Um quarto, uma cama num canto
Sobre lençóis em desalinho me
Aninho em teus afagos.
A noite tange à tarde que vai embora
Na parede uma janela, debruçada sobre
Ela uma lua voyeur nos observa.
Uma voz em teu olhar me diz te amo
Corro minhas mãos por tuas curvas
Meus olhos vão seguindo incendiados
Mergulho faminto em teus lábios úmidos
Calando-te os sussurros roucos de amar
Cativo dessa loucura deliro palavras soltas
Os sons de tua pele fluem por entre pelos
Tesos em musical arrepio de desejo.
Flutuo em teus cheiros, arrítmico respirar.
Minha língua colibri penetra tua flor
Busco o néctar alimento de minha libido.
Faminto abocanho tua carne morna
Mamilos túrgidos imploram por mãos
Ávidas a envolver-los de carinhos
Abandono-me ao êxtase de tua cavalgada
Imobilizado pelo prazer que me toma
Vejo a tímida chegada da manhã
Iluminando amantes agora adormecidos.
(AtsoC ErdnaxelA)
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