terça-feira, 31 de julho de 2007

Esperança...

Foi-se o amor.
Não o amor apenas arrefeceu-se,
hibernou nas profundezas da alma
escondeu-se por vergonha de ter-se doado
incondicionalmente e em troca recebeu
a bofetada da deslealdade.

Agora impõe-se um estrangulado silencio
de sangue e lagrimas cujas pulsações revulsivas
expõe as vísceras de meu sonho insone, e a
agudeza da dor fende as fundações de meu eu
como a um Imenso edifício sacudido por um
abalo sísmico, o terrível terremoto brota das
profundezas do sofrimento escravizando-me
tornando-se senhor de minha vontade.

A liberdade do senhor é escrava da escravidão
de seu escravo, pois que o senhor existe para
o escravo e pelo escravo e essa simbiose vive
na intimidade da essência dessa agonia e habita
o inferno que é o deserto do amor.

E a alma esvaziada da fome da paixão dar lugar
as daninhas ervas que alimenta o tumor que
ulcera o espírito alienando-o ao desejo da morte,
impondo sua hegemonia sobre o reino das sombras
onde atira o coração a sanha dos ratos da solidão
que o devora como o abutre ao fígado de prometeu,
e assim como o órgão do mitológico deus o infeliz
regenera-se para voltar a ser devorado dia após dia.

Volve-se a alma torturada sob o granito do sofrimento
ansiando o momento que novamente desperto o amor
a liberte do sofrer para que possa então ascender das
cinzas de sua auto-imolação e como a fênix renascer
para uma nova vida...


(AtsoC ErdnaxelA)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Desilusão...


Crepúsculo de mais um dia
la fora o mundo escurecia
entrevia um encarnado céu
pelas frestas de uma janela
com seus vidros arranhados
pelas unhas de uma agonia
que habita a alma vazia...

Na escrivaninha o papel
branca folha esperando
pelo toque da pena, pela
macula da tinta, ansiosa
como a implorar por uma
linha, silenciosa palavra
que não chegava, calada
esperava pelo vento que
a joga-se no chão pra ver
se assim do poeta chamava
atenção...

Desesperada e vã tentativa
pois que lhe prendia o peso
do copo vazio da bebida e
agora transbordando solidão,
la fora junto com o sol vai-se
o canto do rouxinol que ao
longe lembram gritos abafados
de uma saudade que teima em
sufocar como a corda no pescoço
do condenado a morrer apenas
por ter amado...

Agora noite alta, escuridão,
tremulam sombras nas paredes
vindas da tênue luz de um lampião
que mostra o velho jornal no
canto jogado em suas colunas
publicado anúncios de sexo barato,
escambo de carne por metal,
onde busca o poeta anestésico
para a dor da alma mutilada
nos braços do amor comprado...

Segue o poeta amarrotado
carregando sua dor ao lado,
na escrivaninha o papel
abandonado sente saudades
do outrora poeta apaixonado...


(AtsoC ErdnaxelA)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Monólogo...



- Como vai tristeza?
- Você viu o amor?
- Há viajou!
- Sabe aonde foi?
- Saiu sem destino e não sabe quando volta ou se voltará algum dia...
- Então deves esta muito feliz?
- Desculpe! (risos) como pode a tristeza ser feliz.
- Que paradoxo...
- Oi angustia! Tudo bem?
- Outro deslize, como pode a angustia estar bem...
- Nossa eu é que não estou nada bem, só estou dando foras...
- Bom dia escuridão!
- Alguém me ponha em uma camisa de força.
- Estou dando bom dia à escuridão, que loucura!
- Loucura não, demência, loucura é outra coisa...
- Vejo vocês três aqui, mas não vejo a solidão.
- Perdoem-me dessa vez não cometi nenhum deslize, vocês estão sempre juntos a solidão.
- Oh! perdoem-me juntos não vocês apenas a acompanham
- Ela esta mais a frente e obvio sozinha.
- Ela chega e vocês vêm logo atrás. E ocupam todo o espaço deixado pelo amor.
- E a magoa? Cadê ela?
- Não esta aqui porque quando o amor é verdadeiro mesmo partindo não deixa magoas, o
espaço pode ate ser preenchida pela solidão, tristeza, angustia e escuridão. Mas a energia
que fica na alma não permite magoas e muito menos vingança...


(AtsoC ErdnaxelA)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Perdido...

Abri minha porta, escancarei minhas janelas,
Deixei o sol entrar (você).
Minhas noites eram claras Iluminadas por uma sempre
Cheia lua, estrelas decoravam o meu telhado, a brisa me
Cantava canções de ninar...


Ainda vejo o sol La fora vejo a sua luz, mas não enxergo
Mais o seu brilho, a lua virou-me seu lado escuro, o som
da brisa agora é um agouro...


Minha pena antes leve e suave agora me pesa nos dedos.
A poesia parou no meio da estrada sentou-se a beira do
Caminho e cabisbaixa não ver a nascente que secou antes
Mesmo de nascer...


