segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dançarinando...

Ela vestiu-se de pétalas... E perfume de mar
E iluminou a noite com sua dança
Tomando o vento por seu par
A dama e seu invisível cavalheiro
Dançaram a valsa da madrugada
Com as cores da aurora refletidas nos cabelos
E ela dançava como se a vida a pudesse esperar
O mundo era seu palco e os anjos sua platéia
O tempo tocou flauta e o sol acordou para espiar
Por entre as flores o dia rodopiava com as borboletas
Seus pés passeando como plumas no chão
Suave como um bolero... Dois pra la... Dois pra Ca...
E tudo mais era silencio e todos os olhos imensos
Somente para vê-la dançar...

(SamisXela)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Angel... Simples Assim...

Tem uma voz que me fala
No silencio de meus sentires
Que um anjo que anda na terra
E brinca com palavras
Guarda meus versos
No branco de suas asas

(AlexSimas)

Sereias...

Metade Beleza... Metade Mistério
Sim, as mulheres são Sereias
Sempre foram... Sempre serão

(AlexSimas)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Chifres. A Grande Roda do Mundo...

Para quem já leu “A Guerra de Troia” que envolveu desde reis ate deuses do olimpo, durou mais de dez anos e terminou em massacre, deve estar se perguntando. Será que tudo isso realmente aconteceu só por causa de um par de chifres?

Será que Troia realmente existiu, ou sua historia não passa de mais uma fabulosa saga poética bem ao gosto dos gregos antigos? Historiadores e estudiosos das mais diversas áreas ainda não têm a resposta para essa pergunta.

Saga poética ou não, chifres são capazes de coisas fenomenais, desde os tempos pré-troia ate os dias atuais (e além) eles movem o mundo. Duvida? Vejamos:

Metade das cervejas, cachaças, uísques e demais bebidas (incluindo-se ai o veneno), são consumidas por cornos de todos os sexos e idades.

Flores, livros, viagens, jóias, casacos, automóveis, barcos, obras de arte e mais uma porção inominável de tralhas viram presentes para cornos e cornas, alem de expurgadores das culpas de seus fazedores.

Garçons, Detetives, Padres, Pastores, Psicólogos, Poetas, Pais de Santo, Cartomantes, Juízes, Advogados, Delegados, e mais um sem numero de profissionais, devem grande parte de seus proventos aos guampudos da vida.

Os mais diversos estabelecimentos comerciais devem grande parte de suas receitas a essa classe de consumidores: Motéis, Hotéis, Bares, Restaurantes, Agências de Viagens, Boutiques, Joalharias, sites da Internet, Farmácias e ate camelôs.

Sem falar em toda a indústria do entretenimento e da informação. Tal como a Fonográfica com seus Músicos, suas Bandas, Cantores, Compositores... A Cinematográfica com seus Atores, Roteiristas, Diretores... A televisão com suas Novelas, Telejornais, Seriados... A Editorial com seus Jornais, Revistas, Livros...

Resumindo a Cornoalia é responsável por praticamente metade do PIB mundial, desde os fabricantes de chocolates que por sua vez sustenta a lavoura cacaueira, ate a indústria de armas, que sustenta as metalúrgicas que sustenta as siderúrgicas que sustentas as mineradoras, não esquecendo a indústria farmacêutica com seus viagras, lubrificantes, anticonceptivos etc. etc. etc.

Não consigo vislumbrar um único segmento da economia que não dependa ao menos parcialmente das galhadas que pende das cabeças mundo afora.

Resumindo: O Corno é uma grande Instituição Financeira. Portanto vamos continuar alimentando-a para o bem de toda a humanidade.

Diante de tudo isso, e em se provando que Troia existiu de fato. Menelau, Agamémnon, Páris e principalmente Helena, estão perdoados.

(AeSSeCê)

Poesias Paridas...

A Poesia me nasce pela boca
Espagíria de palavras...
Mistura de sanidades loucas

Um dia desenha alegrias
Vende esperança
Exalta a saudade

Outro dia exuma cadáveres
Esvazia gavetas
Exalta apodreceres

A Poesia me nasce pelos olhos
Cultiva dúbias verdades
Canteiros de cascalhos

A Poesia nasce da luz que me cega
Escavando silêncios
Pastoreando a escuridão que me nega

Lança sementes de sentires
Ao vento do acaso
Que morrem céleres...  Ou não

Para habitar livros mortos
Requesto de Réquiens
A Poesia me nasce pelas mãos

Apalpando as feridas
Entre um e outro Amor
A Poesia me nasce da alma partida

A Poesia nasce de meus excessos
Das horas de vida
Das sobras da morte
Das ausências redentoras
Do vazio das pessoas
Do pecado... Da salvação

(AeSSeCê)

Bares da Vida...


