procissão de estrelas
Musica... Canção
Tempestade e calmaria
Uma dança de véus

Quando o encontrar quero perder-me dentro dele...
... Para nunca mais me achar


(AlexSimas)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Beijo...

Beijo...

Tua língua me invade
Minha alma acende
Meu corpo arde
De teus lábios bebo vida
Em tua vida projeto sonhos
Em meus sonhos faço-me muitos
Meus muitos me fazem único
Hibrido homem e bicho
Santo e demônio
Criando novos pecados
Centro de muitos lados
Futuro, presente e passado
Um momento no tempo
Vivendo desejos
Febre do corpo
Fogo da alma
Explodindo em paixão...
...Quando tua língua me invade.

(AlexSimas)

sábado, 28 de março de 2009

Resumo...

Resumo...

O tempo... A vida... A morte...
O que são diante do incompreensível
Da irracional conspiração do desejo?

É tudo tão silencioso e confuso
Como o primeiro encontro de um olhar
A tristeza absoluta estuprada
Na urgência da alegria
Que não cabe no estreito da razão

Segredos que se traduzem no silencio
De palavras perdidas no eco da emoção
Faíscas de almas que comungam
Em agudo estado de felicidade
Ofuscando estrelas

Tudo que desejo é embriagar-me
Do pecado que escorre da tua boca
Perder-me no inconsciente espontâneo
Esvaziando-me de todos os meus excessos
Na doce loucura de teus lábios

Difícil falar de coisas que não podem ser ditas
De ausências nunca antes sentidas
Da cor do teu cheiro... Do cheiro da tua voz
Do som da tua pele... Do arrepio de teus pelos
Da dor de uma saudade do que antes não existia

O que é a morte... A vida... O tempo?
Quando eu simplesmente te amo...
... E tudo se traduz em você

(AlexSimas)

sábado, 21 de março de 2009

Simples Assim...

Simples Assim...

Quando um coração se parte em mil pedacinhos
Você sofre e pensa nunca mais poder amar
Um poeta disse:
“A dor é inevitável, o sofrimento é opcional”
O que o poeta quis dizer é que um coração partido em mil
Lhe dá a oportunidade de amar mil vezes mais
São mil pequenos corações pululando em seu peito
E amando mil outros corações
Só quando se fragmenta o amor egoísta
Descobre-se o mais nobre dos amores
O amor altruísta, o amor incondicional
Porque não se troca um amor por sexo
Amor por dinheiro, amor por conforto
Amor não se troca por nada, nem por outro amor

Amor, se dar...
... Simplesmente!

(SamisXela)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Vixe !!!

Vixe !!!

Gigaba, gisã, hahaha, nanaããã, gibisaaa
O coeso perdeu a liga
Já não falo coisa com coisa
O sentido fugiu da briga
Descanso de cócoras sentado de costa
Ando de lado perdido no vago
Deito de pé virado pra frente
Encho o vazio de coisa nenhuma
Sempre que volto não lembro onde fui
Quero ir, mas preciso ficar aqui
Pra fugir não sei de que
Fingir não sei pra que
Será de mim? Pra você?

Na fuga tropeço no cadarço do sapato
Solto desamarrado do meu pé descalço
Onde anda meu juízo, você viu?

Não sei se ligo, não sei se calo, não sei se grito
Tanto faz não tem ninguém pra ouvir
Sai daqui de dentro de mim
Cadê o pastor que batizou o santo
Profeta da palavra calada que não tem pai
Sai de mim satanás!
O poder ta no sangue de um cristo
Parido por uma virgem; eu acho!
Quem? Onde? Como? Quando?
Esse quarto é engraçado
Todo acolchoado...
O que eu to fazendo aqui?
Onde botaram papel higiênico?

(SamisXela)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Esperança...

Esperança...

No rastro do verso que atravesso
Revolvo a terra ressecada no acido da dor
Rego as sementes da poesia
Com lagrimas de esperança
Esperando nascer amor...

(AlexSimas)

Pensamentos...

Chamaram-me de louco
Então fui ao analista
Analisando o analista
Descobri que prefiro ser louco...

