sábado, 12 de setembro de 2009

Caminhos...

Caminhos...
(O caminho para a luz, passa inevitavelmente pelas trevas)

Buscamos encontrar a razão perdida, extraviada
O tempo perde-se no caminho das respostas
Na tormenta dos sonhos confundindo realidades
Como uma lua que nos enche de fase em fase
Decresce e renova-se para tornar a crescer
Muitos buscam apenas a beleza da lua cheia
Poucos vêem a sabedoria encarnada em cada fase
Temem o abismo, porque a abismo arrebenta, mata
Não entendem que só mergulhando no abismo da alma
Encontraram as respostas que habitam o tempo
Porque o tempo é o senhor do abismo e ele não tem pressa
Há os que sentam a beira do abismo e gritam as perguntas
Esperando que o eco traga-lhes as respostas
Mas o eco apenas devolve-lhes as perguntas, e espera
Então perscrutam a lua cheia quais lobos encantados
Buscando encontrar as respostas que o abismo lhes nega
A lua enigmática embaralha as respostas, uma em cada face
Equilibrando sombra e luz na devida intensidade
Pobres mariposas, embriagadas pela luz morrem ofuscadas
Enxergam apenas um quarto da resposta e não entendem nada
Ensinaram-lhes que a luz é o seu guia e endeusaram os olhos
Ensinaram-lhes que no escuro habitam todos os monstros
E no abismo vive o escuro, antagonista da luz
Você enxerga a luz e a deseja intensamente, mas não a alcança
Você se julga um fracassado, excluído pela luz onde habita Deus
Um Deus que parece não lhe querer, e você não entende
Entre você e a compreensão tem o abismo e ele é escuro
Você espera pelas respostas e o tempo espera por você no abismo
No mesmo abismo onde você exilou seus monstros, seus medos
Culpa o destino por ter sinalizado a estrada de sua vida
Com placa escritas em um idioma que você não entende
Desesperadamente você procura os sinais, as setas
Que lhe guiem pelos caminhos do labirinto onde você se perdeu
Mas todos os caminhos que você toma o levam de volta ao abismo
Senta-se a beirada sacudindo as pernas na impaciência da espera
Esconde-se sob a capa da incompreensão acreditando enganar Deus
O mesmo Deus que travestido de tempo lhe aguarda no escuro
No final do abismo onde se encontra o mapa do inicio de tudo
As instruções embaralhadas nas línguas dos medos
Guardiões do portal do caminho que trilha a escalada para a luz
O caminho é difícil, você precisa descer pela corda da aceitação
Agarrar-se as pedras da esperança, da compreensão
Transpor as fendas dos preconceitos, das descriminações
Mas principalmente firmar os pés nas rochas do perdão
Só então seus medos lhe respeitaram e traduziram o mapa
Um mapa que não ensina sobre um caminho
Ensina como operar uma transformação, um milagre
O primeiro milagre e a primeira lição de Deus
... A terra estava informe e vazia as trevas cobriam o abismo...
... Deus disse: “Faça-se luz” e a luz foi feita – Genesis Cap. 1
Então você descobrirá que a luz e o Deus que buscava ansiosamente
Sempre habitou em você.

(SamisxelA)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Saudade...

Saudade...

O tempo foge pelas frestas da janela
Que esconde a face do dia
Que precede a noite das horas mortas
Que ressuscitam lembranças
Saudades de risos e lagrimas
De um lugar chamado longe
Onde você ficou para sempre
A saudade não foge com o tempo
São pequenas as frestas da janela
E muito grande a bagagem dela
Tranquei a porta, perdi a chave
Junto com ela a coragem
De banir a saudade
Companheira de viagem
Que não quis ficar contigo
Na estação do adeus

(Alexsimas)