sábado, 28 de fevereiro de 2009

Fuga...

Fuga...

Refém da saudade sinto-me exilado da felicidade
Carcereiro de mim mesmo perdido entre muitas chaves
O silencio cai sobre a noite de muitas horas
Enquanto brinco de jogo da memória com o tempo
Que teima em me trapacear
Aturdido pela melancolia a que me agarro qual criança chorosa
Fujo da vida que insiste em mostrar-me as nuvens incendiadas
Pelo sol de mais um dia que nasce
Tento arrancar os últimos retalhos de lembranças
Que remendão minha alma esburacada
Sempre que as atiro no abismo do esquecimento
Um vento sádico travestido de esperança
As atiram de volta em minha cara
Cegando-me para a realidade de solidão e lagrimas
Fecho os olhos para não enxergar o fantasma
De um retrato a muito rasgado, jogado fora
E tua imagem esta La, escondida por trás das pálpebras
Projetada em vivas cores como em uma tela de cinema
Numa algazarra de cenas que se intercalam
Entre sorrisos e mascaras de magoa e dor
Estou sozinho lutando para fugir da cadeira da letargia
Atiro-me trôpego pelos corredores escuros
De minha alma enegrecida buscando a lanterna da razão
Para que mostre o caminho para a saída...
Uma porta de emergência que me leve de volta para a vida
Onde possa novamente incendiar meu coração

(AlexSimas)

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