(SamisXela)

O Homem que Mata o Mato...

O Homem que mata o Mato...

O homem que mata o mato
Mata bicho, mata gente
O homem que mata o mato
Mata rio, mata riacho, faz enchente
O homem que mata o mato mente
Mata o mato pra mata fome
Morto o mato não terá quem lhe sustente
O homem que mata o mato
Mata filho mata neto
O homem que mata o mato
Não é bicho nem é gente
O homem que mata o mato
É um genocida indecente
O homem que mata o mato
É burro, mas não o que puxa carroça
O homem que mata o mato
É um burro de vista torta
O homem que mata o mato
É uma espécie idiota
Esse tipo canalha trás o vírus da ganância
É carne podre já nasce morta
O homem que mata o mato
Mata filho mata neto

(SamisXela)

segunda-feira, 9 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

Mulher Simplesmente Mulher

Mulher Simplesmente Mulher

Ao fazer a mulher Deus pegou um pouco do melhor que ele tinha posto em toda sua criação...

Das estrelas o brilho
Das flores o perfume
Do pêssego a maciez
Do beija flor a graciosidade
Da gazela a elegância
Da leoa a impetuosidade
Das águas a fluidez
Dos pandas a inocência
Das abelhas o dom de transformar tudo em mel
Das formigas o labor
Do mar o mistério
Da loba a garra
Da lua o encantamento
Dos ventos a força
Do fogo o calor e a luz...
... E de si próprio o dom de gerar a vida.

Minha homenagem a essas criaturas maravilhosas que fazem a vida valer à pena.

(SamisXela)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Fuga...

Fuga...

Refém da saudade sinto-me exilado da felicidade
Carcereiro de mim mesmo perdido entre muitas chaves
O silencio cai sobre a noite de muitas horas
Enquanto brinco de jogo da memória com o tempo
Que teima em me trapacear
Aturdido pela melancolia a que me agarro qual criança chorosa
Fujo da vida que insiste em mostrar-me as nuvens incendiadas
Pelo sol de mais um dia que nasce
Tento arrancar os últimos retalhos de lembranças
Que remendão minha alma esburacada
Sempre que as atiro no abismo do esquecimento
Um vento sádico travestido de esperança
As atiram de volta em minha cara
Cegando-me para a realidade de solidão e lagrimas
Fecho os olhos para não enxergar o fantasma
De um retrato a muito rasgado, jogado fora
E tua imagem esta La, escondida por trás das pálpebras
Projetada em vivas cores como em uma tela de cinema
Numa algazarra de cenas que se intercalam
Entre sorrisos e mascaras de magoa e dor
Estou sozinho lutando para fugir da cadeira da letargia
Atiro-me trôpego pelos corredores escuros
De minha alma enegrecida buscando a lanterna da razão
Para que mostre o caminho para a saída...
Uma porta de emergência que me leve de volta para a vida
Onde possa novamente incendiar meu coração

(AlexSimas)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pensamentos...

Gostaria de poder dar forma, cor, peso, tamanho e cheiro a minha dor, para que você a pudesse sentir, apalpar, ver, cheirar e assim perceber o que só consigo lhe transmitir por minhas palavras e por meus olhos...

(alexSimas)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Eu te Amo

"Eu te Amo"

Não existe quem AMOU de verdade...
Existe apenas quem AMA de verdade...
Quem afirma “Eu te Amei de Verdade” na verdade nunca amou

Quem ama de verdade não consegue conjugar o verbo Amar em outro tempo senão no PRESENTE do Indicativo

"EU TE AMO"

(AlexSimas)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Despedida...

Despedida...

Ouço suas pegadas afastando-se
Minhas lágrimas molham as marcas deixadas ao chão
Fere-me a dor da perda, do abandono
Transborda-me o vazio e o silencio... Sem você!

O coração vazio questiona o sentido da vida
A dolorosa solidão mergulha-me em trêmula confusão
Um vento frio soprado de lugar nenhum tenta apagar
A pouca luz que me resta...

