sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Certezas...

Certezas...

Talvez um dia eu volte a sorrir com a mesma alegria que já sorri
Talvez um dia eu volte a amar com o coração leve, sem medo
Talvez um dia eu possa existir dentro do sonho que sonhei pra mim
Talvez um dia eu possa deitar e dormir sem antes chorar de saudade
Talvez um dia o pesadelo não me acorde no meio da noite
Talvez um dia eu olhe para trás e minha memória não te veja mais

Talvez agora que não me pertences mais eu perceba que nunca me pertenceu
Talvez agora eu consiga tirar-te definitivamente de dentro de minha alma
Talvez agora eu não queira mais amar você e possa assim amar mais a mim
Talvez agora eu te negue o pão de meu amor para virar o jogo e te vencer
Talvez agora eu encontre as forças que perdi no tempo dedicado a você
Talvez agora eu consiga fazer parar a dor que me corrói e me faz sofrer

Nesses tantos talvez eu busco a certeza de meus crepúsculos lívidos
Sem o medo dos espasmos das sombras que acompanham os outonos da alma
Debruçarei sobre a janela e cantarei o cativante canto litúrgico que invoca a vida
Seguirei na rabeira da procissão dos santos encantados que saúdam o amor
Deixar-me-ei acariciar pela doçura da brisa do verão a enxugar-me as lagrimas
Encantarei-me em rio das diferentes águas, subirei aos céus para voltar a terra
Serei orvalho e darei de beber as folhas e me farei vida e me farei novo

(AlexSimas)

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