Foi-se o amor.
Não o amor apenas arrefeceu-se,
hibernou nas profundezas da alma
escondeu-se por vergonha de ter-se doado
incondicionalmente e em troca recebeu
a bofetada da deslealdade.
de sangue e lagrimas cujas pulsações revulsivas
expõe as vísceras de meu sonho insone, e a
agudeza da dor fende as fundações de meu eu
como a um Imenso edifício sacudido por um
abalo sísmico, o terrível terremoto brota das
profundezas do sofrimento escravizando-me
tornando-se senhor de minha vontade.
de seu escravo, pois que o senhor existe para
o escravo e pelo escravo e essa simbiose vive
na intimidade da essência dessa agonia e habita
o inferno que é o deserto do amor.
as daninhas ervas que alimenta o tumor que
ulcera o espírito alienando-o ao desejo da morte,
impondo sua hegemonia sobre o reino das sombras
onde atira o coração a sanha dos ratos da solidão
que o devora como o abutre ao fígado de prometeu,
e assim como o órgão do mitológico deus o infeliz
regenera-se para voltar a ser devorado dia após dia.
ansiando o momento que novamente desperto o amor
a liberte do sofrer para que possa então ascender das
cinzas de sua auto-imolação e como a fênix renascer
para uma nova vida...
(AtsoC ErdnaxelA)
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