Temo não aprender a lição que a vida impõe-me
Ser feliz sem o calor do teu olhar em minha pele
Encontrar o caminho sem o brilho do teu sorriso
Viver... Simplesmente viver... Longe de ti!

Vago por um jardim de rosas murchas
Meus olhos qual janelas famintas te buscam
Na distancia do silencio que me restou
No eco de tuas palavras de adeus... Ate um dia...

(Rosane Oliveira e AlexSimas)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Desesperança...

Desesperança...

Fim de tarde um sol sádico esconde-se lentamente por trás do horizonte
A hora mais dura do dia quando a noite vem confraternizar com as trevas de m’alma
Esse é o momento em que me encontro mais perdido sem ter por quem chamar
Preciso dormir, mas meu sono fugiu com o sol, foi banhar-se nas águas do mesmo mar
Um relógio tiquetaqueia sobre a mesa, o mesmo tempo que corre por seus ponteiros
Descansa na moldura do porta retrato a seu lado correndo célere pelas lembranças
Um momento congelado perpetua o intenso brilho de um olhar
Lábios esticados em largo sorriso lembram a criança dançando sobre os abismos do futuro
Ao alcance de um esticar de mão, agora longe como a desesperança do nunca chegar
Lado a lado o sorriso e o motivo retratam a beleza do momento de um louco amor
Sinos de vento reverberam no papel da foto libertando os sons capturados com a imagem
Livre as palavras retiniam em mágica oração como uma musica me rodeando
A frase viaja do passado ricocheteando por paradoxos sentimentos de alegria e tristeza
O sol rompe em outro horizonte como ave de arribação que volta para procriar
Não traz com ele meu sono, deixou se afogar
A luz espanta a noite deixando sozinhas as trevas que em m’alma voltam a se deitar
Olho para o porta retrato e o sorriso ainda esta lá
Em meu coração guardo o ultimo eco da frase...
...Para sempre vou te amar

(AlexSimas)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Humano Prazer...

Humano Prazer...

Faz parte de nós esse cio animal
A fome do prazer excitando a fera
O doce sabor da língua se desespera
Passeando por busto, coxas, ventre...
Libido crescendo, garganta gemendo
Encaixe perfeito talhado na carne
Côncavo e conexo, avesso e verso
Sabores, cheiros, desejo
Lambendo, beijando, mordendo
Rompendo, rasgando, domando
Entrando, saindo, ficando
Subindo, descendo, ardendo
Mexendo, parando, querendo
Chorando, sorrindo, expelindo
Gritando, calando, gozando
Xingando, rezando, pedindo...
Não para... Não para... Não Para...

(AtsoCErdnaxela)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Amar é...

Amar é...

Amar você é...
Descobrir galáxias nunca antes sonhadas
Desafiar deuses a me seguir na estrada
Cruzar desertos de muitos sóis
Coberto com o manto da madrugada
Flambar do mar as inquietas águas
Derreter os montes cavalgando rios
De ferventes larvas...

Amar você é...
Ir alem voando astros, domando estrelas
Adentrar a vida pelas fronteiras do mistério
Beber do prazer nos olhos da vida
Colher o néctar de nossas bocas
Dançando um tango com tua língua
Ao som que emana do roçar de peles
Misturando nossos corpos num balé de almas

Amar você é...
Descortinar cada manhã no colo da noite
Ressuscitando em cada orgasmo o medo da morte
Solver o vinho dos sacerdotes em cada taça sagrada
Replicar o bronze em cada torre de igreja
Enunciando ao mundo minha lucidez embriagada
Gritar com todas as vozes do corpo
Ser você meu tudo... Morrer e viver...
... Sem precisar mais nada

(AlexSimas)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Amor...Amor...Amor...

Amor... Amor... Amor

Tem horas te sinto em vôo de colibri
Em serenas manhãs de primavera
A passear por minha alma como anjos
Por jardins de maravilhosas flores...

Amor... Amor... Amor
Em outras te sinto serpentear
Por minha alma como raios em
Noites tempestuosas...
Rios de larvas... Fogo e dores...