Volto a pagina, releio os versos antes escritos como a querer
Animar a poesia murchada e só o que consigo é molhar o livro
Com lágrimas salgadas...


A nau do amor em que embarquei rumo ao cabo da
Boa esperança desembarcou-me antes no cabo das tormentas,
Onde ondas violentas me açoitam contra as pedras afogando-me
Os sonhos do distante destino que para mim tracei, agora
Bem mais longe que o horizonte...


Em delírios chamo pela poesia que continua sentada no meio
Do nada e na angustia silenciosa maldiz o amor sinônimo de solidão,
Que adentra agora por portas apenas entreabertas trazendo uma
Tosca luz que teima em entrar pelas frestas mostrando o livro molhado
Por lágrimas que nunca devia ter chorado...


E a poesia sentada na estrada de amor não quer mais falar...


(AtsoC ErdnaxelA)

Tortura...

Escutem!
Como não escutam?
Será que não ouvem as gargalhadas?
O escarnecido riso da razão?
Não ouves as zombarias? O eu te disse?
Relembrando cruelmente ao ingênuo coração
Os conselhos que lhe deu:

AME MAS NÃO SE ENTREGUE...

E o pobre desventurado sofrendo uterinas contrações
Na vã tentativa de parir essa dor que lhe atormenta.
Como se fosse fácil abortar um amor fecundado.
Os gritos agudos do silencio me atormentam, me oprimem.
E agora envergonhado de ter-se despido de sua armadura
O infeliz coração se envergonha de ter sonhado com a felicidade
De ter inspirado ao poeta palavras de amor...
Palavras-beijo, palavras-sonho, palavras-desejo...
Calaram-se todas as palavras...
Resta-lhe apenas a palavra-utopia...
E o silencio que não se cala...
E a razão que não para a cruel tormenta,
Ecoando incessantemente na alma o eu te disse,
Eu te disse, eu te disse, eu te disse...


(AtsoC ErdnaxelA)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Árvorec[eu]


Sentei entre as folhas secas
No último dia de outono desse ano
O vento beijou meus cachos
E a tarde adormecia em meu peito
Escrevi uma poesia na terra
E disso brotou uma árvore
Que a medida que crescia
Me envolvia, me penetrava
E só parou no exato instante
Que me senti completamente
Plantada junto com suas raízes
Permaneci com ela algumas estações
Dei-lhe um nome na primavera
E chamei-a de Saudade
Voltarei hoje ao jardim antes que escureça
Me abraçarei a ela novamente
Cavarei a terra, me colocarei lá dentro,
E hei de ser também parte da árvore
E me plantarei e enraizarei de novo
Até que eu me torne toda Saudade
E quando passeares no parque
Ao lado do teu novo amor
Descanse na sombra desses galhos
E se cair em tua boca uma gota de orvalho
Não estranhe que carregue o meu sabor.

(Cáh Morandi)

terça-feira, 24 de julho de 2007

Desabafo...


Fale comigo poeta...

Preciso que escrevas o que vou te ditar...

Me responde poeta? O que posso contra essa tristeza que adentra em mim como que fosse eu sua propriedade? Que posso eu se a ela alia-se uma angustia que macera meu peito, que me desmancha aos poucos.

Me diz poeta? onde encontrar a felicidade, esse lugar no qual a entrada é proibida só a mim?

Queria eu ter asas, não como as de Ícaro, mas como as dos anjos para poder voar para bem longe e habitar uma estrela distante.

Não posso continuar aqui poeta, pois não conseguirei recompor as portas quebradas, os vidros estilhaçados, muito menos o amor perdido nas esquinas das mentiras, por mais que tente refazer tudo elas continuaram nos estado em foram deixadas.

A mim só resta arcar com os danos, sinto-me como um papel rasurado. A metáfora do papel revela plenamente como venho me sentindo nos últimos dias.

Diga-me poeta? você que tanto sabe do amor, o que posso fazer para suavizar essa dor que me dilacera? Ajude-me poeta antes que a dor de me saber descartável me transforme em pó.

Minhas lagrimas não me molham a face poeta, pois que elas correm para dentro me afogando o coração e turvando a visão, já não enxergo a luz do sol.

As lembranças, há as lembranças poeta! a beleza extrema dos traços, dos gestos, o tom da voz, a risada espontânea a felicidade quase pueril nos olhos que ainda me encantam, tudo se traduz em um bailado empolgante, as vezes sensual.

O que tenho guardado em mim é tão puro poeta, tão leve, e que apesar de tudo me faz bem. Estive ao seu lado na inteireza do que fui capaz de estar.

E agora poeta só me resta o silencio, e eflúvio desse silencio me alcança e me atinge de maneira quase mortal.

Guardei a lança e o escudo no armário, para que raiva nenhuma que eu possa vir a ter possa feri-la. Os vidros e as portas partiram-se e eu também fui partido ao meio.

Resta-me agora ficar aqui de cócoras no canto escuro que escolhi para me esconder da saudade...

(Atsoc ErdnaxelA)

Saudades...