Garçom! Por favor...
Dois dedos de prosa
Um trago de cachaça
E um pedaço de atenção

Traga-me um pano
Limpe essa dor
Espalhada no balcão

Garçom! Por favor...
Mais duas cachaças
Uma pra mim
Outra pra minha alucinação

Deixe-me logo a garrafa
Baixe o volume da saudade
Ou ao menos mude de estação

Garçom! Por favor...
Cigarro, isqueiro e cinzeiro
Papel e caneta tinteiro
E uma porção de inspiração

Um envelope sem remetente
Peça água de colônia ao barbeiro
Para disfarçar o cheiro da adjuração

Garçom! Por favor...
Uma canção de Amor
E uma grande porção gelo
Para empanar um coração

Traga minha conta
Um prego de pendurar alma
Um martelo de abstração

Garçom! Por favor...
Se eu não vier resgatá-la
É porque não preciso mais
Venda-a em leilão


(AlexSimas)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Toda Eternidade de um Momento...

Naquela noite a lua estava especialmente bela
Parecia o desenho de uma criança pregado no céu
Derretia-se por sobre a noite como um quadro de Dali
Espargindo-se alem das mágicas fronteiras da imaginação
As flores pululavam em sua luz quais sereias em rios de prata
A brisa passeava por entre elas como um amante
Sussurrando-lhes suaves melodias de carinho
Sentamo-nos ao pé daquele momento
Deixando que as palavras nos escorressem dos olhos
Pingando-nos sobre o colo ao ritmo de nossos corações
Sua boca devolvia o silencio que havia roubado da minha
Um sorriso desabrochava por entre seus lábios
Como o broto que rasga o tecido da terra para abraçar o sol
Tal qual a flor mais bela entre as mais belas das flores
O sorriso ofuscou a lua e todo seu séquito de estrelas
Fazendo-se fruto maduro na velocidade de uma Infância
Adentrou minha boca na forma de um beijo
Permitindo que nossas almas se tocassem
Muito alem das palavras e dos silêncios imagináveis
O mundo inteiro sumiu naquele momento
Perdendo-se em algum lugar de um passado remoto
O universo agora era um imenso oceano de néctares
Com dois enamorados flutuando entre borboletas...
... E sonhos de Amor eterno

(AlexSimas)

- Marimbondo a Tia Dilma -

(Por AeSSeCÊ)


Tava meio assim, meio sem nada pra fazer, quando o telefone tocou.

– Alô! – Fala cara! – Era um colega do tempo da faculdade - Ô meu irmão! Beleza! Quanto tempo! – Beleza, Porra cara! Tô precisando de você. Preciso que você me escreva um texto para ilustrar um trabalho que tenho que apresentar amanhã na facu – Um texto pra ilustrar, não seria melhor um desenho? – Respondi eu – (Antes que me esqueça, deixe-me esclarecer, eu deixei a faculdade e ele continua) – Porra cara! Não sacaneia, tô falando serio – Tudo bem! Mas, de que deve tratar o texto? – Sei lá! Qualquer coisa – Falou ele – Qualquer coisa, como assim cara? – Indaguei perplexo – É, pode ser qualquer coisa, uma crônica, um editorial, só não pode ser uma daquelas poesias bregas que tu escreve – O sacana sabia ser irônico, (mas ao menos ele lia minhas poesias), depois das risadas e xingamentos de praxe voltei a indagar – Finalmente, do que trata o trabalho que você vai apresentar – Trata sobre a atual conjuntura sócio-política brasileira –respondeu ele prontamente – É! Você tem razão, qualquer coisa serve.

Então me lembrei dos tempos da Ditadura, quando receitas eram publicadas no lugar de crônicas e editorias – Não resisti...

- Marimbondo a Tia Dilma –

Ingredientes:

Um Marimbondo de Fogo
Uma Lula Re-Folgada
81 Porções de Raposas bem felpudas
190 milhões de cordeirinhos
Desculpas esfarrapadas a gosto

Modo de Preparar:

Pegue os cordeirinhos e despeje em uma tigela qualquer. Antes você deve amaciá-los bastante, para isso use generosas porções de programas sócias do tipo: Bolsas Família e etc. Carnavais, Futebol e muito BBB também ajuda no processo de amaciamento. Quando estiverem bem macios (teste antes com pesquisas de popularidade), cubra com as Raposas Felpudas e por ultimo acrescente o Marimbondo enrolado na Lula. Regue com bastante desculpa esfarrapadas (Cuidado, não deixe Marinar), leve diretamente ao congresso previamente aquecido a 61,8% de reajuste e deixe por quatro anos. Caso perceba que não esta cozinhando direito regule a temperatura para cima em alguns graus de favores e concessões.

Não precisa esperar ficar pronto para se servir...


(AeSSeCê)


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Promessas de Salvação...