Amor... Amor... Amor...
Seria tu um belo cometa
Que por vezes surge enfeitando
Os céus de nossas vidas?
Sendo apenas isso, um astro
Lindo de se ver...
... Onde é impossível viver?

Amor... Amor... Amor
Quantos poetas se atormentaram
Tentando te decifrar, entender
Séculos de escrita em versos...
Em poesia, quanta pena, quanta tinta
Papiros, papeis, pedra, couro, madeira...
Quantas superfícies marcadas com letras
Quantos símbolos, muita arte...
... Pouco saber

Amor... Amor... Amor...
Já te chamei paixão, desejo, querer
Muitos nomes, outra realidade...

Amor... Amor... Amor...
Hoje só te consigo chamar...
... Saudade

(AlexSimas)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dramas...

Dramas...

Como posso discutir com Destino?
Deus escolheu não nos prender
Em um único destino...
Como posso discutir com Deus?

Não quero ou busco compaixão
Estou aqui espiando a vida pela janela
Com medo de ir La fora...
Esqueci do cheiro fresco das ruas
Por onde transitam os amantes

Paira sobre mim uma nuvem negra
De luto e de dor que recobrem
De sombras o caminho para a porta

Estou descobrindo as alegrias da solidão
Aprendendo a conversar com o silencio
Lutando com as feras que habitam
Minha floresta interior...

Tudo que eu queria era arrancar essa dor
Essa tortuosa dor que se instalou em meu peito
Arrancar-la pela raiz, como fazem os agricultores
Com as ervas daninhas...

Não ter que viver todas as noites a agonia
De assistir meus sentimentos se baterem
Em guerra, conturbando as doces nevoas
De meus momentos entre a vigília e o sono

Meu coração pergunta-me o que se passa
Em minha cabeça...
Respondo-lhe que minha cabeça também
Pergunta-me insistentemente o que se
Passa em meu coração...

Refugio-me de mim mesmo...
Escondo-me dessa realidade pesada demais
Amarrotada demais, realista demais
Que rejeita qualquer sugestão de amor
Prendo-me a essa memória sombria
Que me faz esquecer meus sonhos
Tenho saudades do tempo que tudo isso
Pertenciam as ruas fora de minha vida

Trago dois lobos dentro de mim
Lobos que lutam pelo que acreditam ser
O certo em suas subjetividades
Um te acusa de leviana e te rejeita
O outro te acusa apenas de ser humana
E te deseja conceder a graça do perdão

Preciso escolher qual dos dois eu
Devo alimentar...
... Antes que enlouqueça

(alexSimas)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Aceitação...

Aceitação...

Não me pergunte o que não deseja saber
Não me procure onde sabe não me encontrar
Não me seduza se não me deseja amar
Não me provoque se não sabe brincar
Não me abrace se não for para me apertar
Não me grite quando for me chamar
Não me peça conselhos para o que você já decidiu
Não me culpe pelos erros que você cometeu
Não me tente com seus pecados, já tenho os meus

Não tente mentir para mim
Não tente me iludir
Não tente me subestimar
Não tente insultar minha inteligência

Eu sou bom, mas não sou bonzinho, sei perdoar, mas nem sempre consigo esquecer
Minha alma também tem sombras que contrasta com minha luz, e as vezes a noite em mim pode ser muito escura, mas sempre se fará manhã, essa é a grande sabedoria de Deus, sob a luz tudo se enxerga, tudo se revela, mas se não houvesse as sombras nunca poderíamos distinguir um e outro, não saberíamos o que é a luz, e não teríamos a opção da escolha, nas mais profundas e escuras fossas oceânicas existe vida e embora você ache feia as criaturas que ali habitam, acredite, elas são necessárias ao equilíbrio do cosmos. E isso que somos um cosmos em nós mesmos onde habitam deuses santos e demônios profanos e todos se fazem necessários em nossa jornada no caminho da evolução.