Tenho saudades...
Do tempo que passeava na estrelas,
Cavalgava cometas,
Bailava com anjos sob a luz da lua...

Tenho saudades...
Do perfume das flores,
Dos colibris que me acariciavam o rosto
Com a brisa do bater de suas asas...

Tenho saudade...
Do por do sol nas tardes de verão,
Da suavidade e das cores da primavera,
Das românticas paisagens do outono...

Tenho saudades...
Do arco-íris decorando o céu,
Das brancas nuvens que lembravam algodão doce,
Do vôo das gaivotas sobre o verde mar...

Tenho saudades...
Dos passeios nas úmidas areias da praia,
Do canto das baleias, da alegria dos golfinhos,
De encostar uma concha no ouvido e ouvir o som das águas...

Tenho saudades...
De quando sonhava acordado,
De quando meu coração era leve como pluma ao vento,
Do sorriso que me presenteavas cada vez que te dizia: te amo...

Tenho saudades...
É só o que me resta, aqui de cócoras nessa escuridão,
Aliviar-me da dor com as doces lembranças
De quando eu tinha uma alma banhada de amor...

Tenho saudades...
Muitas saudades de mim...

(atsoc ErdnaxelA)

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Soneto ao Poeta...

Trazei-me papel, tinta e pena...
Escreverei o que se passa em meu coração...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...

Trazei-me tinta e pena...
Escreverei sobre minha carne...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...

Trazei-me uma pena...
Escreverei com minhas lagrimas sobre a rocha...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...

Trazei-me uma migalha de amor,
Um reflexo da lua, a chama de uma paixão,
Uma saudade, um espinho pregado numa flor
Onde possa furar o indicador...

Escreverei com esses dedos embebidos em sangue
Sobre as paredes de minha alma...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...

(Atsoc ErdnaxelA)

Estátua de Carne...


Um busto de mim mesmo...
Eis o que sou, o que vejo refletido
nos fraguimentos do espelho esmigalhados
no chão de meu inconsciente...
Um cadáver anunciado, aguardando para
morrer o punhado de morte que lhe resta...
Mutilado de esperança contemplo o eterno
conflito entre o bem e o mal o pecado e a graça
a carne e o espírito...
O destino atirou-me ao fundo do vale de lágrimas
onde rastejo enlameado sobre bloco de pedra lavrada
cripta em que se transformou o corpo, velho cárcere
que carrega dentro de si um coração de poeta...
Um indomável coração de poeta que teimosamente
insiste em versar sobre sua própria desgraça
dando a conhecer ao mundo a dor dilacerante
que carrega sobre os ombros combalidos...
Ilhado na solidão de minha própria culpa
vivo no exílio de poeira amarga e estéril,
único latifúndio que me restou...
Transformo em verbo as frustrações doloridas
o agudo sentimento de isolamento e impotência
que a ausência sufocante de um grande amor
deixou-me por herança me tornando o coração
mudo e imóvel tal qual um paquiderme doente...
Mutilado sigo adiante levando sobre os olhos
o lenço noturno encharcado do magma incandescente
que vagarosamente forja o rosto do homem novo,
pálido reflexo do que um dia foi quando a morte
parecia-lhe um sonho distante...



(Atsoc ErdnaxelA)

sábado, 21 de julho de 2007

Vazio...


Minha alma sangra, meu eu ta vazio...
Estou morto, sofri a pior de todas as mortes
A morte em vida...
O punhal da traição vem sempre embebido
De um terrível veneno que mata a alma
Deixando vivo o corpo...
Afiado e traiçoeiro ele não nos dar a chance
Da defesa, chega de súbito rasga a carne feri
Profundamente o peito e dilacera o coração...
E mesmo assim despedaçado ele continua amando...
E vai amar por todo o sempre...

(AtsoC ErdnaxelA)

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Enluarados


Posto-me sob uma lua redonda e cheia...
Observando estrelas entre cintilantes nuvens...
Os ventos sussurram-me o arrefecer da noite...
No balançar das folhas há um silêncio pela tua voz...
Lanço um olhar sobre os subúrbios de minha alma...
Encontro-te num recanto de meu coração embevecido...
Desenho no ar versos de um poema há muito esquecido...
Traços acentuados do amor que em mim despertas...
Tua lembrança me traz aos lábios um largo sorriso...
Nossos pés descalços sobre o chão úmido e quente...
Dançam ao som das ondas que quebram na praia...
A paixão goteja na areia misturada ao nosso suor...
Escorrendo para o mar ilumina suas escuras águas...


(Cris Poesia e Alexandre Simas)

Lascívia...


Vislumbro tua nudez úmida e macia
Minhas mãos percorrendo cada poro
Destranco-te de todos os pudores
Arrebata-me um físico vento à face
Toco-te o seio num beijo ansioso
Arrepio ascendendo meu desejo
Perco-me nas dobras de teu corpo
Deslizo a língua por curvas molhadas
Ouço o sangue sussurrar em tuas veias
Minha boca enxugata-te sedenta a esmo
Mistura de saliva e suor marcadas nas carnes
Entre movimentos sutis e vigorosas lambidas
Numa ávida paixão treslouca entrego-me a ti
Desenfreada,recebo-te em minhas entranhas
Entre pactos e juras de um eterno amor.


