quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Infinitas Finitudes...

Infinitas Finitudes...

Quando a porta do Amor abriu-se para mim
A luz entrou e eu me agarrei a esta luz
Para poder existir além dela
Um Amor que me fez gigante
Diante da pequenez de meu universo real

Alimentei minha alma com os fios desse Amor
Tecendo meu próprio universo de sonhos
Sentado nos limites desse universo me pus a dormir
Até que o sol da razão me acordou
Com sua habitual e gentil selvageria

A eternidade do Amor é tão frugal, efêmera
A sensação do gozo ampliada num continuum infinito
Vive apenas dentro do coração apaixonado
Um imenso círculo de infinitas finitudes
Onde todo eterno é do tamanho de seu tempo

Senti a paixão e o Amor se extinguirem pouco a pouco
Por quantas vezes estendi as mãos
Na vã tentativa de parar o relógio, estancar o tempo
O coração entre o batente e a porta
Pobre coração! Foi esmagado pela força do inevitável

Quando a porta da Dor abriu-se para mim
As trevas entraram e eu me agarrei a esta escuridão
E passei a existir apenas para ela
Uma Dor que me fez escravo
Diante da pequenez de meu universo real

A eternidade da Dor é tão frugal, efêmera
A sensação do sofrer é ampliada num continuum infinito
Vive apenas dentro de um coração desesperançado
Um imenso círculo de infinitas finitudes
Onde todo eterno é do tamanho de seu tempo

(AlexSimas)

Um comentário:

Marli Costa disse...

Olá Alex...Adorei esse poema...Aliás, gosto de tudo aqui, vc simplesmente escreve com a alma, isso me encanta. De vez em qdo venho aqui te visitar e as vezes "roubo" um dos seus poemas e posto-o no meu blog, com os devidos direitos autorais...Adoraria recebê-lo por lá...Faça-me uma visita qdo puder.

http://geografia.spaces.live.com

Tenha um bom final de semana...Bjos

Marli