Não peço que me entenda, apenas que me ouça
Não basta que me ouça, mas é preciso que me escute
Não peço que me perdoe, apenas que me entenda
Não busque me entender se não deseja me perdoar
Não me leve onde não quero ir
Não me busque se não quero voltar

Respeite as decisões de meu coração
Se desejo ir deixa-me partir
Se desejar ir me buscar, vá
Se eu não quiser voltar deixe-me por lá
Chore se sua alma pede para chorar
Mas não me julgue insensível se a minha desejar sorrir
Entenda que sua felicidade não depende de mim

A dor é uma ferramenta do mestre, necessária ao aprendizado
Ele é uma clausula do contrato que você assinou quando aceitou...
...O livre arbítrio

(SamisXela)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Certezas...

Certezas...

Talvez um dia eu volte a sorrir com a mesma alegria que já sorri
Talvez um dia eu volte a amar com o coração leve, sem medo
Talvez um dia eu possa existir dentro do sonho que sonhei pra mim
Talvez um dia eu possa deitar e dormir sem antes chorar de saudade
Talvez um dia o pesadelo não me acorde no meio da noite
Talvez um dia eu olhe para trás e minha memória não te veja mais

Talvez agora que não me pertences mais eu perceba que nunca me pertenceu
Talvez agora eu consiga tirar-te definitivamente de dentro de minha alma
Talvez agora eu não queira mais amar você e possa assim amar mais a mim
Talvez agora eu te negue o pão de meu amor para virar o jogo e te vencer
Talvez agora eu encontre as forças que perdi no tempo dedicado a você
Talvez agora eu consiga fazer parar a dor que me corrói e me faz sofrer

Nesses tantos talvez eu busco a certeza de meus crepúsculos lívidos
Sem o medo dos espasmos das sombras que acompanham os outonos da alma
Debruçarei sobre a janela e cantarei o cativante canto litúrgico que invoca a vida
Seguirei na rabeira da procissão dos santos encantados que saúdam o amor
Deixar-me-ei acariciar pela doçura da brisa do verão a enxugar-me as lagrimas
Encantarei-me em rio das diferentes águas, subirei aos céus para voltar a terra
Serei orvalho e darei de beber as folhas e me farei vida e me farei novo

(AlexSimas)

Noturno...

Noturno...

Quando você se descobre não mais amado
Acorda pela manhã procurando por um mundo
Que acabou sob o sol eclipsado na sombra da traição
Tornando todas as noites mais longas e negras
Arrastando-se por dentro das horas que se multiplicam
Sob o chicote do tempo carrasco que rir-se da agonia
Dançando ao ritmo das lagrimas que encharcam
Um coração pelourinho onde se acorrenta a culpa com
Olhos encharcados que vagueiam por infinitas lembranças
Do que não pode ser mudado como a atravessar um
Imenso buraco negro que engole vorazmente a beleza
Do tudo que foi um dia, deixando a vida vazia

Esconde-se a luz por trás dos olhos do outro
Através dos quais você negou-se a enxergar
Concedendo arbítrio ao insano juízo da razão
Apaixonado pelo prazer de se opor a emoção
Condena o perdão advogado da sensatez ao
Cárcere do esquecimento libertando a vingança
Barrabás dos absurdos e senhora da mágoa que
Alimenta-se do sangue nas feridas do orgulho
Transmutando antigos e doces amores...
... Em amarga aversão

(Alexandre Costa)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Alem da Vida...

Alem da vida...

Eu não te conheci, te reencontrei
Esperava-te, te pressentia
Conheci-te quando nem o tempo existia
Deus criou-me para ti e você para mim
O que aconteceu?
Quando nos perdemos?

Agora me entrego ao abraço da noite
Que me guia por um rumo
Que nem ela nem eu sabemos
O sol não descortina mais minhas manhãs
Minha face bebe as lagrimas da dor
Tempera m’alma com o salubre sabor da perda
Só me resta esperar outro reencontro
Quando a morte nos fará esquecidos
Das dores que vivemos nessa vida
Então poderemos ser felizes
Como naquele imortal momento...
Que te reencontrei

(AlexSimas)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Momentos...

Momentos...