(Cris Poesia e Alexandre Simas)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Pazes...


Corações ainda apertados...
Olhos marejados se procuram
Em um olhar de compreensão...
Vozes embargadas ensaiam
Um eu te amo em uníssono...
La fora a manhã chega com
Uma luz diferente, mais bonita
De um colorido nunca antes percebido...
Uma mão tremula procura uma face
Que ainda gelada recebe o carinho morno,
Outra mão cúmplice a ela se sobrepõe...
Na boca ensaia-se um sorriso tímido...
Expressões aliviadas se convidam
A um abraço terno, peles se tocam
Cheiros se misturam, lábios se buscam
Em um longo beijo de mutuo perdão...
Dissipam-se as sombras, o silencio
Eloqüente calam todas as duvidas...
Almas enamoradas se entrelaçam em
Um passeio pelas estrelas emanando
Os vapores do amar...Só amar...


(AtsoC ErdnaxelA))

terça-feira, 17 de julho de 2007

Carta a meu amigo Malaquias...


Caro amigo.


Novamente recorro a você para meus sofridos desabafos, sabes que sou de poucos amigos, não que seja anti social, mas um tímido reservado.

Caro amigo encontro-me apaixonado, vivo uma paixão intensa que me contorce a alma, me leva de céus infernais a infernos celestiais, sei que me entendes, alias és o único que me entendes desde que éramos crianças, sei o que estais pensando, que estou enlouquecendo de certa forma tens razão, sei também que deves estar pensando que ainda me acho criança, aquela mesma criança que tinha a capacidade não só de falar contigo mas também de te ver; é amigo de certa forma sim, ainda sinto-me criança, aquela mesma criança de alma inocente cujo coração puro acreditava nas estórias de final feliz contada por meus avós a cabeceira de minha cama logo após as orações noturnas, a mesma criança que torcia para o Tom nunca alcançar o Jerry, a criança que aprendeu a confiar no outro, a amar o outro, a entender as dores e as vicissitudes do outro, pois que a incompletude do outro é o que o torna belo e nos completa, a beleza das diferenças da alma é o que nos faz irmãos e nos atrai na eterna busca do entender, do aprender do querer bem, ainda carrego o sorriso franco, o coração desarmado. Estou a sorrir com tuas conjecturas pois te conheço de muitas eras e sei que deves estar cabreiro com essa minha súbita missiva, assim como sei que deves estar feliz de novamente teres noticias minhas depois de tanto tempo, há caro amigo, assim te chamo pois sei que posso e que me tens o mesmo amar, pois foi tu quem me ensinou que amigo se distancia mas nunca se separa.

Novamente fujo ao assunto - enquanto escrevo vejo-te com o velho sorriso de canto de pouca e com o suave balançar de cabeça como a dizer: novamente com a velha mania de misturar assuntos - é continuo o mesmo, mas este que te escreve agora é um barbado talhado pelos anos curtido pela vida e agora verdadeiramente apaixonado, vou-me novamente tornando-me prolixo em minhas dissertações, perdoe-me tem velhas manias que não conseguimos largar.

Como dizia-lhe no começo, estou amando, amando uma mulher maravilhosa, divina cuja único defeito e morar longe, muito longe de mim, uma mulher que anseio todos os dias ter em meus barcos, beijar-lhe os lábios ou simplesmente sentar-me a sua frente e ficar a lhe admirar a beleza suave. Mas caro amigo essa incrível criatura que me encanta e me remete novamente a meus dias de infante sonhador, me acordou a alma de poeta que dormia anestesiada sob o peso do desencanto do monótono cotidiano.

Meu amar dói e essa dor me aprazeira, pois que é um sofrer gostoso, um sofrer de amor correspondido e dói por assim ser. Tenho fé amigo, muita fé no bom Deus que chegará o dia que terei meu amor ao meu lado por um eterno durar e minha alma enternecida brilhará mais que as mais brilhante das estrelas e te saberei feliz por assim me ver.


Obrigado por me ouvir e entender.


Deus te abençoe e ilumine tua sempre cândida alma.


Do amigo de sempre


Alexandre

Depois da Briga...

Noite fria,
alma quente,
telefone mudo,
cama vazia...
Ansiedade que tortura,
alma inquieta,
sangue em fúria...
pensamento distante,
respiração ofegante,
uma musica na mente...
café gelado,
boca amarga,
livro largado,
teve desligada,
hora que não passa...
cabelos assanhados,
unhas ruídas,
tez pálida,
musica que não cala...
madrugada escura,
lua murcha,
janela aberta,
porta escancarada,
agonia que não cessa...
manhã chegando,
celular ligado,
coração apertado,
uma lagrima no olhar...
luz acesa,
abajur virado,
copo d’agua na cabeceira,
calmante na gaveta,
agora de bruços,
na garganta o soluço,
travesseiro encharcado,
e nada de você chegar...

