segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu Paradoxal...

Eu Paradoxal...

Eu sou o vento que canta e agoura
Eu sou a água que cria e mata, vida e sede, sede e vida
Eu sou a planta que floresce para perfumar o dia
Eu sou a flor que se transforma em fruto para matar a fome
Eu sou o fogo que devora o fruto e purifica o homem

Eu sou o tudo e o nada
O grito e o silencio
O sorriso que esconde a dor, a dor por trás do sorriso
O que corre sem querer chegar e o que chega devagar
A mentira da verdade e a verdade escondida na mentira
A máscara que embeleza a hipocrisia
O bolso dos homens nus
A capa que esconde o livro
O perfume que disfarça a podridão
A idade dos que ainda não nasceram
A velha criança a caminho do nunca
A criança velha que não acredita em cuca

Eu como pra não engordar
Eu Bebo pra ficar são
Eu vejo estrelas de dia
Eu procuro o sol da noite escura
Eu vôo sem sair do chão

Sou mais do que mereço ser e menos do que gostaria
Falo menos do penso, calo mais do que deveria
Sou personagem de uma historia ainda não escrita
Sou a fé que não crer e a crença do ateu
Sou a morte em vida e a vida do que morreu
Sou o descanso da labuta e o cansaço da preguiça
Sou o irmão do filho único, aquele que não nasceu

Um louco trancado em sua própria sanidade

Não sei quem sou...
... Você sabe quem sou eu?

(SamisXela)

Um comentário:

Retalhos da Sol disse...

"Um louco trancado em sua própria sanidade"

A cura está na própria louCURA!!!!!

Bj.