Abri minha porta, escancarei minhas janelas,
Deixei o sol entrar (você).
Minhas noites eram claras Iluminadas por uma sempre
Cheia lua, estrelas decoravam o meu telhado, a brisa me
Cantava canções de ninar...
Ainda vejo o sol La fora vejo a sua luz, mas não enxergo
Mais o seu brilho, a lua virou-me seu lado escuro, o som
da brisa agora é um agouro...
Minha pena antes leve e suave agora me pesa nos dedos.
A poesia parou no meio da estrada sentou-se a beira do
Caminho e cabisbaixa não ver a nascente que secou antes
Mesmo de nascer...
Volto a pagina, releio os versos antes escritos como a querer
Animar a poesia murchada e só o que consigo é molhar o livro
Com lágrimas salgadas...
A nau do amor em que embarquei rumo ao cabo da
Boa esperança desembarcou-me antes no cabo das tormentas,
Onde ondas violentas me açoitam contra as pedras afogando-me
Os sonhos do distante destino que para mim tracei, agora
Bem mais longe que o horizonte...
Em delírios chamo pela poesia que continua sentada no meio
Do nada e na angustia silenciosa maldiz o amor sinônimo de solidão,
Que adentra agora por portas apenas entreabertas trazendo uma
Tosca luz que teima em entrar pelas frestas mostrando o livro molhado
Por lágrimas que nunca devia ter chorado...
E a poesia sentada na estrada de amor não quer mais falar...
(AtsoC ErdnaxelA)
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