I
E eles continuam vindo
Cavalgando seus sonhos
Açoitados pelo chicote do pesadelo
Na poeira da fome e da miséria
Desembocando na abstrata noite de concreto
Um pastel com caldo de cana por última Ceia
Paga com o troco do carnê de um Baú
Abarrotado de promessas de Felicidade
II
O doce da boca é uma ilusão do açúcar
A cidade amarga com cheiro de diesel
III
A ganância vagueia procurando por todos
Enquanto a sorte bebe cachaça no fundo do prostíbulo
Ratos se perdem em labirintos de lares desconstruídos
Sombras tortas vagando no preto da noite
Nas esquinas das janelas através do vidro
Nos esgotos do luxo girando pra lá e pra cá
IV
O dinheiro do mundo pertence aos mesmos
Abutres do dia que devoram a noite
E a fome do povo ronca na garganta
No rente da navalha da fera que lhes explora
Enquanto o pulso pulsar
V
Uma multidão pendurada no tempo
Entre a crença e o mistério sem luz que os proteja
Presos nas manchetes sangrentas dos jornais
Vivendo as noticias do medo e mentiras sociais
Enrolados no peixe da salvação
Vendidos por um vigário ao preço de um conto
VI
O mesmo gado alimentado com projetos de futuro
Apenas trocam de políticos e currais
No eterno escambo de promessas por votos
Viajando quilômetros para não sair do lugar
Terminam soterrados nos escombros dos barracos
Da mesma favela que lhes abriu os braços
VII
Os filhos do sertão anseiam a cidade
Onde a fome os espera na calçada do Fast Food
Sob a mesma marquise Adornada do grande EME
Micrococáceas de Milionários e Miseráveis
Habitando o mesmo Miasma do EME que os separa
VIII
Uma oração busca consolo no companheiro Divino
Que olha a terra ardendo no calor dos cânticos de louvores
Sob o Terço de Brilhantes dos Cardeais senhores do mundo
E outros cobradores de pedágio para o céu
IX
Deitadas sobre os espinhos da coroa de um rei de pedintes
Que recebeu na face o beijo da morte e prometeu voltar
Descansam inocentes almas pálidas de olhos profundos
Esquecidas que a salvação que lhes foi prometida
Chegará apenas no dia que o mundo acabar

(AeSSeCê)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Mar de Saudades...

Mar de Saudades...


Fui ao Mar afogar
Minhas Saudades
Mas tão grande
Eram as Saudades
Que foi o Mar
Quem se afogou
Dentro delas


(AlexSimas)

Poesia Perfeita...

Poesia Perfeita...

Perdoa Amor, este modesto Poeta
É tão limitado meu vocabulário
Tão pequenina minha poesia
Pobre de rima e métrica

Se tu buscas Amor, a Poesia perfeição
Aquela nunca dantes escrita
Terás que buscá-la em meus olhos
Interpretes de meu coração

Ele guarda Amor, a poesia perficiente
Que minha alma escreveu
Somente para ti Amor
Para ti Somente... Somente!

(AlexSimas)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Entre o Pecado e a Salvação...


Entre o Pecado e a Salvação


Minha carne tem fome de tua carne
Minha boca tem sede de tua boca
Tua língua serpente de fogo me queima a pele
Dos braços que anseiam abraçar teu desejo
Tua alma é fogueira que derrete meus medos
Despindo-me das vestes da inocência


Busco a salvação nas entranhas desse pecado
Bebendo de teu prazer a longos haustos
Derreto-me dentro de ti na fúria de um instante
Sem preocupar-me com o transbordar do cálice
Que escorre pelas paredes dos anseios
Regando o Amor que eclode em floração


A eucarística comunhão de nossos corpos
Expurga-nos do pecado de nossos excessos
Que já se querem devorar novamente
Antes mesmo que se extingam nossos gemidos 
Insurgindo nossas almas contra os dogmas
Que absolvem o Amor condenando a Paixão


Invoco em nosso favor a bíblia dos Poetas
Em cujos versículos vivem comumente
Todos os verbos de Pecado e Salvação


(AtsocErdnaxela)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Morte Errada...

Morte Errada...


O grito da alma
Entorta a boca
Do lixo... Luxo


O tipo de copo
Entorta o canudo
Que serve a coca


O Homem torto
Serve a boca
De fome... Fumo


O grito da boca
Vende o corpo
Que acha a bala


A pedra queima
Fuma o corpo
Entorta a alma


A política cala
Serve os mesmos
Entorta a cara


Na TV a cena é certa
Corpos tortos
Invadem a sala


A criança certa
O conselho errado
Os pés na vala


O caminho torto
Escreve certo
Esperança morta


O vício entorta
O homem certo
Vazio de alma


Quem acha perde
A vida certa
Na boca da morte


Na boca do vício
Na boca do fumo
É morte em vida...


... Morte Errada


(AeSSeCê)