(AtsoC ErdnaxelA)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Ciúme

O ciúme é um terreno instável que mistura real e imaginário.
Transformando a doçura do amor em agruras de um calvário.
Olhos aflitos perscrutam meu olhar, ânsia de ver e nada encontrar.
Deliras entre o absurdo e o ridículo amaldiçoando o tanto amar.
Boca seca, olhos úmidos, em frenética oscilação do calar e do gritar.
Conúbios de sentimentos atiçando o sofrimento do amor ausente.


Dito do amor o tempero, comparo-lhe ao sal ou a ardida pimenta
Que em justas doses realça o sabor em exagero o torna intragável
Indubitável maledicência disfarçada de justo zeloso o ciúme é um
Senhor avarento que afasta ligeiro do coração o objeto do desejo.

Maçarenta moléstia cria da duvida virulenta e da amarga ausência.
Qual forquilha estrangula o a alma atirando o espírito ao desespero.
Calidoscópio de involuntárias ilusões insanas de prazer e dor
Monstro infernal teus olhos não são verdes, são de qualquer cor.

(AtsoC ErdnaxelA)

Amplitude

Lanço minhas velas aos quatro ventos...
Navego na tempestade do teu ser...
Enfrentando a instável fúria do tempo...
Mergulho em ondas revoltas a te procurar...

Amotino-me contra saudade torturante...

Apego-me a meus desejosos tormentos...

Tua marcada ausência enfurece-me a alma...

Numa atmosfera inquietante de desejos...

A loucura me domina, tenho-te muita sede...

Encontro-me nas profundezas de teus lábios...

Galopo cavalos marinhos nessa insana busca

Ascendo estrelas do mar para me guiar...

Golfinhos azuis apressam-se a socorrer-me...

Pérolas refletem teu olhar cintilante...

Iluminando meu aflito espírito errante...

Por florestas de algas e arraias gigantes...

O canto das baleias me remetem tua voz...

O mar silencioso me grita teus caminhos...

Sigo por entre labirintos de corais multicores...

No horizonte ancoro a amplitude de nosso amor...


(Cris Poesia e Alexandre Simas)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Único Caminho...

Venha com tua língua...

Volta com meu beijo...

Venha com tua face...

Volta com meu carinho...

Venha com teu olhar...

Volta com minha luz...

Venha me decifrando...

Volta com minhas palavras...

Venha com teu sorriso...

Volta com minha alegria...

Venha com tua emoção..

Volta com meu desejo...

Venha com teu perfume...

Volta com meu cheiro...

Venha com tua pele...

Volta com meu toque...

Venha com artimanhas....

Volta com minhas manhas...

Venha com teu gingado...

Volta com minha dança...

Venha com tua voz....

Volta com meu eco...

Venha com teu espírito...

Volta com minha alma...

Vem anoitecendo...

Volta para ficar...

(Cris Poesia e Alexandre Simas)

Poetas Graças a Deus...


Loucos apaixonados, loucos deprimidos,
Loucos acordados, loucos pela vida,
Loucos, loucos, loucos assumidos...

Mas será ser loucura sentimento extravasado?
Será que não é doçura e para o mundo aprendizado?
E mesmo ser for loucura, então que eu seja perdoado!

Notívagos, ébrios de paixão, senhores da lua...
Madames que pousam em estrelam, beleza rara e nua
Alquimistas da palavra... Tradutores do Amor...
Fadas de magias líricas... Encantamento sedutor...

Poetas fazem a luz mais brilhante,
As sombras mais escuras, as cores mais vivas...
Suas flores tem mais perfume,
Seus amores são mais intensos,
Suas saudades mais doídas,
Suas musas são as mais lindas...

Poetisas iluminam o sol do céu azul,
Os degrades do fim de tarde, a aquarela da vida...
Seus desejos são arrebatadores,
Seus instintos mais selvagens,
Seu destino mais sereno,
Sua inspiração renderia a todo tempo...

Interpretes de sentimentos, do sórdido ao divino...
Tradutoras dos enigmas perfeitos, instinto doce e felino...

(Cáh Morandi e Alexandre Simas)



Desejo

A cereja do drinque cai displicente...
escorrega decote adentro...
aloja-se por entre seios quentes
arrepiando a pele ardente...
teu olhar me adivinha o pensamento
do desejo de resgatar a cereja inocente...



(AtsoC ErdnaxelA)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Um vinho para acompanhar...


Sorve os líquidos meus...
Que eu sorverei os teus...
Que sejam nossas bocas
Os cálices a nos servir
E embriagar...

(AtsoC ErdnaxelA)

Doce Licor...

Uma displicente gota de licor
Escorre do canto de tua boca
Teu olhar de brilho guapo
como se falasse em voz rouca
exige meus lábios como guardanapo

(AtsoC ErdnaxelA)

Jantar na Cama...

Corpo morno servido em lençóis de linho...
Suores misturados em leite condensado
Uma noite inteira para te devorar...

