sábado, 18 de agosto de 2007

Ilusão...


Me distraio e pego-me sonhando teu sorriso, tua voz em meu ouvido, palavra
falada de fala embargada de uma garganta arranhada à me vê sozinho escutando
o silencio que expressa mais que palavras tortas. Coração cansado das escritas
que não dizem nada, fita o vazio buscando o olho que fala mais alto que o grito,
e teu olhar farol agora apagado me deixa ver a verdade antes ofuscada.

Minha alma de te ver é agora vidraça embaçada pelo frio que emana de teu ser,
não te vejo mais como antes, es agora imagem distorcida, fantasma perdido nas
tempestades de lagrimas choradas em tristes noites de chuva acida que corroem
os destroços do castelo de cartas onde fiz morada e caiu sob os ventos da farsa.

Pago o preço do pecado de ter ousado amar, sonhado querer o que não se pode ter.
Esqueci, desaprendi a me viver por ter por muito tempo te vivido, minha alma agora
em carne viva medita na dor suave da verdade sussurrada pela brisa soprada pelas
frestas da cabana para onde me mudei de você.

(AtsoC ErdnaxelA)

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