terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Desesperança...

Desesperança...

Fim de tarde um sol sádico esconde-se lentamente por trás do horizonte
A hora mais dura do dia quando a noite vem confraternizar com as trevas de m’alma
Esse é o momento em que me encontro mais perdido sem ter por quem chamar
Preciso dormir, mas meu sono fugiu com o sol, foi banhar-se nas águas do mesmo mar
Um relógio tiquetaqueia sobre a mesa, o mesmo tempo que corre por seus ponteiros
Descansa na moldura do porta retrato a seu lado correndo célere pelas lembranças
Um momento congelado perpetua o intenso brilho de um olhar
Lábios esticados em largo sorriso lembram a criança dançando sobre os abismos do futuro
Ao alcance de um esticar de mão, agora longe como a desesperança do nunca chegar
Lado a lado o sorriso e o motivo retratam a beleza do momento de um louco amor
Sinos de vento reverberam no papel da foto libertando os sons capturados com a imagem
Livre as palavras retiniam em mágica oração como uma musica me rodeando
A frase viaja do passado ricocheteando por paradoxos sentimentos de alegria e tristeza
O sol rompe em outro horizonte como ave de arribação que volta para procriar
Não traz com ele meu sono, deixou se afogar
A luz espanta a noite deixando sozinhas as trevas que em m’alma voltam a se deitar
Olho para o porta retrato e o sorriso ainda esta lá
Em meu coração guardo o ultimo eco da frase...
...Para sempre vou te amar

(AlexSimas)

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