Lembra de mim
Dos beijos que te dei misturados as lagrimas de minha emoção
Lembra de mim
Das muitas estrelas cadentes que roubei para te presentear
Lembra de mim
Das noites de verão quando pedia ao mar que te cantasse uma canção
Lembra de mim
Das muitas bobagens que falava apenas para te ver sorrir
Lembra de mim
Da inveja que sentiam as flores quando passeávamos nos jardins
Lembra de mim
De quando o brilho de meus olhos ofuscava o sol só por estar perto de ti
Lembra de mim
De como me sentia criança em manhãs de natal toda vez que te via
Lembra de mim
De quando segurava o vento para que não desmanchassem teus cabelos
Lembra de mim
De quanto se iluminava minha alma cada vez que você sorria
Lembra de mim
Quando implorava ao tempo congelar as horas eternizando nossos momentos
Lembra de mim
Do prazer que eu sentia em ficar acordado só para te ver dormir
Lembra de mim
Porque apesar de tudo eu não consigo esquecer você...

(AlexSimas)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Engano...

Engano...

Caminharei pelas manhãs de minha alma nua
Quando acordar de minhas noites insones
E lembrar-me dos sonhos que não tive
Buscando a noite quando o sol empresta seu
Brilho a lua que encanta aos amantes

Subo ao palco, onde exponho minha tristeza
Na platéia uma cadeira vazia, sob a qual escondo
Um coração que dói, uma esperança que some
No saltar das horas de uma saudade que aposta
Que não consigo te esquecer

Esgueiro-me sonâmbulo pelos becos das lembranças
Tecendo planos de um amanhã onde não te vejo
Passeastes por meu coração como em férias a beira mar
Espalhei flores no caminho para perfumar teus pés
Encantei-me com teus beijos, me hipnotizei em teu olhar

Não faz tanto tempo
Acreditei que era para sempre
Levei-te alem de meus limites...
...Enquanto você apenas brincava de amar

(AlexSimas)

Dádiva...

Dádiva...

O ontem um dia já foi amanhã e era futuro
O amanhã um dia será ontem e será passado
O ontem se perdeu na estrada, virou certeza
O amanhã esta após a esquina, a espreita
O hoje que os separa, é a vida, nosso tudo

O ontem guarda o que aprendemos... Hoje...
O amanhã só fará sentido quando virar... Hoje...
O ontem um dia foi o amanhã do... Hoje...

Hoje vale a pena sorrir e chorar
Não pelas memórias do ontem
E muito menos pelo que virá
Mas porque o hoje é o momento
O presente que a vida nos dá

O amanhã?
Depois de hoje, ontem com certeza...
...Um dia será

(SamisXela)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Da Série: Esperanças...

Minha tempestade é chegada ao fim, meu navio fez água, mas não afundou, em breve estarei em porto seguro e poderei então abraçar os amigos sinceros e lhes contar de minhas venturas e desventuras e beberemos, e cantaremos, e nossas risadas soaram tão alto que acordaram os deuses...

(AlexSimas)




sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Caminhos...

Caminhos...

Quase sempre nos perdemos nas esquinas em que nos encontramos
e o caminho escolhido se perde na memória do tempo e não permite
retorno

As migalhas que deixamos pelo caminho na esperança de voltar foram
devoradas pelos corvos da ilusão

E agora me encontro aqui perdido, e na falta da visão e da memória
guio-me pelas palavras dos amigos que me chegam em sussurros
embora gritem em oração rogando a Deus que eu me encontre
porque eu sou a única pessoa com quem viverei para sempre
se não puder ser feliz comigo mesmo, não o serei com mais ninguém

(SamisXela)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Amor?

Amor?

Porque todos anseiam o amor
Se não conheço alma viva
A quem esse sentimento
Não tenha trazido sofrimento e dor?

O amor é o maior de todos os paradoxos...
Enquanto correspondido é gozo e beleza...
Uma vez acabado é dor e tristeza...

Por isso todos sonham com o amor eterno...
Mudem-se então para os livros e virem poesia...
Personagens do mundo das fabulas...
Onde a felicidade é feijão de todo dia...

Único amor eterno é o de nossas santas mães...
Esse nunca se acaba, amor divino, puro e fraterno...
Todos os outros transitam entre céus e infernos...