(AtsoC ErdnaxelA)

Intitulável Contemplação


Sento-me em um intempestivo pé de vento

Sinto o sereno observando a dança das folhas

Vislumbro um horizonte alem de meu olhar

Decifro teus gestos por entre as estrelas

Misturando matizes azuis do céu e do mar

Brilho de olhares reflete o balançar das ondas

Onde espumas imitam nuvens cintiladas

E numa brisa suave reconheço tua voz

Mescla de tons e luzes sobre tela invisível

Contornam sua silueta úmida refletida na areia

Por entre palmeiras que oscilam na praia

Sombreiam meus lábios a procura dos teus

Em um lúdico desejo por teus beijos

Nuances de uma mesma paisagem

Marcando em traços o amor sobre nossa tez

(Cris Poesia e Alexandre Costa)

Caldo de Sonhos


Vários litros de lagrimas de felicidade

Temperado com muita harmonia

Engrosse o caldo com generosas

Porções de bom humor...

Decore com sorrisos espontâneos...

Sirva em prato fundo

Come-se com colheres bem grande

E não preocupe-se em lambuzar-se...



(AtsoC ErdnaxelA)

Aquarela Poética...


Preguiçosa tarde de uma refrescante primavera...
brancas nuvens espalham sombras pelo chão...
Um caminho entremeado de folhas serelepes
que brincam em inquietos redemoinhos de vento...
Ao longe uma serra dobra-se sobre o horizonte...
Flores multicores decoram monótonas matizes verdes
Disputando entre si preferências de abelhas e colibris...
Uma velha arvore curva-se sobre um sinuoso riacho
Como a beber frescas águas que correm em leito raso...
O coaxar dos sapos entrecortam o canto dos pássaros...
Um sol apressado veste-se de tons avermelhados...
Uma translúcida lua surge timidamente num canto
Contrastando o púrpura com sua suave luz de prata...
O bruxulear dos pirilampos confundem-se com estrelas
Num encantamento que mistura o céu com a mata...
Toda magnitude dessa embriagante e casta paisagem
Empalidece quando surges como a cavalgar a brisa
Vestida em esvoaçantes tecidos transparentes
Revelando o brilho de tua esplendorosa beleza...
Jóia rara, única em toda divina criação...

(AtsoC ErdnaxelA)

terça-feira, 10 de julho de 2007

Busca

São tantos sis, tantos não sei,
Tantos talvez...
Tantos beijos pra te dar...
Procuro-me e só me perco
No espelho de teu olhar...

Minha insanidade parece
Uma criança sozinha
Querendo brincar...

Divide comigo essa loucura
Desse amor ébrio do vinho
Que vem de teu hálito...
Do decote ousado que teima
Em me atentar...

São tantos desejos...
Tantos bares em que me perco
Tantas noites sem te encontrar
Olhos perdidos nos neons coloridos
Das frias madrugadas
Do sempre te procurar...

(AtsoC ErdnaxelA)

Notívagos ...

Noites insone...
índole liberta...
Sob o prata da lua...
Luz incólume...
De felinos amantes...
Que nas sombras
Extravasam o desejo
Que lhes consome...

Notívagos poetas...
Que em versos traduzem
A sublime beleza
Dessas almas inquietas...

(AtsoC ErdnaxelA)

Pressínto-te...

Permíto-me sentimento lírico e descomedido
Que me liberta e me prende a você
Permíto-me no teu frescor sentir cheiro de orvalho
Das manhãs acaloradas que viveremos
Permito-me caminharmos descalços no alvorecer
Remetendo sonhos de nossas tardes douradas
Permito-me entrelaçados rolarmos na relva
Misturando-nos as cores da manhã
Permito-me deitarmos ardentes num horizonte infinito
Sob o canto encantado dos pássaros
Permíto-me acolher-me entre rosas nos teus braços
Perfumando nosso jardim ao som dos colibris
Permito-me banhar-me contigo numa chuva de pétalas
Que se misturam ao suor de nossos poros
Só não permito que me negues o direito de vivenciarmos
este amor que pressinto...

(Cris Poesia e Alexandre Simas)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Putas Graças a Deus !


Deus salve as putas...
Mariposas, borboletas da noite...
Com suas cores pungentes
A embelezar as calçadas...

Deus salve as putas...
Todas elas, moças e velhas
Cortesãs do prazer
Pobre dos homens se não
Fossem elas...

Deus salve as putas...
Incompreendidas, vitimas do preconceito
Das senhoras mal amadas.

Deus salve as putas...
Filhas de Venus, que pouco nos cobra
Pelo muito que nos dar...

Deus salve as putas...
E as hipócritas se tempo lhe sobrar...

(AtsoC ErdnaxelA)

Testamento...


Atiram-me em inquisitória fogueira
A qual acendem com as tochas da hipocrisia...
Praguejam contra minha alma...
Acusam-me de endemoniado...

Laicos ignorantes, covardes e estúpidos...
Escoria podre que não aceitam insubordinação
A idiotice coletiva que impõem aos pobres de espírito...

