quinta-feira, 14 de junho de 2007

Ressureição

Eu morri...
No dia em que te conheci eu morri
Morri para a vida da forma como a conhecia
E renasci, pois o que pensava ser fogo era
Uma modesta chama, languida como a de
Um resto de vela brigando contra o vento
Que teimava em apagar-lhe
O que chamava de luz era um fraco crepúsculo
Em dia nublado de um meio de outono
cinza e monótono...
o calor? não conhecia, pois que os ventos do
leste sopravam sempre em minha direção
como a desrespeitar todas as leis da física...
Os palhaços eram ridículos homens fantasiados
Em trapos fedidos, pipoca e algodão doce eram
Só complemento de renda em circos sujos e
Sem graça...
Sorrisos eram mascaras ostentadas por hipócritas
Que insistiam em fingir falsa felicidade.
Minha única alegria era embriagar-me e dormir
Por horas, na sempre constante fuga de uma vida
Que insistia em arrastar-se pelos esgotos de uma
Sociedade maldita.
Então como um milagre fez-se a luz, foste tu que
A trouxeste refletida em teus olhos, em teu sorriso
Franco... Sim !
Pela primeira vez eu via um sorriso verdadeiro
Puro como a criação, e então se fez primavera em
Minha vida, e a vida que me mostravas era cheia de
Cores e perfume e sabores dantes nunca por mim
Experimentando...
E nesse dia eu morri,
para renascer do ventre de teu Amor
sim foste tu quem me pariu para
viver comigo Esse abençoado encesto.

E eu um Édipo filho do amor, te adoro como Jocasta
Alguma foi adorada...
E agora ressuscitado tenho medo de morrer...

(AlexSimas)

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