(Alexandre Costa)

Porção Poesia...

Porção Poesia

Da palavra no papel escrita
Palavra apaixonada tão forte falada
Tão bem o amor explicava

Tudo em verso na rima perfeita
Toda prosa na métrica ensinada
Virou poesia de encanto e sabedoria

Fervi o papel do poema que estava
Temperei com lagrima de saudade e sal
Fervida na panela do barro, do chão...
...onde a vida me foi arrancada

No vapor da fervura da água que embolia
Aspirei o perfume do amor que subia
Narina por narina o amor eu aspirava
O amor vapor do papel poesia que cozia

Palavra derretida do papel saltava
Palavra ansiada que em chá se fazia
Porção de amor que um feiticeiro poeta
Um dia transmutou em poesia

(SamisXela)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Pretensão...

...Muitos te desejam, mas eles desejam apenas tua carne, e os prazeres que podes lhes dar

Eu ousei desejar mais que tua carne, desejei teu coração e tua alma, pretensão minha em desejar tesouros tão preciosos para alguem tão pequeno quanto eu...

(AlexSimas)

10 de Maio...

10 de Maio

Se me fosse concedido um pedido
Daqueles das fabulas impossíveis
Pediria ao gênio se poder ele tivesse
Que do ano um dia retirasse
Do quinto mês o décimo dia subtraísse
No calendário o nove do onze fosse seguido
E para sempre o dia dez de maio sumisse

(AlexSimas)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Coisas de Poeta...

...

Lembra do gato que do telhado
Se encantava com o som do sax
Que subia da calçada?

Lembra do negro de gravata e de seu
Blues quase prece que murmurava?

Lembra dos papeis com que o vento
Brincava numa esquina solitária?

Lembra do poste e sua luz amarela
Que refletia no chão as sombras das
Mariposas que bailavam em torno dela?

Lembra da chuva que varia a madrugada
Correndo com os ébrios, preparando a cidade
Para o novo dia que começava?

Lembra do poeta sorridente que a tudo
Via e sentia e das outras pessoas que a
Tudo isso só percebia depois que ele
Sobre elas escrevia?

Sempre haverá
Gatos, sax e blues
Ventos, papeis e preces
Mariposas, postes e luz
Chuva, ébrios e calçadas
Madrugadas que amanhece...

Mas o poeta não mais os enxerga
Ferido o poeta perde a visão
Pois que de todos é sabido
Os olhos de um poeta é seu coração

(SamisXela)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

AlexSimas...

...

Foi um poeta que falava de borboletas
Jardins e primaveras
Deslizava em arco-íris
Acreditava em príncipes
Que conversam com raposas
Cultuava rosas
Louvava plenilúnios e solstificios

Foi um poeta que viveu
A fantasia de sua escrita
Um amor sem medidas
Um poeta que penetrou a poesia
Pensou que a luz refletida pela lua
Era a de seu coração que um dia
Uma musa acendeu

Foi um poeta que viajou
Nas folhas soltas de outono
Sentiu a caricia do vento
Abraçou o mar
Cantou com sereias
Plantou muitos jardins
Ansiando uma única borboleta

Foi-se o poeta mortalmente ferido
Totalmente consumido
Na chama do amor que alimentou
Com versos e prosas, paixão e verdade
Foi pleno, intenso, cúmplice...
Entregou seu maior tesouro...
...Seu coração de poeta

Recebeu por troco...
...Sofrimento e dor

(Alexandre Costa)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Da Série Descobertas...

.
DESCOBRI QUE O "AMOR" É REALMENTE UMA GRANDE FORÇA TRANSFORMADORA...
... TRANSFORMA LOBOS EM CORDEIROS; LEÕES EM CERVOS E HOMENS EM PATETAS...

(Alexandre Costa)

Jardins, Borboletas e Serpentes...

.
Você plantou um jardim esperando borboletas?
Cuidado, jardins também atraem Saúvas, Gafanhotos e Serpentes disfarçadas de Borboletas...

(Alexandre Costa)