Acende-me uma chama quando te penso
Fogo que queima em pecados permitidos
Lança-me a lembrança do teu corpo quente
Línguas que provam líquidos sabores mornos.
Boca sorvendo o sereno em teus doces lábios
Enquanto gritas que me amas e me odeias
Puxando-me rente a ti pelos cabelos insanos
Respiro-te em arrítmicas percussões arfadas
Dizendo-te bobagens ao pé do ouvido em brasa
Juras de amor empastadas em suor escorrendo
Sussurros provocantes em gotas acesas de veneno
A luz difusa reflete o desejo que em nós queima
Envolvo-me pelos lençóis de tua pele acalorada
Abandono-me ao êxtase comungando o profano
Conquistando cada ondulação do teu corpo
O tempo para enquanto desfolho-te em gosto
Despetalando tuas secretas vontades ardis
Derramadas qual néctar de ferventes larvas.
sábado, 8 de setembro de 2007
Cálido
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