Pois que me queime a carne...
Única semelhança que tenho a eles...
Deixem que as chamas me libertem o espírito
Da imunda prisão que lhes compartilho...

Apontam-me o dedo...
Acusam-me de rebelado...
Por não aceitar a manipulação
Dos fios que pendem de suas mãos imundas...

Há! Há! Há! Há!...
Vou-me rindo, gargalhando de suas patéticas feições
Ao receberem na cara o vomito de minhas verdades...

Aos macacos de picadeiro que aglomeram-se
Em torno do macabro espetáculo que protagonizo
Deixo a herança do desprezo...
Pois que nem de piedade são dignos...

(AtsoC ErdnaxelA)

O Pão que Alimenta a Alma...

Pegue uma generosa porção de Amor...
Misture com versos de poesia...
Asse na fornalha da paixão...
Cubra com espessas e espontâneas
Camadas de loucura...

Sirva bem quente, e farte-se...

(AtsoC ErdnaxelA)

domingo, 8 de julho de 2007

Teu Beijo...


Sonho com tua boca...
De traçado único...
Sensual...

Um súbito pensamento sussurra em minha mente
O vislumbre de um beijo de doçura sem igual...
Que me deixa nos lábios uma sensação intensa
a suave ardência...
De um doce de rosmaninho com pimenta...

Nesse momento mágico...
Todas as estrelas do firmamento
Funde-se em um único astro...

E minha alma dança...
Sob essa nova luz
Que ao próprio Deus encanta...

(AtsoC ErdnaxelA)

Doce Vicio...

Quando toca-me os lábios me deixas na boca
O gosto do vinho... Do pecado...
Sou um pagão perdido em teu paraíso
Um louco fugindo para o hospício
Ardendo na febre da paixão...

Bebo do sal de teu suor que em mornas gotas
Inundam minha garganta embriagando-me de desejo...

Busco ansioso entre tuas pernas o cálice do divino prazer
De onde sorvo o viçoso néctar de tuas entranhas quentes
Que brota generoso denunciando teu êxtase...

De teus olhos de ninfa brotam cristalinas lagrimas
Que espelham meu olhar guloso...

Percorro-te com minha faminta língua
Como um animal a banhar sua cria...

Busco ansioso tua boca a procura da
Viciante saliva que inebria-me e entorpece...


Sou em ti viciado...
Desse vicio dependente...
Uma desvairada alma escrava e tua...
Para sempre...

(AtsoC ErdnaxelA)

Delírios...

Corpo nu sobre o frio lençol de uma cama vadia...
Da janela o canto das aves alardeia a chegada de Apolo
trazendo consigo mais uma manhã...
Mais um dia de alcova vazia...

Meu desejo grita por tua presença...
Arrancando das mãos da lembrança
o chicote da saudade que me açoita impiedoso...

Minha pele implora a urgência de teus carinhos...
Meus ressecados lábios sentem a falta de tua boca...
A visão de tua língua inquieta me atiça a libido...
Neste momento eu só penso em tuas entranhas quentes,
no movimento de teu ventre a envolver-me loucamente,
dançando como redemoinhos de vento sobre campos de trigo
que me lembra o dourado de teus pelos refletindo as luzes
de minha fantasia...

Enlouqueço pouco a pouco com a miragem de teu corpo sobre o meu...
Em delírios febris me banqueteio com tua saliva quente...
Deslizo minhas mãos pelo vazio como a acariciar teu corpo ardente...
Teus cabelos ondulam como as chamas de Nero a devastar Roma...
Perco o senso, torno-me insano, sento-me levitar...
Vão-se todos os meus sentidos, já não ouço as aves a cantar...
Só escuto teus gemidos...

Tal qual anjo Rodriguiano olha-me do alto...
Um olhar de mulher, de desejo e luxúria...
Teu corpo arqueia-se, cabeça jogada para trás
de tua garganta escapa um longo e rouco grito
prenuncio do orgasmo atingido.

Sinto-me então devorado, e me junto a ti no canto
do prazer agora também ouvido no meu grito que faz eco no teu...
Então te vejo despencar sobre meu peito arfante...
Teu suor misturar-se ao meu...
Beija-me agora com carinho, de tua boca escapam sussurros
que me ninam e me levam de volta aos braços de Morfeu...

(AtsoC ErdnaxelA)

Sonho de Caboclo.

Queria ser um cantador,
uma viola saber tocar
Pra sentar em tua soleira
e fazer seresta sem parar
Tirar das cordas da viola
melodia harmoniosa
de lindas canções de amar
pois se todo homem vem
pra terra com seu destino
Já traçado
A missão que Deus me deu
Foi viver para sempre a teu lado.

(AtsoC ErdnaxelA)

Poemando...

Vou versar uns verso bem versado
Poemar um poema bem poemado
Falar de meu amor e de minha saudade
Com palavrório bonito e bem rimado.

Vou escrever tudo e mandar pra radio
Pro locutor ler tudo bem declamado
E o mudo inteiro saber que sou um
Caboclo apaixonado.

