segunda-feira, 16 de julho de 2007

Ciúme

O ciúme é um terreno instável que mistura real e imaginário.
Transformando a doçura do amor em agruras de um calvário.
Olhos aflitos perscrutam meu olhar, ânsia de ver e nada encontrar.
Deliras entre o absurdo e o ridículo amaldiçoando o tanto amar.
Boca seca, olhos úmidos, em frenética oscilação do calar e do gritar.
Conúbios de sentimentos atiçando o sofrimento do amor ausente.


Dito do amor o tempero, comparo-lhe ao sal ou a ardida pimenta
Que em justas doses realça o sabor em exagero o torna intragável
Indubitável maledicência disfarçada de justo zeloso o ciúme é um
Senhor avarento que afasta ligeiro do coração o objeto do desejo.

Maçarenta moléstia cria da duvida virulenta e da amarga ausência.
Qual forquilha estrangula o a alma atirando o espírito ao desespero.
Calidoscópio de involuntárias ilusões insanas de prazer e dor
Monstro infernal teus olhos não são verdes, são de qualquer cor.

(AtsoC ErdnaxelA)

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