Vou falar que a flor tua beleza roubou
E que os passarinhos com tua voz se encantou
Que Deus quando te fez tava num dia inspirado
Porque não fez uma mulher, mais um ser encantado.

(AtsoC ErdnaxelA)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sonho.

Sonho em te ter...
Minha cama fria com teu corpo aquecer
Minha solidão é tão só...
Minha alma é vazia sem você...


Sonho contigo, acordado ou dormindo...
Sonho um sonho lindo de felicidade e prazer

Sonho com o dia que esse sonho...
Sonho deixe de ser...

(AtsoC ErdnaxelA)

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Se...

Se fosse eu um deus e pudesse no tempo bulir
Faria tudo novamente, o meu e o teu existir...

Se fosse eu o tempo me dobraria a vontade desse deus
Pelo prazer de ti ver sorrir...

Se fosse tu uma flor, seria eu colibri...
Se fosse tu o paraíso, queria ser anjo e morar dentro de ti...
Se fosse tu o sol, queria ser a lua a te refletir...

Se um dia você de tua vida me excluir...
Flor, anjo, sol, lua e colibri...
Tudo isso para sempre vai sumir...

(AtsoC ErdnaxelA)

Vontade...


Oh louca vontade de estar dentro de ti...
Perder-me em teus sentidos...
Consumir-me em teu calor...
Sentir o gosto do meu no teu corpo...
Me deixar explorar por tua língua...
Descobrindo-me recantos ate então
Por mim desconhecidos...

Desejos de loucas fantasias
traduzidas em mãos atrevidas
Sobre minha pele nua...
Teus seios intumescidos me roçando
o tórax atrevido...
Nossos hálitos cheirando a pecado
Desafiando o amanhecer...

Essa minha vontade de querer
ficar em ti escondido...
Dançar ao som do prazer de teus gemidos
Ate perder todos nossos sentidos...

Te reanimar com um beijo ardente...
Iniciar tudo outra vez,
te fazer querer novamente
receber dentro de ti
meu gozo latente...

(AtsoC ErdnaxelA)

Almas em êxtase...

Vem... beija-me os lábios...
Invade-me com tua língua...
Me rompe as defesas frágeis...
Estamos sozinhos, no silencio
desse momento de um eterno breve...
Corpos suados, entrelaçados...

Minha alma esta nua...
Vem me sacia essa paixão...
Embriaga-me em teu êxtase louco...
Tira-me o sossego, arranha-me a nuca...
Não me negue essa entrega...
Arranca-me do peito o prazer contido...
Com teus movimentos certeiros...
Miro-te a expressão insaciável...
Que estampa em teus olhos
o desejo lascivo de fêmea no cio...

nossos corpos, transbordam elétricas
correntes que inundam dimensões
sem fim em eternas explosões de
prazer quântico rompendo as
barreiras do espaço-tempo...
Saciados nos deitamos abraçados...
Almas de intenso brilho...
A encandear estrelas com
a beleza de nossa luz que nenhuma
delas nunca antes viu...

(AtsoC ErdnaxelA)

Quatro Elementos...




Queria ser AR, brisa, vento que sopra veloz
A espalhar nos campos teu perfume embriagante
Impingindo às rosas a tua sublime essência

Queria ser FOGO, para queimar-te de paixão
Com mil línguas para lamber-te
Um HEPHAESTOS à habitar teu incandescente ser

Queria ser ÁGUA e precipitar-me qual chuva
Em gotas por sobre tua pela ardente
Evaporar e voltar novamente a te molhar...
Num vai e vem constante
Saciando tua sede de amante...
E qual rio caudaloso passear por entre
As curvas sinuosas de teu corpo
Desaguando em teu oceano de prazer...

Queria ser TERRA e debulhar-me em flores
No passear de teus pés de ninfa...
Acolher teu corpo de fêmea em meu leito
Envolvendo-te em meus braços
Saciando-me da fome que te tenho


(AtsoCErdnaxelA)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Morte.

Oh morte, morte...
Fria dama sem face
Abraça-me faz-me teu amante
Crava-me a foice no peito
Arranca desse coração a dor
Dessa vazia vida de agonia.

Mas não esquece oh morte
De deixar viva aquela que me
Matou em vida... Para que arda
Na chamas da saudade e implore
Para ter como eu a sorte de receber
Um beijo teu...


(AeSSeCê)

Carente..

Transborda-me...
Vence-me os limites
Tua alma cheira a carmim
Me invade, inunda-me do amor que preciso
Sou um menino, perdido, sozinho...
Passarinho sem ninho, frágil longe de ti


Devolva-me a inocência perdida nos caminhos da vida
Vêm me amar, não vês que te preciso?
Embriaga-me de amor...
Segura minha mão, me pega no colo
Me leva contigo, te preciso...
Não me deixe aqui, não me deixa assim...
Tenho medo do escuro, você é minha luz, meu porto seguro


Depois de ti voltei a acreditar em anjos, arcanjos, querubins...
Es meu começo, meio e fim
Perdoa-me, mas só sei amar assim

(AlexSimas)